Mais uma vez a escrita de Carlos Ruiz Zafón leva-nos pelas ruas esquecidas de Barcelona. Ruas esquecidas de épocas passadas, ao encontro do casario decrépito, onde, por encanto, há vida. Vida essa que nos puxa, nos arrasta e nos envolve em histórias que passados tempos nos esquecemos que as vivemos e são como lembranças que de quando em quando nos tocam.
Tal como nos outros livros do autor que já li há um amor pela Barcelona mais antiga que se deixa transparecer, à medida que o personagem percorre as suas ruas à busca de aventuras. E elas estão lá, à espera, à nossa espera.
A melancolia com que a ação nos é apresentada, apenas suplantada pelo mistério, agarra-se a nós e quando a leitura termina, ficamos parados, perdidos, mas cheios!
É assim que eu gosto de terminar a leitura de um livro. Com a sensação de que o que li, foi vivido e não me importava de voltar a viver!
Bem preparado, dava um filme ao estilo de O Fantasma da Ópera, com direito a teatros decrépitos a arder e a vilões terríveis a serem destruídos por esse mesmo fogo, enquanto os personagens principais depois de fugas e lutas desesperadas sobrevivem... pelo menos àquela destruição... às outras posteriores, físicas ou psicológicas não irão escapar.
Se são fãs do autor, dou-vos os meus parabéns, porque ele merece todos. Se ainda não leram, não levem tanto tempo quanto eu levei e atirem-se à magia deste livro.
1 comentário:
Sou fã! Obrigada pela sugestão. Lerei.
Beijo
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