terça-feira, 25 de outubro de 2011

Orgulho e Preconceito


Volta não volta estou à espera de oportunidade para adquirir algum livro que me interesse e acabo a ler o que me aparece nas mãos. Este apareceu quando foi oferta de uma revista e achei que era uma boa ideia.

Nunca tinha lido nada de Jane Austen e não desgostei.

E não desgostei em vez de gostei, porquê? Não é o tipo de livro que eu gosto de ler. Um romance de época com todas as tradições da época, os seus usos e costumes, não é o que eu escolheria para ler, porque por norma não gosto de ler romances de amor... vá lá saber-se porquê.

Gosto mesmo é de histórias de amor que começam bem, correm bem e acabam bem. Detesto lutas, aflições, peripécias e desgostos à volta do amor, deve ser por isso. Só que estas não "prestam" para fazer livros.

Mas voltando ao livro, não considerando a história que ao inicio achei que fosse ter tratamento tipo Nora Roberts e afins (sem querer ofender quem gosta do género), li e fiquei impressionada.

A história de amor é simples, sem grandes encrencas: ele não gosta dela quando a conhece porque a acha desinteressante; ela não gosta dele porque o acha emproado e mal-educado. A dada altura ele começa a apaixonar-se por ela e quando tem coragem para lhe dizer, ela manda-o dar uma volta porque além do que já achava dele, acha que ele foi responsável pelo desgosto de amor da irmã e assim segue, valha-nos que por pouco tempo, até que voltas e reviravoltas afinal nenhum dos dois é nada do que o outro pensava àcerca e quando se dão conta estão apaixonadissimos um pelo outro e terminam a fazer juras de amor.

Acho que resumi bem a história, mas não disse o que me fez NÃO DESGOSTAR do livro: foram os diálogos! Meninos e que diálogos!
Nada do estilo a que as histórias de amor nos habituaram: cinco palavras sem interesse e passa-se a palavra! Não. Palavras aos montes. Palavras ricas e cheias de emoção. Sentimentos expostos por intermédio de palavras cheias de força, de indignação ou de amor consoante a acção que lhe dava origem.

E só pelos diálogos valeu a pena ler.