segunda-feira, 25 de julho de 2016

A Testemunha




Marwan Acade é perseguido pela polícia por assassinatos que ele não cometeu. A sua localização exacta será descoberta em questão de tempo, o que colocará as pessoas que ele ama em grande perigo, talvez o pior possa lhes sobrevir.
Uma luta para salvar sua vida hoje e pela eternidade.
Esta ficção vem com muita aventura, mistério e uma rede de intrigas. Acompanhe Marwan Acade e embarque nessa história cheia de suspense.


A ideia do tema, fez-me lembrar de "O Fugitivo", mas neste caso, não há só um policia correto a querer fazer o seu trabalho, há também gente corrupta a querer resolver o caso da forma mais rápida, sem olhar a meios nem a fins.



Marwan foge do local de um crime, que de forma nenhuma o lançaria como suspeito, mas foge, por tantas outras razões e mais à frente, quando depois de ter a certeza que o seu amor de outrora não quer mais nada com ele, envolve-se com Dália e é neste envolvimento que juntamente com a fuga que continua em vigor,  começa a duvidar ser merecedor da vida eterna.



Eu até me considero uma pessoa crente, acho no entanto que esta dúvida colocada assim para aqui, é exagerada, mas o autor é que sabe o que o levou a isso e consegue no final, ainda ser mais exagerado quando em conversa com um pastor cristão, que surge do nada no fim do livro, vai ler a bíblia e fica imediatamente convertido!

Não duvido que haja milagres de conversão, mas neste caso, neste livro, acho que ficava melhor ele ter algumas duvidas esclarecidas e no final dar a entender que até se converteria... para mim foi o ponto negativo do livro, até porque a crença ou não, do personagem, nunca se manifestou de forma assim tão acentuada na narrativa. Deu-se a entender no inicio, quando do nada, o personagem comentou que não se lembrava de Deus há muito tempo e reforçou quando em um museu viram uma pintura sobre o Juízo Final.


Acho que foi assunto demasiado profundo, concluído em um livro tão curto, que pouco falou do tema e o guardou todo para o final.



Já há algum tempo, li uma opinião sobre este livro que na altura, me deixou de pé atrás. Gosto de algumas histórias com cariz religioso, em certa medida e esta não me chamava. 

Passados alguns meses, acho que esqueci essa opinião e iniciei a leitura, certa de seria apenas acção e aventura... nah...
A parte religiosa escrita no final, é interessante, importante, esclarecedora, mas inapropriada para este final.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Estação Onze





Estação Onze conta-nos a cativante história de um grupo de pessoas que arriscam tudo em nome da arte e da sociedade humana após um acontecimento que abalou o mundo. Kirsten Raymonde nunca esqueceu a noite em que teve início uma pandemia de gripe que veio a destruir, quase por completo, a humanidade.

Vinte anos depois, Kirsten é uma atriz de uma pequena trupe que se desloca por entre as comunidades dispersas de sobreviventes. No entanto, tudo irá mudar quando a trupe chega a St. Deborah by the Water. Um romance repleto de suspense e emoção que nos confronta com os estranhos acasos do destino que ligam os seus personagens.



O livro inicia com a representação da peça Rei Lear, durante a qual o actor principal morre de ataque cardíaco. São-nos apresentados três figuras de importância, conforme se verá mais à frente - o ator que morre, Arthur Leander, o socorrista que o assistiu Jeevan Chaudhary e a pequena atriz que assistiu a tudo, Kirsten Raymonde.
Uma epidemia de gripe, assola o país e em meses a humanidade é quase dizimada, e as tecnologias desabam (Este parte foi vitima de grandes criticas, porque quem leu achou que não era plausível, que haveria forma de retornar as coisas, já que houve sobreviventes. A mim não me incomodou sobremaneira. Descambou, está descambado.)

Após esta apresentação, começamos a seguir a vida de Kirsten e da Sinfonia Intinerante, um grupo composto por músicos e atores que anda pelas terras fora a representar Shapespeare e a dar concertos às poucas pessoas que existem nas terras por onde vão passando. 
A par desta açção, começamos a ler sobre cada uma das personagens, anos antes da epidemia e a leitura passa a ser intercalada entre o passado e o presente e mais algumas personagens são-nos apresentadas durante essa narrativa.

Personagens que achamos que não nos vão interessar, acabam por ser importantes para a história e aos poucos recebemos explicações do passado, sobre situações e atitudes do presente. As personagens foram lindamente interligadas pela autora e cabe a cada uma o seu lugar na história, de forma a que ela tenha lógica.

Não vou dizer mais nada, porque corro o risco de começar a resumir a história e aí tenho que ser spoiler e leio sempre tantos alertas sobre isso que não quero ser.

Aconselho a leitura. É de fato uma distopia num futuro muito próximo, com personagens agradáveis e outros nem tanto, mas lê-se bem independentemente das nossa opinião final.
A minha é positiva.




sexta-feira, 8 de julho de 2016

A Estrela do Diabo




Oslo sufoca no calor de verão, quando uma jovem é assassinada no seu apartamento. Um dedo é-lhe cortado, e um minúsculo diamante vermelho com o formato de um pentagrama - uma estrela de cinco pontas - é encontrado debaixo da sua pálpebra. O detetive Harry Hole é designado para investigar o caso com Tom Waaler, um colega de quem ele não gosta e em quem não confia. Tom trabalha para um bando de traficantes de armas - e é o assassino da sua antiga parceira. Mas Harry, um alcoólico inveterado, mal consegue aguentar o seu emprego, e a sua única hipótese é aceitar o caso. Cinco dias depois, outra mulher é dada como desaparecida. Quando o seu dedo cortado é encontrado enfeitado com um diamante vermelho com a forma de uma estrela, Harry receia que haja um serial killer à solta. Determinado a encontrar o assassino e a expor o corrupto Tom Waaler, Harry descobre que as duas investigações se fundem de um modo inesperado. Mas perseguir a verdade tem um preço, e em breve Harry dá por si em fuga e forçado a tomar decisões difíceis acerca de um futuro que pode nem viver para ver. Jo Nesbø já foi comparado a Ian Rankin, Michael Connelly e Henning Mankell. Os seus romances são best sellers por toda a Europa

Tenho pouco a dizer sobre este livro, apenas que vale a pena.
A investigação de Harry é precisa, sem falhas apesar da sua luta com o álcool e da sua luta quando decide que vai deixar de beber para cumprir o objectivo a que se propõe nessa investigação. Sabe o que faz e quando deve fazer.
Há alturas em que achamos que afinal não vai correr muito bem, mas não sabemos de tudo e só mais à frente da narrativa, o autor nos deixa ver como lá chegou.

Só achei confuso uma coisa, mas creio que tem a ver com a edição do livro, em que não existem espaços físicos na escrita que nos separem de um local ou outro da ação e só depois de lermos duas ou três linhas, nos damos contas que o local é outro e os personagens igualmente.


Mas tirando isso que também não nos tira o sono, nem nos confunde por aí além é uma boa história, bem conseguida que nos prende do principio ao fim.