segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Natal 2010


Um Feliz Natal para todos os leitores.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sentimentos


Em páginas cheias de palavras existem espaços em branco à espera de serem preenchidos com sentimentos que não conseguimos pôr no papel.

É só um apontamento, mas em que acredito piamente. Deve ser por isso que quando escrevemos um livro ele nunca fica completo e precisamos escrever outro.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Entranhado na Pele II


(imagem de Victoria Frances)

E terminei o conto que estava em andamento.
Tive pena de deixar os personagens irem embora. Estive com eles algum tempo (não sei quanto, porque nunca contabilizo a demora de um conto) e agora acabou. Acabou, é uma forma de dizer, porque irei estar com eles sempre que quiser, embora nessas próxima vezes já saiba exactamente o que está a acontecer.

"Muriel fez os metros que lhe faltavam a correr e quando alcançou Aeden e Fred, sorriu. Era um sorriso para os dois, mas oferecido em especial a Aeden.
- Assustaste-te com alguma coisa? - Brincou Fred, enquanto guardava as armas nos respectivos coldres e cintos.
- Como vou assustar-me com alguma coisa quando tenho que lidar com vocês os dois?
Fred riu-se. Claro que sim. Deveria ser preciso uma cabeça como a de Muriel para lidar com os dois de facto.
Aeden olhou-a. Um olhar doce, compreensivo. Sabia exactamente o que Muriel tinha sentido enquanto Amelia lhe sugava a energia e calculava quais teriam sido os seus pensamentos antes de ter ido ao encontro deles. Também percebera a corrida ao encontro dos dois e o sorriso.
Eram a certeza de que acontecesse o que acontecesse, ela estaria sempre do lado deles, dele.
E ele nunca os, a iria desiludir.
Estava habituado a enfrentar situações que lhe exigiam todo o esforço para se manter no seu lugar. No lugar que escolhera como viver.
Fez o esgar que tantas vezes fazia e que era o mais próximo de um sorriso e com um gesto de cabeça mandou que avançassem.
Naquele momento o que lhe interessava era afastar-se dali e daquele lugar de mortes e de sensações fortes que o atormentavam e lhe faziam aumentar a ansiedade que por natureza lhe estava entranhada na pele."

E como, coisa que nunca me aconteceu, este é o segundo conto com os mesmos personagens (depois do "Sangue do Meu Sangue") nada me garante que não os volte a encontrar e faça a minha primeira trilogia. E única já agora. Gosto mais de exclusivos.

sábado, 13 de novembro de 2010

Sopro do Mal


"Sinopse
ACREDITAR QUE ESTE LIVRO SE INSPIRA EM FACTOS REAIS É DIFÍCIL.
ACEITÁ-LO É IMPOSSÍVEL MAS É A PURA VERDADE.

Seis braços enterrados. Seis crianças desaparecidas. Um serial killer brilhante e monstruoso, que instiga outros a matar por si.
O criminologista Goran Gavila e a sua equipa de investigação são chamados a intervir, procurando descobrir um assassino que constantemente parece pô-los à prova.
Mila Vasquez, investigadora especializada em encontrar pessoas desaparecidas, entra em cena e junta-se à caça do homicida.
Mas cada passo que dá é, na verdade, controlado por uma mente genial e implacável. Tudo se passa como num diabólico jogo da verdade, como se o Mal trouxesse consigo uma mensagem."

Enfrentaram um serial killer de quem nada se sabia, de quem não havia quaisquer vestígios e que à medida de expunha já cadáver, cada criança desaparecida, revelava os podres de outros criminosos de quem nem a policia suspeitava que existiam.
A narrativa leva-nos ao encontro dos pensamentos mais íntimos de dois dos personagens (Mila e Goran) sem levantar a totalidade do véu que envolve as suas vidas, factos que só serão revelados perto do final).
Deixa-nos entrar nas lembranças de uma pequena vitima, enquanto prisioneira, para no final nos surpreender com a revelação da sua identidade.

Gostei muito e aconselho.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Objectivos


Entre querer terminar um conto e criar outro para um passatempo, tenho andado com o tempo ocupado e não tenho tido tempo para ler.
Afinal não era só falta de tempo. Ainda não tinha comprado nenhum livro novo dos que constam na minha lista de desejos:

O Sopro do Mal - Donato Carrisi

Marina - Carlos Ruiz Zafon

Os Rostos do Mal - Ruth Newman

Heresia - S.J.Parris

Sangue Febril - George R.R. Martin

Destes três objectivos, resolvi o segundo, iniciei o terceiro e mantenho o primeiro.

Ou seja, terminei o conto que me diverti imenso a escrever. Foi a primeira vez que escrevi um conto com numero de páginas pré-estipulado, o que é sempre uma luta para mim. Gosto muito de me estender e divagar...
Comprei o primeiro livro dos que constam na minha lista. Ainda só vou no quarto capítulo e até agora está muito bem...
Ainda não terminei o conto de que vos mostrei um pequeno excerto no post anterior, mas não estou infeliz por isso. Não existe dead line e como está a dar-me muito gozo escrevê-lo, nem tenho pressa para o terminar.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Entranhado na Pele



Quando comecei a escrever a "sério" - e quando digo a sério, foi a criar contos com pés e cabeça e com intenção de os manter escritos e de os divulgar quanto mais não fosse, junto dos meus amigos, teria uns dezasseis ou dezassete anos. Achei que aos meus trinta e poucos escreveria a última... A vida profissional e familiar não dava grande margem para este tipo de hobbies e parei alguns anos.
Os momentos antes de iniciar um conto, eram momentos gloriosos. De quando em quando, a inspiração soltava-se e lá saía uma história nova. O espaço de tempo em que imaginava a acção e os personagens que a iriam viver, eram e são, dos melhores momentos na vida de quem escreve e dão-nos a coragem de avançar e começarmos com as primeiras palavras, sejam elas
"Era uma vez..." ou
"Quando aquela rajada de vento, levantou algum do lixo que ainda se via naquela parte da rua, Muriel sem se conseguir conter arrepiou-se e franziu a testa desgostada pela fraqueza que sentira.
Mas a verdade é que sentia frio. Não era só um frio físico, que nem as calças de couro macio pareciam conter, era uma sensação de desconforto que não conseguia explicar.
A temperatura quase não sofrera alteração, desde que o dia nascera, porque não houvera sol o dia todo e o céu estivera sempre carregado de nuvens cinzentas, mas aquele mau estar que lhe dera as boas vindas mal chegara aquele local, três horas antes, continuava e não a ajudava a sentir-se mais confortável.
Pela terceira ou quarta vez, confirmou que as armas estavam prontas a serem usadas e pelo mesmo número de vezes, deitou uma olhadela ao relógio, que marcava as seis da tarde.
Fred prometera-lhe que antes que o dia escurecesse, se encontrariam e começava a ficar preocupada.
Não com Fred, claro. Ele que se arranjasse se por acaso se tivesse metido em apuros, o que não era de estranhar, pensou sarcástica. Mas se Fred não chegasse antes que a noite se instalasse, iria ser muito complicado detê-los o tempo suficiente para que Aedan conseguisse agir em segurança.
Muriel sabia que Aedan estava a postos. Estava a postos desde que na noite passada, localizara o local e ficara à espera da nova noite para poder agir. Estava há mais de dezoito horas à espera.
Muriel voltou a arrepiar-se mas desta vez, furiosa consigo mesmo. Estava ali há três horas e reclamava e Aedan sem saber o que se passava no exterior, ou seja, no local onde Muriel continuava à espera de Fred – a esta ideia apertou os lábios e olhou para os dois lados da rua – esperava que chegasse a hora para entrar no buraco onde os seus adversários, mantinham o seu sujeito. Sabia que mal escurecesse, deveria lá entrar e contava que o pudesse fazer em relativa segurança.
Para isso poder acontecer, Fred deveria estar na rua com Muriel a chamar a atenção dos “maus”, deveriam estar a safar-se deles e a mantê-los ocupados o tempo suficiente, para que Aedan entrasse, enfrentasse algum guarda solitário, encontrasse Emily, saísse e se pusesse a salvo.
Um formigueiro nas pernas, fez com que Muriel apertasse os dentes, desejando libertar uma exclamação qualquer que Fred pudesse ouvir, onde quer que estivesse e que lhe demonstrasse a fúria com que estava.
Fred não fora logo com ela, porque Aedan assim o planeara. Iria primeiro, preparar o meio de fuga e reunir-se-ia logo depois com Muriel. Mas o logo depois, estava a começar a estender-se por tempo demais.
- Vais pagá-las, tanto! – Ameaçou Muriel num murmúrio, em resposta a um som que ouviu vindo do lado de onde esperavam ver surgir os seus oponentes.
Ficou alerta e focou o final da rua, ou seria o princípio?
Pelo estado da rua e pelas voltas que já dera, já não tinha noção de onde ela começava ou terminava. As casas eram todas iguais e em perfeito estado de quase desmoronamento e como restos de um antigo bairro de pescadores, estavam numa rua estreita, mal cheirosa e tão caquéctica como as construções.
O cheiro do rio, ou seria apenas o cheiro do lodo do rio, esclareceu-a. Afinal o fim da rua era do outro lado. O lado de onde o som vinha, era o princípio da rua. Esta começava exactamente onde terminava o caminho que vinha desde a cidade mais próxima."

Anos sem escrever em que o meu unico contacto com os meus contos, foi o passá-los a limpo, proceder a algumas alterações, imprimi-los e desejar - digo desejar porque só agora vou fazer isso - encaderná-los e de repente escrevi quase dois novos contos.
Quase, porque um já está feito e o outro encaminhado. Muito encaminhado, quase no fim da narrativa. Só lhe faltam as rectificações, que são muito correctas e agradáveis de fazer, quando passamos a nossa obra a pente fino e constatámos que esta e outra alteração iam justificar melhor a accção apresentada. E falta o final propriamente dito.
Como a meio, mudei o rumo da primeira acção... o que me deu um gozo imenso, nada me garante que o final antes idealizado, não seja alterado.
Atrevi-me a mostrar um pouquinho do inicio... Se não gostarem, fico com pena, mas não posso obrigar ninguém a gostar do que eu escrevo, claro.
Só para que conste, é uma espécie de 2º volume em relação ao anterior, porque os personagens são os mesmos, o tema é o mesmo e a acção é outra.
É mais um conto sobre vampiros, caçadores de vampiros e sem a paixãozita entre humanos e vampiros, que já me cansa, tipo amores adolescentes.
Porque para mim histórias de vampiros são:
Drácula de Bran Stoker
Entrevista com o vampiro de Anne Rice
O Historiador de Elisabeth Kostova (para mim é dos melhores)
E os meus claro: Sangue do Meu sangue e Entranhado na Pele

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

I believe in angels



I believe in angels
I believe in angels because
I believe in angels from the bottom of my heart

I don’t know
If they have golden blond hair
And sapphire blue eyes
I believe they are pure
Perfect, powerful and kind

I don’t know
What is the look on their face
I believe their glorious wings
Are covered with heaven shining grace

I believe they are among us
Obeying a superior order
And I envy them
For living face to face with their creator

I fear that envy because
Was one of the reasons
Why some of them got lost
And because of their fall
They are no angels any more

Because
I believe in angels

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Encadernação


Durante muito tempo hesitei entre mandar encadernar os meus contos para lhes ter acesso além de em formato digital, em formato de verdadeiros livros (adoro livros), ou encaderná-los eu própria e finalmente decidi-me.
Graças a esta descoberta

Desta forma, tenho este "monte" de contos para dar os últimos retoques e fazer capas.
E agora, o motivo do meu post: alguém me pode dar dicas de sites onde possa encontrar e criar capas personalizadas.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Fetiche - parte II

Lá acabei o livro e gostei.
Investigação policial, um assassinio que mata nas "barbas" da policia que anda a investigá-lo, ao mesmo tempo que vamos interagindo com ele, nos seus passos e pensamentos, sem o identificarmos.
Gostei da parte em que o agente Andrew Flint é suspeito e ainda por cima envolvido com a testemunha principal e potencial vitima, e a dada altura, perguntamo-nos se não será de facto ele o criminoso. Até aceitava que fosse. Não é dificil que um agente da lei envolvido normalmente em casos de assassínios violentos, se passasse para o outro lado. Mas não é ele, foi incriminado e aqui vem a minha única dúvida.
Não sei se falhei alguma página e não percebi o que li. Vejamos: a dada altura a mulher do agente é assassinada exactamente da mesma forma que as restantes vítimas. À frente descobrimos porquê, mas a minha dúvida é: afinal quem a matou?
Um assassino a soldo para fazer um serviço a um dos suspeitos? "Assistimos" ao assassinio e no capítulo seguinte esse assassino a soldo, conta-nos porque é que a matou. Mas no final a aliança de casamento aparece nos haveres do outro, do assassino em série, quando é finalmente capturado.
Houve aqui erro de história? Falta alguma parte? Ou fui eu mesma que me perdi?
Se alguém leu, diga-me qualquer coisa para me deixar descansada, porque não me apetecia nada ir ler os últimos capítulos de novo.
Até porque não vai adiantar nada na resolução do caso que foi até muito bem resolvido.
Aconselho, quanto mais não seja para me tirarem esta dúvida.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Fetiche



Makedde Vanderwall é estudante de Psicologia Forense e, nas horas vagas, modelo internacional. Contactada pela agência para realizar alguns trabalhos de moda e relançar a sua carreira, viaja até Sydney, aproveitando a oportunidade para visitar a sua melhor amiga, Catherine Gerber. Mas as passarelas e as intrigas do mundo da moda depressa perdem importância quando Mak tropeça literalmente no corpo mutilado da amiga. Catherine é a mais recente vítima do «assassino dos stilettos», um homicida cruel que sequestra as suas presas e as tortura, para em seguida as matar. Incapaz de se afastar da investigação, Mak ver-se-á enredada num mortífero jogo do gato e do rato, longe de saber que ela própria se tornou na obsessão de um sádico psicopata¿

Estou a ler este, agora. Estou no quinto capítulo. Depois comento.

Há alturas em que vamos lendo um livro, calmamente. Aproveitando, apreciando e há outras em que nos dá uma espécie de febre e são uns atrás dos outros. Acho que este mês estou com quase 40º. Já vou no terceiro e ainda agora o mês chegou ao meio. Mas deve ir descer a temperatura, porque nas primeiras semanas, estive de férias e agora voltei ao trabalho :)

Angelologia


"Desde o início dos tempos que os nefilins, a raça que descende de anjos e humanos, procura dominar a humanidade semeando o medo, provocando guerras e infiltrando-se nas mais poderosas e influentes famílias da história. Apenas a sociedade secreta de angelologistas, com os seus conhecimentos ancestrais, tem conseguido detê-los. Agora, a Irmã Evangeline do Convento de Santa Rosa, no estado de Nova Iorque, está prestes a juntar-se a eles. Mas conseguirá ela resistir ao imenso poder dos nefilins e evitar o apocalipse? Uma narrativa vigorosa, complexa e inteligente que funde elementos bíblicos, míticos e históricos e envolve o leitor da primeira à última página."

A primeira vez que me dei conta deste livro, confesso que não me despertou muita curiosidade. Descendentes de anjos e homens... bah! Alguma treta (perdoem-me o calão). Mas a dada altura, por mero acaso, tive oportunidade de ler o primeiro capítulo e achei interessante - Uma jovem freira, encerrada num convento (que ainda por cima venera especialmente os anjos) a dar de caras com alguma correspondência misteriosa. E aí pensei: Vamos então ler para ver o que a freira descobre e em que aventuras se vai envolver, com a ajuda de alguém de fora, claro e que segredos vai desvendar. E pensei que iam descobrir que existiam esses nefilins, ou que sejam e, tentar vencê-los e no final provar, ou pelo menos tentar provar alguma coisa, sobre as relações entre o Céu e a Terra.
Mas não foi exactamente assim.
Estava mais que provado que os nefilins existiam. Uma trupe de anjos malvados que viviam ao longo dos tempos, apenas interessados em si próprios e na sua própria beleza. Que viviam a exibir as asas - entre familia, claro - asas azuis, douradas, vermelhas, etc e a fazer maldades aos outros.
Isto para mim não são anjos, são demónios.

Gostei da missão da Irmã Evangeline, das incursões ao passado que a autora fez o favor de nos relatar. Gostei das cartas dos vários personagens, e até aceitei que no final Evangeline fosse uma nefilin. Aliás, tudo o fazia prever. Só não gostei mesmo foi das festas de "jet-set" dos nefilins.
Gostava que a coisa tivesse sido mais misteriosa e obscura. Uma busca de situações do passado e a descoberta, no presente, da existência destas criaturas e a vitória sobre elas, se são assim tão más, ou algo semelhante.

Tirando este aparte, pode ler-se. Ou melhor, lê-se bem. A mim só me desgostou porque para mim anjo, é sinónimo de pureza, bondade e poder. Nâo exibição e maldade. Certo que os nefilins não são anjos a 100%, mas pronto... é a minha opinião.

sábado, 14 de agosto de 2010

Perto de Ti


Catherine foi atacada por um intruso na sua própria casa. Alguém a atirou por umas escadas abaixo, deixando-a muito ferida e condenando-a a uma longa permanência num leito de hospital. Dois homens muito diferentes parecem decididos a descobrir a verdade sobre o que aconteceu.

Uma história de mistério de fácil leitura.
É aquele tipo de narrativa que apresenta algumas das situações, sem precisar exactamente de justificar como chegou até elas. Às vezes sabe bem, numa leitura ou numa escrita, isso acontecer. Chegou-se aquela acção e pronto, não precisamos justificá-la para o desenrolar da acção ter lógica.
É o exemplo daquelas situações que acontecem neste livro e para as quais achamos que com o desenrolar do enredo, iremos descobrir o como, porquê e quem e no final são-nos justificadas pelas próprias personagens, que resolvem redimir-se e ir confessar-se à personagem principal.
Mesmo no final, somos surpreendidos com a revelação do culpado, quando se tenta ligar todos os minutos do ataque à personagem principal. Ataque esse que dá inicio à narrativa com a vitima já hospitalizada e sem memória pormenorizada do que aconteceu.
Se gostam de histórias de mistério, sem demasiada exigência é uma boa história.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mataram o Sidónio



Sinopse
O assassínio do Presidente da República Sidónio Pais, ocorrido em 1918, é um mistério. Apesar de a polícia ter prendido um suspeito, este nunca foi julgado. A tragédia ocorreu quando Lisboa estava a braços com a pneumónica, a mais mortífera epidemia que atravessou o séc. XX e, ainda, na ressaca da Primeira Guerra Mundial. A cidade estava exaurida de fome e sofrimento. É neste ambiente magoado e receoso que Sidónio Pais é assassinado na estação do Rossio em Dezembro de 1918.
Francisco Moita Flores constrói um romance de amor e morte. Fundamentado em documentos da época, reconstrói o homicídio do Presidente-Rei, utilizando as técnicas forenses e que, de certa forma, continuam a ser reproduzidas em séries televisivas de grande divulgação sobre as virtualidades da polícia científica.
Os resultados são inesperados e Mataram o Sidonio é um verdadeiro confronto com esse tempo e as verdades históricas que ao longo de décadas foram divulgadas, onde o leitor percorre os medos e as esperanças mais fascinantes dessa Lisboa republicana que despertava para a cidade que hoje vivemos. E sendo polémico, é terno, protagonizado por personagens que poucos escritores sabem criar. Considerado um dos mestres da técnica de diálogo, Moita Flores provoca no leitor as mais desencontradas emoções que vão da gargalhada hilariante ao intenso sofrimento. Um romance que vem da História. Uma história única para um belo romance.Mataram o Sidónio! de Francisco Moita Flores

Este é o segundo livro que leio de Moita Flores e voltei a gostar.
São factos históricos sobre as primeiras passadas da ciência forense e da policia de investigação criminal, apresentados em forma romanceada e muito bem conseguida.

Confesso que houve alturas em que me esqueci do problema principal que o livro nos apresenta e me diverti a sério, mau grado a situação séria que era retratada. Uma das personagens, Moreira Junior, chamado pelos colegas como o provocador do Governo, é autor de falas de morrer a rir, quando se decide a apresentar as suas opiniões profissionais, aos seus oponentes, atingindo-os de forma certeira e fulminando-os sem lhes dar hipótese de resposta, sempre de forma exageradamente irónica.

Aconselho. É uma boa leitura. Os esforços do médico Asdrubal de Aguiar não resolveram o caso da morte do Presidente Sidónio, mas também impediram que um presumível inocente, fosse julgado e condenado sem provas e abriram portas, à cada vez maior importância da investigação forense, na resolução de crimes.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Os Lusíadas em prosa - Parte II



Na minha procura da obra do post anterior, apareceu-me este livro e curiosa, comprei.
Confesso que me tinha despertado a curiosidade saber como iriam transformar em prosa, um poema tão especial e, comprei, mesmo sem ser o que procurava.

Não li na totalidade, acho que não vou ser capaz. Fiquei chocada!

Primeiro e como opinião geral: Qual é o interesse de "facilitar a vida" aos nossos estudantes e dar-lhes a conhecer um sucedâneo de uma das obras mais valiosas da nossa literatura?
Os Lusíadas são para ler em poema. Com as devidas métricas, palavras, expressões, tempos de escrita! São para tentarmos perceber o que cada canto nos quer dizer e para isso temos o professor para fazer-nos interessar pelo que estamos a ler!

"As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
..."
Podemos não gostar de poesia, mas atinge-nos!

"É minha intenção louvar os heróicos navegadores que, saídos de Portugal, seguiram por mares nunca dantes navegados, ultrapassando a fraca força humana e, assim, ultrapassaram a ilha de ceilão, antiga ilha de Taprobana, tão longinqua e dificil de atingir..."
E então,eu com isso? Como se costuma dizer por algo que não nos interessa.

Isto é alguma coisa?!

Isto é uma seca! Se acharam que os alunos não iam gostar de ler os Lusíadas como magnífica obra literária e poema que é, acham que eles vão gostar de ler isto? Eu não acho!
Posso estar errada, claro. Aceito sem problemas essa hipótese de erro, mas estão a destruir a ideia do poema. Do peso da obra. Dos comentários do meu tempo: Grande chatice, ler um poema sem sabermos o que lá diz... E ao fim e ao cabo, com a ajuda dos professores, ficávamos a saber o que lá dizia e nem era assim uma seca tão grande.
Vai ser mais interessante e pedagógico, passar a ouvir dizer: Os Lusíadas? Aquele livro escrito por um zarolho, sobre coisas antigas?

Este apontamento do "zarolho" deve-se à introdução do dito livro, onde Luís de Camões é apresentado na primeira pessoa, numa linguagem que eu classificaria de adequada ao 1º ano do ensino básico.

Os alunos devem ser incentivados, desafiados a procurarem mais, não facilitados com papa desfeita que fica em nada quando se vai comer.

E eu que sou absoluta fã do Plano Nacional de Leitura!

Nota final: Acham que os Lusíadas seriam o que são agora, se tivessem sido apenas uma história escrita em prosa?

Os Lusíadas em prosa - parte I



Para o 8º ano, o meu filho vai precisar de um exemplar desta obra.
Alguém tem para venda ou troca, mesmo usado? Não existe em Livraria nenhuma, um único exemplar disponível.

Agradeço desde já a vossa colaboração.

domingo, 23 de maio de 2010

A Princesa do Gelo


De regresso à cidadezinha onde nasceu depois da morte dos pais, a escritora Erica Falk encontra uma comunidade à beira da tragédia. A morte da sua amiga de infância, Alex, é só o princípio do que está para vir.
Com os pulsos cortados e o corpo mergulhado na água congelada da banheira, tudo leva a crer que Alex se suicidou.
Quando começa a escrever uma evocação da carismática Alex, Erica, que não a via desde a infância, vê-se de repente no centro dos acontecimentos. Ao mesmo tempo, Patrik Hedström, que investiga o caso, começa a perceber que as coisas nem sempre são o que parecem. Mas só quando ambos começam a trabalhar juntos é que vem ao de cima a verdade sobre aquela cidadezinha com um passado profundamente perturbador…

Lê-se muito bem e a história é bastante interessante. Um policial de suspense, como eu diria. Há aquelas histórias policiais que não contam nada e temos que ir lendo para descobrir, depois há aquelas que contam tudo e limitamo-nos a ler para ver como as personagens vão reagindo com as informações que nós já conhecemos e há as histórias policiais como esta de Camilla Lackberg, dá-nos infromações de que as personagens descobrem alguma coisa e só quando se vão confrontando umas às outras, vamos sabendo o que descobriram.
Na narrativa toda, só abdicava de duas coisas:
1º não pormenorizava tanto as refeições (quase aulas de culinária ou menu de restaurante), mas essa é minha opinião porque há autores que gostam deste tipo de pormenores;
2º quase ao inicio há uma cena que para lhe dar força, precisava que a personagem estivesse sem luvas calçadas na hora em que ia desdobrar um papel. A personagem estava na rua (temperatura de cerca de 15 graus negativos e ia sentar-se num banco de um parque. Diz-nos a autora que se sentou sobre as luvas para evitar contagios de infecções urinárias que nao lhe interessava apanhar????? Desde quando os colibacilo se propagam desde o exterior? Era mais correcto dizer que se sentava sobre as luvas para se proteger do gelo do banco.
Mas isso é só um mísero pormenor em que reparei, porque sou embirrante.
Em conclusão: gostei muito e se algum dia apanhar outro livro de Camilla Lackberg, quero ler.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Bubok


Para autores como eu que normalmente escrevemos para os amigos e gostariamos de ver as nossas obras publicadas e com acesso ao publico em geral, podendo ou não, ganhar dinheiro com isso, existe um site magnifico - Bubok.
Aconselho uma visita sem qualquer compromisso, para ver do que se trata. Foi o que eu fiz e não resisti. Registei-me como autora.
Só a ideia é deliciosa.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O Deus das Pequenas Coisas


O Deus das Pequenas Coisas é a história de três gerações de uma família da região de Kerala, no sul da Índia, que se dispersa por todo o mundo e se reencontra na sua terra natal. Uma história feita de muitas histórias. A histórias dos gémeos Estha e Rahel, nascidos em 1962, por entre notícias de uma guerra perdida. A de sua mãe Ammu, que ama de noite o homem que os filhos amam de dia, e de Velutha, o intocável deus das pequenas coisas. A da avó Mammachi, a matriarca cujo corpo guarda cicatrizes da violência de Pappachi. A do tio Chacko, que anseia pela visita da ex-mulher inglesa, Margaret, e da filha de ambos, Sophie Mol. A da sua tia-avó mais nova, Baby Kochamma, resignada a adiar para a eternidade o seu amor terreno pelo Padre Mulligan..
Estas são as pequenas histórias de uma família que vive numa época conturbada e de um país cuja essência parece eterna. Onde só as pequenas coisas são ditas e as grandes coisas permanecem por dizer.
O Deus das Pequenos Coisas é uma apaixonante saga familiar que, pelos seus rasgos de realismo mágico, levou a crítica a comparar Arundhati Roy com Salmon Rushdie e García Márquez.

Uma história que começa pelo fim.
O primeiro capítulo é uma breve apresentação dos personagens (quase) principais e o segundo é (quase) final da história. Todos os outros se seguem, não pela ordem cronológica da accção, mas pela ordem necessária para explicar os porquês das situações narradas em cada uma das alturas.
O passado misturado com o presente da narrativa que não é o presente da accção, uma vez que esse presente (a visita de Rahel à casa de família para ver o seu gémeo Estha)é apenas contado em três ou quatro pequenos capítulos - a chegada de Rahel, o contacto com alguém conhecido, o contacto com a tia que se queixa do alheamento de Estha e o contacto final, esperado e intenso entre os dois irmãos.
Na narrativa os dois irmãos de uma forma ou de outra, são os responsáveis ainda que alheios a essa responsabilidade por toda a história que nos é narrada.

A escrita é maravilhosa.
Os parágrafos são curtos e conseguem prender-nos à história, como se nos dessem muitas informações sem nos dar, por vezes, quase nenhumas, deixando-nos criar a nossa própria maneira de ver o que está a ser narrado, para podermos ter a nossa própria opinião em cada situação.
Se ao longo do livro toda a história nos prende para tentarmos saber o porquê do que aconteceu e como é que aconteceram algumas situações sobre as quais alguns véus vão sendo levantados, mais presos ficamos quando descobrimos como foi e nos revoltamos com as decisões tomadas.

Para terminar e para explicar melhor, em forma de resumo, tudo o que eu queria explicar eis aqui:

Quote:
A poesia em forma de romance numa das mais belas obras literárias do século XX .

"O deus das Pequenas Coisas" é um romance passado na Índia, estado de Kerala, nos anos 60/70 do século XX, onde vamos encontrar uma população que incorporou os hábitos dos colonizadores europeus (a música, a religião, a forma de vestir, o cinema...). Ao mesmo tempo, conserva ainda a maior parte das suas tradições, hábitos e, inclusive, alguns dos seus tabus ancestrais, tais como: a marginalização dos intocáveis (aqueles que no sistema de castas - estratos sociais - hindu desempenham as tarefas mais abjectas) tendo, por isso, de manter-se à margem dos "tocáveis" para não "contaminá-los". O marxismo e o cristianismo são as novidades vindas da Europa que ameaçam derrubar esta grande barreira social. Pelo menos teoricamente. O livro desta autora indiana, em muitos aspectos autobiográfico é, antes de mais, uma história de amor tão pungente como a de "Romeu e Julieta" ou "Abelardo e Heloísa". E das diferentes formas de manifestar o amor numa sociedade onde as barreiras são tantas que as Coisas mais importantes ficam sempre por dizer. Onde só as pequenas coisas são mencionadas, num ambiente social onde há que obedecer a normas rigorosas acerca de quem deve ser amado. E quanto. E como. "O deus das pequenas coisas" é uma paleta de amores proibidos: dois gémeos que se amam com uma intensidade que ultrapassa os laços de sangue, a avó cuja história de amor tem as cicatrizes da violência, a tia-avó que esconde a paixão pelo Reverendo Mullingham sob uma capa de austeridade e repressão, o tio que não ultrapassa o desamor pela sua musa britânica... E no centro desta teia de amores amaldiçoados está a mãe dos gémeos e seu amor por Velutha, o líder sindicalista intocável - uma dupla ameaça para esta família, dona da fábrica Pickles Paraíso. A duplamente estigmatizada Ammu, mãe dos gémeos - quer pelo divórcio quer pela entrega a uma paixão, que ameaça pôr em causa a imagem da família perante a sociedade -, aliada a um acidente que vitima a prima idolatrada quando esta se encontra na companhia dos dois irmãos, trará fortes convulsões que vão abalar a infância destas duas crianças.
As repetições e as frases de uma só palavra aumentam consideravelmente a intensidade do texto. Os adjectivos utilizados são enriquecidos porque incorporados em ousadíssimas sinestesias, metáforas e personificações - "O bambu amarelo chorou" ou " Os cotovelos da noite, repousando na água observavam" -, ao mesmo tempo que somos bombardeados com presságios que nos fazem adivinhar o que se vai passar a seguir. Em vários momentos do texto, o sentimento crescente de angústia, no leitor, torna-se quase que insuportável. As Pequenas Coisas são descritas até ao mais ínfimo pormenor, como que para prolongar ao máximo a durabilidade daqueles momentos preciosos, porque proibidos, obrigando as personagens a agarrarem-se às pequenas coisas, porque tudo pode mudar um dia. As Grandes coisas têm de ficar latentes para aqueles que sabem nada possuir. Para aqueles que não têm futuro. Porque são as pequenas coisas que os ligam ao Amor, à Loucura, à Esperança, à Infinita Alegria.
Unquote.
Se aconselho? Aconselho. Vivamente.

terça-feira, 23 de março de 2010

Entrevista com o Vampiro


O livro conta a história de Louis, um vampiro que foi transformado no século XVIII por Lestat. Enquanto Lestat acredita que deu a Louis a maior dádiva que pode existir, este acredita que na verdade foi condenado ao inferno, e só encara a morte como válvula de escape, enquanto o medo o aflige. Ele passa a sua vida imortal à procura de um significado para a sua condição, ou pelo menos de algum outro da sua espécie.

Sempre relutante em tirar a vida de seres humanos, Louis no início alimenta-se apenas de animais. Um dia, porém, não resiste e morde uma rapariguinha, Claudia. Lestat, ao descobrir, fica extremamente empolgado, transforma-a em vampira e "oferece-a de presente" a Louis. Os dois tornam-se muito amigos, sendo um a razão de ser do outro.

Claudia, entretanto, não é feliz, pois, assim como uma criança humana, ela amadurece e torna-se adulta, mas fica eternamente presa no corpo de uma menina. Lestat, enciumado da relação dela com Louis e também farto de suas "crises existenciais", acaba por afastar-se de ambos e tratá-los cada vez pior. Claudia considera que ele é um peso a ser eliminado, e então assassina-o. Para comemorar, ela marca com Louis uma viagem para a Europa. Mas logo antes de embarcarem, para surpresa e pânico de ambos, eles descobrem que Lestat na verdade não morreu.

Em Paris, Louis conhece Armand, o líder de um grupo de vampiros, e espera que ele, já que é provavelmente o mais velho vampiro existente, lhe dê algumas respostas, o que descobre não ser possível. Logo após, o grupo que Armand lidera assassina Claudia, levando Louis a uma fria vingança que não poupa ninguém, a não ser o próprio Armand.

Por fim, Louis volta sozinho aos Estados Unidos, onde continua sua vida.

E é já nos nossos dias (anos setenta ou oitenta) que acede a dar uma entrevista a um jornalista, cheio de ideias que se amedronta ao constatar que a sua história é mesmo uma realidade para a qual não estava preparado. Ao fugir de Louis, aterrorizado, mas com uma bela história no seu gravador, é apanhado por Lestat.
Isto é mesmo, mesmo o final da história.

Gostei do livro e do filme. Louis é de facto um ser infeliz e cheio de remorsos e Lestat um ser malvado e cheio de si.
Para quem gosta do género e que ainda não tenha lido, aconselho. Mais uma (BOA) história de vampiros.

domingo, 14 de março de 2010

O Braço Esquerdo de Deus


“Escutem. O Santuário dos Redentores, em Shotover Scarp, é uma mentira infame, pois lá ninguém encontra santuário e muito menos redenção.”

O Braço Esquerdo de Deus tem como cenário o Santuário dos Redentores, um lugar vasto e isolado – um lugar sem alegria e esperança. A maior parte dos seus ocupantes foi levada para lá ainda em criança e submetida durante anos ao brutal regime dos Redentores, cuja crueldade e violência têm apenas um objectivo – servir a Única e Verdadeira Fé. Num dos lúgubres e labirínticos corredores do Santuário, um jovem acólito ousa violar as regras e espreitar por uma janela. Terá talvez uns catorze ou quinze anos, não sabe ao certo, ninguém sabe, e há muito que esqueceu o seu nome verdadeiro − agora chamam-lhe Cale. É um rapaz estranho e reservado, engenhoso e fascinante. Está tão habituado à crueldade que parece imune a ela, até ao dia em que abre a porta errada na altura errada e testemunha um acto tão terrível que a única solução possível é a fuga.

Mas os Redentores querem Cale a qualquer preço. Não por causa do segredo que ele sabe mas por outro de que ele nem sequer desconfia.

Thomas Cale não é apenas um acólito em fuga, é uma profecia: é o braço esquerdo de Deus, o anjo da morte que querendo, pode destruir o mundo e que deve ser capturado pelos redentores sob qualquer custo, para uso de Cale a seu bel-prazer.

Gostei muito do livro pois gosto deste tipo de histórias e de personagens, mas decididamente não aprecio trilogias, a não ser que quando comece a ler o primeiro livro, já tenha em meu poder o segundo e o terceiro. De outra forma, termina-se o primeiro livro e fica-se com água na boca à espera dos outros, sem previsão de chegada.
Prefiro cem vezes um livro apenas, ainda que com 1000 páginas e ter a história terminada no seu final. Claro que o pior é quando temos um livro de quase 1000 páginas e é ele também o primeiro de uma trilogia. E aí o desespero ainda é maior.
Refiro-me claro, ao Nome do Vento e devo dizer que se tiver de escolher apenas o seguimento de uma das trilogias, escolherei o Nome do Vento.
Kvothe é um adulto a relatar a sua própria historia, temos a certeza que mal ou bem, sobrevive;
Thomas Cale tem a sua historia contada no presente, por um narrador e não sabemos como poderá acabar. É um tipo de ansiedade, que não me agrada sobremaneira.
Gosto de algum suspense na leitura, mas gosto mais de ouvir os relatos de coisas que já sucederam quando já sabemos que os seus protaginostas ficam bem.
Isto é apenas uma opinião pessoal e uma pequena comparação, longe de o ser e longe de ser uma critica, aos dois livros.
Gostei dos dois, com as devidas diferenças entre eles e se puder, seguirei os dois.

A quem me pergunte é mais um livro do qual aconselho a leitura. Dentro do estilo de fantasia, encontramos muitas situações do mundo real, devidamente enquadradas no ambiente do livro. E é um livro que se lê muito bem. A história cativa e Thomas Cale é deveras um personagem desconcertante. Demasiado frio e mortal para tão jovem e demasiado jovem para tão poderoso.

sexta-feira, 12 de março de 2010

A Fúria das Vinhas


Uma história emocionante passada nos socalcos do Douro no tempo em que se abriam as portas da ciência e do conhecimento.
Este romance recupera factos e histórias que Francisco Moita Flores não incluiu na série que escreveu para a RTP com o título A Ferreirinha. Narra a epopeia da luta contra a filoxera, uma praga que, na segunda metade do século XIX, ia destruindo definitivamente as vinhas do Douro. Na mesma altura em que, por toda a Europa, surgiam as primeiras técnicas e tentativas de criação de um método para a investigação criminal.
Moita Flores criou um bacharel detective - Vespúcio Ortigão - que, na Régua, persegue um serial killer, confrontando-se com o medo, com as superstições, com as crenças do Portugal Antigo que, temente a Deus e ao Demónio, estremecia perante o flagelo da praga e dos crimes. É uma ficção, é certo, mas também um retalho de vida feita de muitos caminhos que a memória vai aconchegando conforme pode.

Mais um dos muitos que gostei muito de ler. Ficção ou não, está muito interessante. Nada de pretensioso e lê-se muito bem.

terça-feira, 2 de março de 2010

Ossos Sagrados



ESPIÕES, ASSASSINOS, CONSPIRAÇÃO. UMA TRINDADE PROFANA.

Uma relíquia foi roubada no Monte do Templo.

Com a morte de treze soldados israelitas, e com os palestinianos enfurecidos pela profanação do solo sagrado, as tensões acumulam-se. A equipa de investigação corre contra o tempo, tentando evitar que a perturbação civil assuma proporções incontroláveis.

No Vaticano, uma cientista e um antropólogo analisam um misterioso tesouro arqueológico que pode encerrar um segredo escabroso. Há um esqueleto humano, com cerca de 2000 anos, que exibe indesmentíveis marcas de uma crucificação...

Será permitido, no Vaticano, que a informação veja a luz do dia?

Comecei a ler, há algum tempo e parei. Eu não sou muito dada a assuntos polémicos! Quem acredita, acredita, quem não acredita tem todo o meu respeito naturalmente, mas para nos dar a entender (no caso deste livro particularmente) que os ossos encontrados poderão ser os de Jesus Cristo e neste caso fazer ruir toda a questão da ressureição, não precisam levar meio capitulo a dizer que os ossos encontrados mostram marcas de uma tortura assim, de um golpe assado, de um osso partido desta maneira ou de um rasgão da outra... nós vamos no primeiro descritivo e já percebemos que estão insinuar de quem serão os ossos... mas pronto, ok. mea culpa que não tenho paciência para estes detalhes. E por isso parei de ler, apesar de não querer dizer que não fosse melhor na continuação, até porque além desse assunto polémico existe toda uma trama entre palestinianos e israelitas... Talvez ainda retome a leitura. Um dia quando não tiver nenhum livro novo para ler.

segunda-feira, 1 de março de 2010

A Conspiração


O Presidente Zachary Herney está a lutar por uma duríssima reeleição. O seu opositor, o Senador Sedgwick Sexton, é um homem com amigos poderosos e uma missão: privatizar a NASA e reduzir as suas despesas.

Lutando para sobreviver a uma série de erros que ameaçam a sua imagem política, a NASA faz uma descoberta atordoadora: um estranho meteorito enterrado no Árctico. O Presidente é informado de que o objecto encontrado vai ter implicações determinantes no programa espacial americano. Contudo, dada a reputação vacilante da agência espacial norte-americana, será a descoberta válida ou não?

Rachel Saxton, uma investigadora dos Serviços Secretos da Casa Branca, é destacada para confirmar a autenticidade do achado. Rachel tem como missão resumir relatórios complexos em notas de uma página. Neste caso o Presidente precisa dos seus dados antes da última declaração que fará ao povo americano e que será decisiva na sua reeleição.

Acompanhada por uma equipa de especialistas, incluindo o carismático oceonógrafo Michael Tolland, Rachel descobre o impensável: provas de um embuste científico, de uma cilada que ameaça mergulhar o mundo em controvérsia. Mas antes de conseguir contactar o Presidente, Rachel e Michael são vítimas de uma perseguição sem tréguas ao longo do Árctico, refugiam-se num submarino nuclear e acabam por ser aprisionados num pequeno barco na costa de New Jersey, enquanto a capital norte-americana ferve de expectativas relativamente a mais uma fraude científica e os ânimos se exaltam nas antecâmaras do poder no interior da ala esquerda.

Aclamado pela mestria e genialidade com que relaciona História, Ciência e Política, Dan Brown destaca-se num novo romance em que nada é o que parece e ao virar de cada página nos espera uma fabulosa surpresa.

Ainda só vou a meio e já estou a gostar. Aliás, quem gosta de Dan Brown gosta sempre e não tenho qualquer problema em dizer que dos que já li, é o melhor! Apresenta as suas explicações, concerteza, mas não da forma extra exaustiva dos outros e o assunto é bastante interessante e a forma como a história está feita, muito empolgante. Quando decidimos que no final de determinado capitulo vamos parar para fazer intervalo, a tendência é continuar e ler só mais um. E no final deste capitulo o mesmo problema, porque não há como parar, a vontade é ler de seguida para ver o que vai acontecer. A ideia de fazer capitulos curtos que nunca terminam o assunto é muita "maldade", não nos dá espaço para intervalos! Estou a adorar! Aconselho!!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A Bússola Dourada


Mundos Paralelos é uma trilogia mágica e poderosa, recheada de aventuras, imaginação e mistério. A sua protagonista é Lyra, uma menina de onze anos que anda sempre na companhia do seu génio. E é justamente com Pantalaimon que ela irá fazer uma perigosíssima viagem até às vastidões longínquas do Norte, para tentar desvendar os seus mistérios… Mas a realidade revela-se assustadora… Lyra irá conhecer criaturas fantásticas, feiticeiras que cruzam os céus gélidos, espectros fatais e ursos blindados numa luta terrífica entre a vida e a morte, o bem e o mal, a sobrevivência ou a aniquilação do mundo…
É um livre muito soft (apesar de mais cheio de actos "maldosos" do que o filme - digo isto, porque tinha o livro há um ano em casa desde que o ganhei num passatempo e só o fui ler porque vi o filme um fim-de-semana destes em casa), que se lê muito bem e rapidamente. Mas apesar disso, acho que não quero ler a continuação. Não é exactamente o meu estilo preferido de livro.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Desaparecidas



Desaparecidas (Vanish)
Autora: Tess Gerritsen
Protagonista: Jane Rizzoli e Maura Isles
Ano: 2008
Número de Páginas: 384
Editora: Record


Sinopse: Aquela mulher parecia ser mais um corpo na mesa fria do necrotério. Mas quando a legista Maura Isles inspeciona o cadáver, algo assustador acontece - a mulher abre os olhos. Ainda viva, ela é levada rapidamente para o hospital. Mas o bizarro logo se transforma em perigo. Com uma precisão chocante, ela mata um segurança e faz reféns - um deles, uma paciente grávida. Quem é essa pessoa violenta e desesperada, e o que ela quer?



Fatos: Esse livro foi indicado para o Edgar Award de 2006. Tess Gerritsen abriu mão da medicina para se dedicar à literatura e criar seus filhos. A autora rapidamente conquistou a crítica e o público com seu livro de estréia, ‘Harvest’. Ela também é autora dos best sellers ‘Dublê de Corpo’ e ‘O Pecador’.

Reli, porque da primeira vez li tantos livros num espaço de tempo tão curto que me esqueci um pouco dos detalhes da história, que logo relembrei à medida que lia.
Um policial interessante e que se lê muito bem.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Nome do Vento


Da infância como membro de uma família unida de nómadas Edema Ruh até à provação dos primeiros dias como aluno de magia numa universidade prestigiada, o humilde estalajadeiro Kvothe relata a história de como um rapaz desfavorecido pelo destino se torna um herói, um bardo, um mago e uma lenda. O primeiro romance de Rothfuss lança uma trilogia relatando não apenas a história da Humanidade, mas também a história de um mundo ameaçado por um mal cuja existência nega de forma desesperada. O autor explora o desenvolvimento de uma personalidade enquanto examina a relação entre a lenda e a sua verdade, a verdade que reside no coração das histórias. Contada de forma elegante e enriquecida com vislumbres de histórias futuras, esta "autobiografia" de um herói rica em detalhes é altamente recomendada para bibliotecas de qualquer tamanho.

Depois de tantas palavras em 966 páginas, fiquei sem palavras para dizer muita coisa. Há tanto para dizer e tão pouco que seja suficiente.
Leiam, é o que vos digo. Apesar do tamanho e do tema, é uma história tão pouco pretensiosa que se lê lindamente e no final... se fica com água na boca, à espera do segundo dia de narração e do terceiro...
Um pequeno aparte ácerca das personagens. São fraquitas todas as que rodeiam Kvothe, mas com um personagem destes, quem precisa de outros? E eu sei o que é quando se cria uma história em redor de um personagem... não são precisas mais, todas as outras são acessórios. À excepção do discipulo de Kvothe, Bast, ou melhor Basta filho de um principe de demónios. Tem o seu quê de interessante e irei gostar de saber mais sobre ele nos proximos livros.

Para ser realista na crítica deveria dizer mais algumas palavras, até porque não há livros perfeitos (ou será que sim?). Li uma crítica na revista "Os Meus Livros" e achei que era perfeita.
Transcrevo:
"Mitos e homens
Prós - Uma ambiciosa fantasia épica, escrita com inteligência e que sabe jogar de forma satisfatória com os elementos do género.
Contras - Algumas quebras no ritmo e na coerência dos personagens: alguns pontos da trama são demasiado dejá vu.
É tão fácil o autor esquecer-se do plot. Da simples e fundamental importância da trama que vai servir de fio condutor para a evolução de personagens confrontadas com a adversidade. Rothfuss não corre esse risco, o que seria normal num volume de quase mil páginas, que cedo descobrimos não ir além do primeiro dia da narrativa de Kvothe a um cronista. E não o corre porque a trama - a história, o plot - estão constantemente no centro da atenção do autor.
O nome do vento é o nome do jogo e esse jogo é a verdade; a verdade que se esconde por detrás do mito de Kvothe, que nesta primeira etapa da sua jornada conhecemos sob o nome de Kote, um jovem de talentos inusitados que acompanha uma trupe de actores e que o leitor acompanha até à universidade, vivendo com ele as agruras dignas de Dickens que lhe hão-de moldar a personalidade.
Mas a história não fica por aqui.
Nunca fica, quando se trata de fantasia épica escrita com um mínimo de inteligência: somem-lhe uma misteriosa raça de demónios, que não são o que parecem ser, magia e realismo em doses iguais e um quase perdido prazer de contar uma história dentro de uma história, dentro de uma história, e ainda assim ficarão aquém do todo que em muito ultrapassa as partes. Onde Rothfuss tropeça é no ritmo narrativo. É certo que a narração é feita (em parte) pelo personagem principal com tudo de pessoal que essa opção autoral implica, mas é impossível não reter a sensação de que o narrador se foca por vezes demasiado no acessório esquecendo o essencial. E o essencial é o que Kvothe diz a certo passo: que entre a demanda e o momento do triunfo do herói, se encontram anos de luto, dor e solidão.
João Seixas, Criticas: ler, reler & classicar, Os Meus Livros, nr.81,Novembro 2009"

sábado, 23 de janeiro de 2010

Pára tudo!!



Stop e pára tudo! Foi o que eu pensei quando "me entrou pela casa dentro" um exemplar do Nome do Vento, na sua grandeza de 966 páginas.

Tinha no meu rol de leituras Nora Roberts - "Cortejando Catherine", para me inteirar do tipo de livros, depois de tanto ouvir falar e até já tinha lido 70 páginas, que confesso ainda não me tinham interessado muito (também posso ter escolhido mal o primeiro livro a ler desta autora; "Desaparecidas" de Tess Gerritsen, este segundo porque quando procurava a imagem para fazer um comentário sobre ele, me dei conta que não fazia a minima ideia da história. Li-o há uns anos numa altura em que lia uns atrás dos outros e alguns não me deixavam qualquer marca. Este pelos vistos não me deixou nada... de forma que ia lê-lo de novo.
Mas agora parei tudo e vou ler o Nome do Vento. Claro que no entretanto, comentarei outros livros, pois não faço ideia de quanto tempo levarei para o ler. A disponibilidade não é muita, há outras actividades.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A Hora da Morte


Sinopse:
"O que farás quando o tempo chegar ao fim?
Dia após dia, esperava que o primeiro cadáver fosse descoberto - um corpo contendo todas as pistas de que os detectives precisavam para encontrar a segunda vítima, que agardava uma morte lenta, mas certa.
A s horas passavam - o salvamento era possível, mas a polícia nunca chegou a tempo. Passaram-se anos, porém, para este assassino o tempo parara. Quando uma vaga de calor se abate sobre a região, o jogo recomeça. Duas raparigas desaparecem - e as horas continuam a passar.
A agente do FBI Kimberly Quincy sabe que terá de infringir algumas regras para vencer um criminoso cruel no jogo que ele aperfeiçoou. A hora da morte chegou"
Mais um policial de Lisa Gardner. Mais uma leitura empolgante. Esta é a história de um assassino, que rapta sempre duas jovens. Uma aparece sempre morta junto de uma estrada e com todas as pistas para que a segunda rapariga seja encontrada. Para ele é um jogo, iniciado com o rapto, e onde a primeira vítima é como um mapa, através do qual, se poderia salvar a segunda vítima, que terá uma morte lenta e sádica.
As pistas que o assassino deixa no primeiro corpo, não são de interpretação fácil, nem imediata, pelo que a Polícia necessitou de tempo para se aperfeiçoar. Em 10 jovens, uma foi encontrada com vida e salva.
Agora, o assassino aperfeiçou-se, tornou-se mais ousado e colocou o corpo da primeira vítima no interior da base de treinos do FBI, em Quantico, onde Kimberly faz o seu estágio. Mac McCormack, polícia que acompanha o caso deste assassino à vários anos, também está em Quantico.
O tempo urge para que se salvem as outras vítimas. Mac e Kimberly, contrariando todas as regras, encetam uma busca por conta própria, que nos conduzirá à descoberta do assassino. Pelo meio, Kimberly vai enfrentando o seu passado e aprendendo a viver com ele, aceitando a morte da irmã e da mãe e lidando com sentimentos que lhe surgem pela primeira vez.

Um policial interessante, contagiante , que não se consegue parar de ler.

Sem Dizer Adeus


O terror de uma casa em silêncio. Cynthia Archer, uma típica adolescente, acorda, como sempre, de mau humor. Rabugenta vagueia pela casa até perceber que está completamente sozinha. Não se trate de um sonho nem de um pesadelo: a sua família desapareceu. Foram raptados, assassinados? Abandonaram-na? O mistério adensa-se com o passar dos anos. Hoje uma mulher adulta e mãe, Cynthia não consegue libertar-se do seu passado e decida investigar por conta própria o que aconteceu naquela noite. Um intenso e aterrador thriller a arrebatar-nos à normalidade dos dias lançando-nos no encalço de um negro segredo. Cynthia tinha então catorze anos. O que parecia mais uma aborrecida manhã em família acabou por transformar toda a sua vida. Ao percorrer a casa, normalmente barulhenta logo pela manhã, sente um silêncio de morte. Vagueando pelas divisões não encontra vestígios dos pais, nem do irmão.
Brincam com ela? Onde se escondem? Fugiram, e não a levaram com eles? Alguém os raptou? Cynthia nunca o saberá. Criada pela tia Tess, só vinte e cinco anos depois do misterioso desaparecimento da família percebe que não conseguirá sentir-se segura até descobrir a verdade. Ela entretanto casou, tem uma filha. O constante medo de, a qualquer momento, tudo perder não a deixam contudo ser feliz. Ao começar a procurar os pais e o irmão parece contudo mexer em pantanosas águas. As suas investigações podem afinal atrair os assassinos até si... Quererá ela de facto saber a verdade, toda a verdade? Um intenso thriller assinado pela escritora canadiana Linwood Barclay.

A sinopse chama a atenção, não chama? Dá vontade de ler e eu li. E tudo vai bem enquanto a "menina" anda aflita à procura da verdade sobre o que aconteceu à familia. Quando a "coisa" se começa a desenrolar é o desapontamemto completo. Demasiado básico e sem qualquer colorido. Confesso que esperava mais!
Afinal o pai tinha duas familias e por aí o desenrolar desinteressante da coisa...

Sem Perdão


Em Holy Oaks, uma pacata cidade do Iowa, nos Estados Unidos, está um dia quente e abafado. Encalorado o padre Thomas espera pacientemente que algum dos seus paroquianos se venha confessar, mas durante algum tempo ninguém aparece. de repente entra no confessionário um homem e o padre Thomas vai ouvir a confissão mais estranha e arrepiante que já alguma vez ouviu. O homem é um serial-keller e conta-lhe com todos os pormenores os crimes que já cometeu e pede-lhe perdão pelo que irá cometer em seguida. Ele prepara-se para fazer mais uma vítima que pretende matar com requintes de tortura. E a vítima será Laurant, nada mais nada menos que a irmâ do padre que regressou da Suíça. Decidido a proteger a irmã e a salvá-la das mãos de um louco sedento de sangue e vingança, o padre Thomas pede ajuda a um agente do FBI, Nick Buchannan, seu amigo de infância. Enquanto dão caça ao perigoso assassino vai nascer, entre Nick e Laurant, um grande amor que poderá mudar as suas vidas.

Embora um thriller, policial, etc, é um livro leve, por não ser presunçoso. Lê-se bem e de vez em quando, não nos faz mal ler um livro destes.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Procuro-te


Daisy tem apenas vinte e cinco anos quando a mãe morre nos seus braços. Embora saiba há muito que foi adoptada, sempre se sentiu amada pelos pais e pelos irmãos. Para Daisy, aquela é a sua família. Todavia, o luto vai abalar o equilíbrio doméstico e revelar rivalidades encobertas. A serenidade dá lugar à devastação, e a jovem sente que é a altura certa para partir em busca das suas raízes e confrontar-se com o passado.

Na ânsia por saber mais sobre Ellen, a sua mãe biológica, e à medida que vai desvendando a história da família, Daisy descobre as duras verdades por detrás do seu nascimento. Dotada de uma inabalável determinação, Ellen sobrevivera a uma infância traumática: a morte da sua própria mãe estava envolta numa aura de mistério e os maus-tratos de que fora vítima às mãos da madrasta haviam-na marcado irremediavelmente. O destino quis que a sua coragem fosse constantemente posta à prova. O tempo encarregou-se de apagar o rumo dos seus passos.
Mas Daisy não desistirá de a encontrar, nem que para tal tenha de renunciar ao amor da sua vida.

Claro que não é com a busca de Daisy que nos é contada a história da familia. A própria autora faz um interregno na história de Daisy, para nos narrar a história trágica da sua mãe biológica e Daisy limita-se apenas a contar-nos o final dessa história, com a sua própria descoberta. Gosto mais de ir sabendo as coisas, à medida que as personagens também o vão sabendo.

Lê-se bem, e embora não seja o meu género preferido, talvez ainda leia o outro "Nunca me Esqueças"

domingo, 3 de janeiro de 2010

O Símbolo Perdido



Washington, D. C.: Robert Langdon, simbologista de Harvard, é convidado à última hora para dar uma palestra no Capitólio. Contudo, pouco depois da sua chegada, é descoberto no centro Rotunda um estranho objecto com cinco símbolos bizarros.
Robert Langdon reconhece-os: trata-se de um convite ancestral para um mundo perdido de saberes esotéricos e ocultos.

Quando Peter Solomon, eminente maçom e filantropo, é brutalmente raptado, Langdon compreende que só poderá salvar o seu mentor se aceitar o misterioso apelo.

Langdon vê-se rapidamente arrastado para aquilo que se encontra por detrás das fachadas da cidade mais poderosa da América: câmaras ocultas, templos e túneis. Tudo o que lhe era familiar se transforma num mundo sombrio e clandestino, habilmente escondido, onde segredos e revelações da Maçonaria o conduzem a uma única verdade, impossível e inconcebível.

Trama de histórias veladas, símbolos secretos e códigos enigmáticos, tecida com brilhantismo, O Símbolo Perdido é um thriller surpreendente e arrebatador que nos surpreende a cada página.
O segredo mais extraordinário e chocante é aquele que se esconde diante dos nossos olhos…

Conforme Dan Brown já nos habituou, muita conversa e pouca acção.
É uma forma de dizer. É claro que tem acção, nem que seja em relatos de situações já passadas que nos aparecem a meio de situações do presente que em certas alturas, gostariamos que não fossem interrompidas. Mas então? Dan Brown é assim mesmo e quem já leu os livros anteriores, já se habituou a este modus operandi. Mais uma boa obra, para quem gosta do estilo e não se aborrece com tanta explicação...