segunda-feira, 16 de julho de 2012

1Q84 II

Neste momento estou a ler o livro II.
Desde a altura em que comecei a ler já tinha tido tempo de o terminar e muito me custa que não seja assim, mas a falta de tempo é atroz.
É o que faz ter outros projetos além da leitura. Há que dar um pedacinho do pouco tempo a cada um e tentar conciliar os vários gostos.

De qualquer forma, li o primeiro livro com mais avidez. Era a curiosidade pelo autor, pela história. E quando o livro I chegou ao fim e me dei conta que tinha, não mais um, mas mais dois para ler, se queria conhecer o fim da história, resolvi abrandar e ler com mais calma e com mais pausas... e sabe bem da mesma forma, porque a escrita de Haruki Murakami prende-nos ainda que de quando em quando nos soltemos.

Quote:
O Livro 1 revelou a existência do mundo de 1Q84. Algumas perguntas encontraram resposta. Outras permanecem em aberto: Quem é o Povo Pequeno? Como farão esses seres para abrir caminho até ao mundo real? Existirão mesmo?, como sugere Fuka-Eri. Chegarão Aomame e Tengos a reencontrar-se? «Há coisas neste mundo que é melhor nem saber», como diz o sinistro Ushikawa. Em todo o caso, o destino dos heróis de 1Q84 está em marcha. No céu, distinguem-se nitidamente duas luas. Não é uma ilusão. Murakami descreve aqui um universo singular, que absorve, que imita a realidade, e a faz sua. A narrativa decorre em dois mundos que se cruzam, qual deles o mais real e o mais fascinante - o de 1984 e o de 1Q84. A perturbante história de um amor adiado, recortada num cenário marcado pelo desencanto e pela violência. Uma fábula sobre os dilemas do mundo contemporâneo. Murakami retrata o mal-estar da sociedade japonesa que se esconde por debaixo de uma aparente quietude.
Unquote
 
Estou a meio do livro e espero que apesar de tudo, chegue ao fim mais depressa do que cheguei aqui. E quando lá chegar, direi qualquer coisa, mas positiva de certeza.
 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Por nós...

Fotografia da autoria de Paulo Madeira - Rezarei por Ti

Há tempos num blogue, no seguimento de uma mensagem o autor da mesma escreveu que tinha uma amiga que uma vez lhe dissera: "Eu sei que não acreditas, mas à noite quando rezo, também rezo por ti."

No seguimento desta minha leitura, recordei-me de um livro que já lí há uns bons anos (muitos anos) que se chamava "Chorarei por vocês", passado algures na América Latina, se não estou em erro.
Era um livro cuja acção se situava no meio de um teatro de guerra. A presença de soldados num local longe de casa, num terreno hostil, que por um motivo qualquer levavam junto com eles uma freira de uma missão católica.
Recordo-me que a campanha não correu muito bem e um grupo restrito acaba por ficar sózinho, perdido, a procurar fuga e com eles, a freira.
Quando e, isto já quase no fim do livro, em jeito de conclusão para a acção, um deles comenta algo como: "Vamos ficar por aqui, morrer por aqui sózinhos, sem que ninguém nos encontre ou saiba de nós. Quem nos irá lamentar?"
A freira que ao longo da acção nem tinha sido muito bem tratada, afinal era um empecilho na fuga daqueles soldados, respondeu: "Eu chorarei por vocês."

Ficou-me a frase na ideia.
Ficou-me a promessa entranhada e garanto que de tudo o que acontece no livro é do que eu me lembro melhor, porque é bom sabermos que em momentos atribulados das nossas vidas, ou quando achamos que estamos sózinhos e que sózinhos temos que lutar contra a maré ou apenas caminhar, há sempre alguém que se lembra de nós.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Anatomia de um Leitor


Todos os sentidos ocupados no que mais interessa.