segunda-feira, 21 de abril de 2014

Estou na Lua

Estou na Lua 
Não me chateies que eu agora estou na Lua
E em breve vou chegar ao céu



Não costumo concorrer a certos passatempos, porque raramente sou seleccionada para alguma coisa. Desta vez concorri e aí estou eu.

terça-feira, 1 de abril de 2014

O Estranho Fado de Elias


Não tenho capa para poder apresentar, mas gostaria de apresentar o autor: Vasco Ricardo, um dos bloggers do blog Viajar Pela Leitura

Por ter lido que Vasco Ricardo, além de opiniões sobre escritores e livros alheios, também escrevia, pedinchei-lhe uma cópia digital de um livro seu e muito amavelmente, disponibilizou imediatamente "O Estranho Fado de Elias".

Antes de tudo e mais uma vez, Obrigada, Vasco!

Gosto sempre de ler novos autores e gosto mais ainda quando me surpreendem pela positiva e Vasco Ricardo não foi excepção.

A escrita é muito simples e fluída, sem deixar que nos percamos em floreados e acréscimos de palavras só para encher papel, que já vi por aí, e a história muito engraçada. Só, acho que em certas situações, não era preciso tanta descrição dos espaços, mas aceito, cada escritor tem o seu método.

Não posso dizer que a história é interessante, porque embora tenha lido e bem, não é o tipo de assunto que me fascina, mas gostei do relato quase diário da vida de Elias, depois de uma circunstância na sua vida pessoal, o ter levado a fazer o que foi fazendo ao longo de todo o livro.

A ideia de que a música é um factor que o leva a agir de determinada maneira, e a necessidade que ele demonstra de ouvir música para tomar decisões, foi uma boa ideia (gostei muito) e coaduna-se muito bem com um personagem com as características psicológicas de Elias. Um "doido" obsessivo-compulsivo. E aqui aproveito para dizer que quando um escritor consegue que um personagem nos fascine ou nos irrite, é um bom escritor e Vasco conseguiu. Elias irritou-me sobremaneira, com as suas fobias e as suas manias. Se eu fosse Odete, jamais ficaria com um homem assim. Livra-te!

Confesso que de inicio, saltei as entrevistas a Joel. Tinham a ver com as músicas que moviam Elias e não me estava a interessar saber o que ele pensava delas. Não gosto muito de acções a intercalar a acção principal de uma história. Comecei a ler essas partes quando me apercebi que eram mais que entrevistas sobre músicas e ainda bem que o fiz, ou perderia uma parte da acção e mais não digo.

Quanto ao final de que já ouvi queixas (não por ser mau, mas por ser triste), e embora eu não pretendesse de forma nenhuma "acarinhar Elias" como li em outra crítica (que gostei muito a propósito), também preferia que o assunto se tivesse resolvido de outra forma, embora as "porradas" que ele levou, tivessem sido muito bem merecidas.

Parabéns, Vasco Ricardo (embora duvide que precise que lho digam).