segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

A verdadeira razão do Natal


Hoje vos nasceu o Salvador.
Tenham um bom Natal

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Dick Haskins (António Andrade Albuquerque)


A partir do dia 22 a revista Sábado vai dar-nos, por apenas EUR 0,50/cada, a possibilidade de ter 4 livros do autor Dick Haskins.

Nunca li este autor, mas fui ver o que se dizia por aí e quem é que vai resistir a um bom policial?

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A Ultima Causa


SINOPSE
«Lembra-se de mim?», interroga, do outro lado da linha, a voz que arranca Patrick Kenzie do sono profundo. Uma voz feminina e uma frase em jeito de ameaça: «Encontrou-a uma vez. Volte a encontrá-la. Deve-me isso.»

No dia seguinte, eis que ela surge de novo, no cimo das escadas do metro. Um rosto marcado pelo tempo e pela mão severa do destino. Um rosto que Kenzie não esperava rever.

Há doze anos aquela mulher pedira-lhe que encontrasse a sobrinha Amanda, de quatro anos, que desaparecera. Os detetives privados Kenzie e Angie Gennaro tiveram sucesso, mas o caso deixou-lhes um amargo de boca: a menina foi devolvida aos cuidados de uma mãe negligente e alcoólica; e os raptores que, afinal, não queriam mais do que entregá-la a uma família que cuidasse bem dela, foram sentenciados a duras penas de prisão.

Por isso agora que Amanda, com dezasseis anos, desapareceu novamente, Kenzie sente-se obrigado a investigar. Mais a mais porque também ele sabe o que é ter uma filha e o que um pai está disposto a fazer para a ver feliz. A sua investigação será o começo de uma viagem ao coração de um mercado sombrio, onde se traficam identidades e adoções. Um mundo onde o bem pode assumir os contornos do mal, e o mal camuflar-se de bem. Um precipício do qual é melhor não nos aproximarmos muito.

Tinha visto um filme baseado numa obra deste autor - Shutter Island, mas nunca tinha lido nada e agora que calhou valeu bem a pena.
Tem uma escrita agradável que apesar da violência de algumas cenas, nos impulsiona a continuar a ler sem parar. O enredo deste livro é intrincado e com muitas reviravoltas como se verá no fim. Não se perde nada do que está escrito, como alguns livros (bons) mas que têm alturas da escrita em que desejamos avanço na ação. Este não. Avança e avança de tal maneira que o fim chega quando achamos que ainda há muito mais para escrever, mas não fica nada por dizer, nem por resolver. Ficamos com pena de terminar e abandonar a dupla de detectives, mas não ficamos com nenhuma sensação de já?? falta isto ou aquilo, que os finais de alguns livros nos dão.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

A Testemunha




Marwan Acade é perseguido pela polícia por assassinatos que ele não cometeu. A sua localização exacta será descoberta em questão de tempo, o que colocará as pessoas que ele ama em grande perigo, talvez o pior possa lhes sobrevir.
Uma luta para salvar sua vida hoje e pela eternidade.
Esta ficção vem com muita aventura, mistério e uma rede de intrigas. Acompanhe Marwan Acade e embarque nessa história cheia de suspense.


A ideia do tema, fez-me lembrar de "O Fugitivo", mas neste caso, não há só um policia correto a querer fazer o seu trabalho, há também gente corrupta a querer resolver o caso da forma mais rápida, sem olhar a meios nem a fins.



Marwan foge do local de um crime, que de forma nenhuma o lançaria como suspeito, mas foge, por tantas outras razões e mais à frente, quando depois de ter a certeza que o seu amor de outrora não quer mais nada com ele, envolve-se com Dália e é neste envolvimento que juntamente com a fuga que continua em vigor,  começa a duvidar ser merecedor da vida eterna.



Eu até me considero uma pessoa crente, acho no entanto que esta dúvida colocada assim para aqui, é exagerada, mas o autor é que sabe o que o levou a isso e consegue no final, ainda ser mais exagerado quando em conversa com um pastor cristão, que surge do nada no fim do livro, vai ler a bíblia e fica imediatamente convertido!

Não duvido que haja milagres de conversão, mas neste caso, neste livro, acho que ficava melhor ele ter algumas duvidas esclarecidas e no final dar a entender que até se converteria... para mim foi o ponto negativo do livro, até porque a crença ou não, do personagem, nunca se manifestou de forma assim tão acentuada na narrativa. Deu-se a entender no inicio, quando do nada, o personagem comentou que não se lembrava de Deus há muito tempo e reforçou quando em um museu viram uma pintura sobre o Juízo Final.


Acho que foi assunto demasiado profundo, concluído em um livro tão curto, que pouco falou do tema e o guardou todo para o final.



Já há algum tempo, li uma opinião sobre este livro que na altura, me deixou de pé atrás. Gosto de algumas histórias com cariz religioso, em certa medida e esta não me chamava. 

Passados alguns meses, acho que esqueci essa opinião e iniciei a leitura, certa de seria apenas acção e aventura... nah...
A parte religiosa escrita no final, é interessante, importante, esclarecedora, mas inapropriada para este final.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Estação Onze





Estação Onze conta-nos a cativante história de um grupo de pessoas que arriscam tudo em nome da arte e da sociedade humana após um acontecimento que abalou o mundo. Kirsten Raymonde nunca esqueceu a noite em que teve início uma pandemia de gripe que veio a destruir, quase por completo, a humanidade.

Vinte anos depois, Kirsten é uma atriz de uma pequena trupe que se desloca por entre as comunidades dispersas de sobreviventes. No entanto, tudo irá mudar quando a trupe chega a St. Deborah by the Water. Um romance repleto de suspense e emoção que nos confronta com os estranhos acasos do destino que ligam os seus personagens.



O livro inicia com a representação da peça Rei Lear, durante a qual o actor principal morre de ataque cardíaco. São-nos apresentados três figuras de importância, conforme se verá mais à frente - o ator que morre, Arthur Leander, o socorrista que o assistiu Jeevan Chaudhary e a pequena atriz que assistiu a tudo, Kirsten Raymonde.
Uma epidemia de gripe, assola o país e em meses a humanidade é quase dizimada, e as tecnologias desabam (Este parte foi vitima de grandes criticas, porque quem leu achou que não era plausível, que haveria forma de retornar as coisas, já que houve sobreviventes. A mim não me incomodou sobremaneira. Descambou, está descambado.)

Após esta apresentação, começamos a seguir a vida de Kirsten e da Sinfonia Intinerante, um grupo composto por músicos e atores que anda pelas terras fora a representar Shapespeare e a dar concertos às poucas pessoas que existem nas terras por onde vão passando. 
A par desta açção, começamos a ler sobre cada uma das personagens, anos antes da epidemia e a leitura passa a ser intercalada entre o passado e o presente e mais algumas personagens são-nos apresentadas durante essa narrativa.

Personagens que achamos que não nos vão interessar, acabam por ser importantes para a história e aos poucos recebemos explicações do passado, sobre situações e atitudes do presente. As personagens foram lindamente interligadas pela autora e cabe a cada uma o seu lugar na história, de forma a que ela tenha lógica.

Não vou dizer mais nada, porque corro o risco de começar a resumir a história e aí tenho que ser spoiler e leio sempre tantos alertas sobre isso que não quero ser.

Aconselho a leitura. É de fato uma distopia num futuro muito próximo, com personagens agradáveis e outros nem tanto, mas lê-se bem independentemente das nossa opinião final.
A minha é positiva.




sexta-feira, 8 de julho de 2016

A Estrela do Diabo




Oslo sufoca no calor de verão, quando uma jovem é assassinada no seu apartamento. Um dedo é-lhe cortado, e um minúsculo diamante vermelho com o formato de um pentagrama - uma estrela de cinco pontas - é encontrado debaixo da sua pálpebra. O detetive Harry Hole é designado para investigar o caso com Tom Waaler, um colega de quem ele não gosta e em quem não confia. Tom trabalha para um bando de traficantes de armas - e é o assassino da sua antiga parceira. Mas Harry, um alcoólico inveterado, mal consegue aguentar o seu emprego, e a sua única hipótese é aceitar o caso. Cinco dias depois, outra mulher é dada como desaparecida. Quando o seu dedo cortado é encontrado enfeitado com um diamante vermelho com a forma de uma estrela, Harry receia que haja um serial killer à solta. Determinado a encontrar o assassino e a expor o corrupto Tom Waaler, Harry descobre que as duas investigações se fundem de um modo inesperado. Mas perseguir a verdade tem um preço, e em breve Harry dá por si em fuga e forçado a tomar decisões difíceis acerca de um futuro que pode nem viver para ver. Jo Nesbø já foi comparado a Ian Rankin, Michael Connelly e Henning Mankell. Os seus romances são best sellers por toda a Europa

Tenho pouco a dizer sobre este livro, apenas que vale a pena.
A investigação de Harry é precisa, sem falhas apesar da sua luta com o álcool e da sua luta quando decide que vai deixar de beber para cumprir o objectivo a que se propõe nessa investigação. Sabe o que faz e quando deve fazer.
Há alturas em que achamos que afinal não vai correr muito bem, mas não sabemos de tudo e só mais à frente da narrativa, o autor nos deixa ver como lá chegou.

Só achei confuso uma coisa, mas creio que tem a ver com a edição do livro, em que não existem espaços físicos na escrita que nos separem de um local ou outro da ação e só depois de lermos duas ou três linhas, nos damos contas que o local é outro e os personagens igualmente.


Mas tirando isso que também não nos tira o sono, nem nos confunde por aí além é uma boa história, bem conseguida que nos prende do principio ao fim.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

As Gémeas do Gelo


Lydia e Kirstie tinham 6 anos e eram gémeas idênticas. Quando Lydia morre acidentalmente na queda de uma varanda, os pais mudam-se para uma pequena ilha escocesa, na esperança de reconstruírem, com a filha que lhes resta, as suas vidas dilaceradas.Mas um ano depois, a gémea sobrevivente acusa os pais de terem cometido um erro e afirma que quem caiu da varanda foi Kirstie e não ela.Na noite em que uma tempestade assola a ilha e deixa mãe e filha isoladas, elas dão por si a serem torturadas pelo passado e por visões inexplicáveis, que quase as levam à loucura. O que terá acontecido realmente naquele fatídico dia em que uma das gémeas morreu?

Só por si o tema é doloroso, mas quando se instala a dúvida, além da dor dos personagens começamos a sentir a perturbação, o terror de uma troca inconsciente.

E vamos tendo conhecimento de cada situação, pelo ponto de vista de cada um dos personagens que a seu ver tentam culpabilizar o outro do que aconteceu. Não existe um narrador imparcial que num caso destes seria indispensável, a não ser que a ideia do autor seja deixar-nos confusos e perturbados.

Quando recorremos às lembranças de um para confrontar o outro, vemos que as lembranças do segundo apontam caminhos diferentes na ação.

E para mais nos confundir, temos a gémea viva que ora se dá como sendo uma, ora como sendo a outra.
Transtornos psicológicos fundamentados por especialistas, provocados pela dor da morte do seu gémeo, podem ser a justificação, mas depois há mais do que a ciência pode demonstrar.
E a dada altura, tentamos além do que nos é dado, limpar narrativas e recordações de cada um dos personagens e deslindar o verdade, ou pelo menos parte dela.

Conseguiu o efeito para que foi criado, incomodou-nos e arrepiou-nos e no final, com a conclusão, damos conta que algumas das coisas ditas ao longo do livro são a verdade e que outras... também.




segunda-feira, 27 de junho de 2016

O Nevoeiro

David Drayton (Thomas Jane) e o seu pequeno filho Billy (Nathan Gamble) estão entre o largo grupo de habitantes fechados na mercearia local por uma neblina estranha, do outro mundo. David é o primeiro a perceber que há coisas escondidas na neblina... coisas horríveis, mortíferas... criaturas que não são deste mundo. A sobrevivência depende de todos dentro da loja puxarem para o mesmo lado... mas será isso possível, atendendo à natureza humana? À medida que a razão se perde, face ao medo e ao pânico, David começa a duvidar o que o aterroriza mais: os monstros na neblina, ou os que estão no interior da loja, a raça humana, as pessoas que até agora foram os seus amigos e vizinhos?

Neste lendário conto de terror do mestre Stephen King, a fina camada da civilização é quebrada, as máscaras são postas de lado e o verdadeiro horror é-nos revelado.



É o segundo livro de Stephen King que leio e comprovei o que achei do primeiro. Não é longo, cheio de  matéria para ter muitas páginas e mesmo assim consegue prender-nos a ele, na tentativa de descortinar o que irá acontecer, antes de ler.
A sinopse diz tudo e se eu dissesse mais ia contar a história, teria que dizer o que uns e outros fizeram, como acabou e aí já não era preciso ler.


Mostra-nos mais uma vez o "refinamento" das piores características da humanidade. Em casos de catástrofes, sejam naturais ou não, as pessoas (felizmente não todas) transformam-se, numa obsessão para sobreviver, nem que para isso tenham que "desviar" os outros do seu caminho.
O bom nos livros deste autor, pelo menos nos dois que eu li é que os finais nunca são exatamente finais. Fica sempre um "e agora?"




Se acabassem muito bem, do que serviria termos estado em tensão todas as páginas? Até acabou bem.
Se acabassem mal, grande seca. Eu aqui a sofrer como uma condenada para isto?!
E então acabam sem acabar e continuamos com a mesma sensação que tivemos enquanto líamos. E agora?
É uma boa forma de não darmos o livro por terminado, mesmo depois de chegarmos à ultima página.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Manuscritos do Mar Morto



A ambiciosa policia Heather Kennedy está no seu trabalho mais difícil: os seus métodos de investigação são criticados e ela está sendo assediada por colegas rancorosos porque não lhes dá atenção.
Até que lhe é atribuída o que parece ser uma investigação de rotina, sobre a morte acidental de um professor da Faculdade Prince Regent, mas a autópsia deste caso volta com algumas descobertas incomuns: o inquérito vincula a morte deste professor às de outros historiadores que trabalharam juntos em um obscuro projeto sobre um manuscrito do início da Era Cristã.
Em seu escritório, Kennedy segue com sua investigação e logo se preocupa com o rumo para onde está sendo levada. Mas ela não está sozinha em sua apreensão. O ex-mercenário Leo Tillman — seu futuro parceiro — também tem angustiantes informações sobre estes crimes. E sobre a misteriosa organização mundial a que os crimes se relacionam… Escondido entre os pergaminhos do Mar Morto, um códice mortal pretende desvendar os segredos que envolvem a morte de Jesus Cristo.
Entre um terrível acidente de avião no deserto americano, um brutal assassinato na Universidade de Londres e uma cidade-fantasma no México, Manuscritos do Mar Morto é o mais emocionante thriller desde O código Da Vinci.

Quando li esta sinopse e tal como o seu final nos indica, pensei. Lá vamos nós fartar-nos de ler páginas e páginas de explicações sobre manuscritos antigos, com a tentativa do autor nos convencer de que!
Todo o tipo de romances, em que o tema seja a bíblia no geral, os evangelhos em particular ou as suas origens tais como os manuscritos do mar morto, tendem a apresentar-nos explicações em excesso, como se nos quisessem fazer acreditar ou pelo menos a ficarmos sem dúvidas, das coisas que eles escrevem.
Iniciei a leitura convicta desta fastidiosa situação e a bom tempo a iniciei porque é um romance de ação, cinematográfico, rápido, sem entraves ou tralha que nos abafe e abafe a leitura.
O autor explica minimamente o que se passava com os manuscritos e a interpretação deles pelo professor cuja norte Kennedy foi investigar, apenas para explicar os motivos para a mesma e os justificar.
E corremos as páginas do livro com Kennedy, que teimosa mesmo depois de tudo, insiste em seguir a investigação, que a leva até ao outro lado do Atlântico e sempre com o apoio de um "colega" que se colou a si, para troca de informações que lhe foram muito úteis a dada altura e graças ao qual se conseguiu safar de alguns apertos.

Lemos este livro, sem problemas, como se estivéssemos a assistir a um bom filme de ação.

Uma boa leitura, para passar uns bons momentos!

sexta-feira, 3 de junho de 2016

A Mão do Diabo

A crise atingiu Tomás Noronha. Devido às medidas de austeridade, o historiador é despedido da faculdade e tem de se candidatar ao subsídio de desemprego. À porta do centro de emprego, Tomás é interpelado por um velho amigo do liceu perseguido por desconhecidos.

O fugitivo escondeu um DVD escaldante que compromete os responsáveis pela crise, mas para o encontrar Tomás terá de decifrar um criptograma enigmático.

O Tribunal Penal Internacional instaurou um processo aos autores da crise por crimes contra a humanidade. Para que este processo seja bem-sucedido, e apesar da perseguição implacável montada por um bando de assassinos, é imperativo que Tomás decifre o criptograma e localize o DVD com o mais perigoso segredo do mundo.

A verdade oculta sobre a crise.

Numa aventura vertiginosa que nos transporta ao coração mais tenebroso da alta política e finança, José Rodrigues dos Santos volta a impor-se como o grande mestre do mistério. Além de ser um romance de cortar o fôlego, A Mão do Diabo divulga informação verdadeira e revela-se um precioso guia para entender a crise, conhecer os seus autores e compreender o que nos reserva o futuro.



Entre um livro e outro, desde que se proporcione vou lendo outros em formato digital. Aproveito para passar o tempo sempre que tenho que me deslocar para o emprego de comboio onde 50mn chegam e sobram.

Apesar de há tempos atrás, ter jurado a mim mesma que não voltaria a ler JRS, achei que seria uma boa opção, para ler no comboio, sem me chatear muito e sempre que não me interessasse passaria à frente. O problema é que passo tantas páginas à frente que em menos de vinte minutos passei de 40% de leitura para 70% só hoje. A ideia, muito à Dan Browm e quem se atreve a dizer isto:
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Melhor do que Dan Brown.»
Tros Nieuwsshow, Holanda
Não está bem!
Poderia ler-se bem, não fosse o excesso de informação desnecessária (seja verídica ou não - já sabemos que o JRS é um tipo inteligente e com muitos conhecimentos - escusa é de os por todos cá para fora, cada vez que escreve um livro).
Como é que pode ser fiável uma agente policial e um professor universitário andarem a fugir de quem os quer matar, ao mesmo tempo que procuram um DVD cheio de informações que levarão poderosos à ruína e à prisão e passam o tempo de fuga (seja onde for que estejam e por for que vão) a falar da crise na Europa, do euro etc. etc. como se com isso conseguissem resolver o problema em que estão atolados?
Já com o Dan Brown o excesso de informação, tende a tornar-se maçador e não é em tão grande quantidade! Agora imaginem este. Perdoem-me os fãs do JRS. Gosto das ideias para a ação, só não gosto de tanta palha pelo meio, sejam dados fidedignos ou não!
Gosto de saber coisas, mas quando os dados são em excesso, esmoreço.
Foi por isso que comecei a ler um livro dele e desisti... não sei porque me meti noutro outra vez!

terça-feira, 17 de maio de 2016

Recomeçar





Blanca é professora, com uma carreira consolidada, dois filhos jovens. Confusa e devastada com o fracasso do seu casamento, decide deixar a sua atual vida para trás e ruma a Santa Cecília, na Califórnia, com a missão de organizar o espólio deixado por Andrés Fontana à Universidade; fechada num sótão sombrio, Blanca vê- se a braços com uma tarefa aparentemente hercúlea e cinzenta, mas que acabaria por revelar-se uma empreitada emocionante.

Amores cruzados, certezas e interesses silenciados que acabam por vir à tona, viagens de ida e volta entre Espanha e EUA, entre o presente e o passado de duas línguas e dois mundos em permanente reencontro. 

Motivada pela leitura de "Entre Costuras" da autora, decidi ler este livro que estava na minha posse há algum tempo, ainda que em formato digital e em português do Brasil, onde, a propósito, se chama "A melhor História Está por Vir".

Não é tão bom como o "Entre Costuras", pelo menos na minha opinião, mas lê-se muito bem, a história não é complicada e existe uma espécie de "aventura" - ter que resolver a pesquisa do passado,  a tempo de evitar determinada situação física do presente. E com essa resolução, resolveu-se a vida de Blanca a contento.

Só houve uma coisa a meu ver, a desfavor neste livro e que por norma me aborrece em alguns livros. Devo ser eu que sou exclusivista ou defeituosa, assumo, mas não me agradam muito narrativas onde o passado e o presente fazem parte do mesmo livro. Isto porquê? Tem uma explicação simples e neste caso, fácil de explicar. Quando leio, tendo a dedicar-me a um personagem, normalmente o principal, no caso de Blanca e como tal, quero é ler dela, sobre ela e para ela. Quando o autor intercala o seu (de Blanca) presente, na primeira pessoa, com o de outros personagens (Andrés Fontana e Daniel Carter) na terceira, irrita-me um pedaço. A narrativa é interessante e tem pontos engraçados, mas quase me atrevo a dizer desnecessários para a minha interpretação do livro. E com o passado passamos metade do livro.
Na minha perspectiva era desnecessário, mas a autora achou que era a forma de tornar interessante um segundo personagem que de outra forma passaria a ser secundário, em relação a Blanca e desta forma, colocou-o em paralelo na história.

Aconselho a ler se gostam se romances leves, com um piquinho de aventura.



quarta-feira, 4 de maio de 2016

O Maior Discurso de Cristo




O maior discurso de Cristo é uma abordagem profunda sobre o sermão proferido por Jesus Cristo registado na Bíblia em Mateus 5 a 7. Conhecido também como Sermão da Montanha, a explanação de Jesus chama a atenção para a essência da obediência, que deve ser fruto de um coração transformado e não apenas ações exteriores.

Temas retratados no sermão de Jesus como: humildade, misericórdia, pureza de coração, bondade, amor ao próximo e hipocrisia são abordados pela autora de forma detalhada. Profundas reflexões aplicáveis à vida de todo ser humano são feitas incluindo ações corriqueiras do dia a dia. Há também detalhada explicação sobre cada frase da Oração que Cristo ensinou.

O foco da obra é levar as pessoas a buscarem o reino de Deus em primeiro lugar, através de uma vida verdadeiramente transformada. A autora apela aos leitores a abandonarem o “farisaísmo” repleto de regras sem sentido, ao passo que os convida a imitarem Jesus, seu amor e compaixão pelos perdidos.

 “O Cristianismo tem no mundo tão pouco poder exatamente porque as pessoas usam o nome de Cristo ao passo que contrariam seu caráter na vida que vivem.”

Quem lê a bíblia ou quem conhece um pouco da vida de Jesus, seja descrita na bíblia, seja retratada em séries ou filmes, deve ter-se apercebido que Jesus foi um homem de muitos atos e poucos discursos. As palavras eram ditas nas horas e nas situações chaves que as mereciam e pouco mais.
No entanto, o Sermão da Montanha é o maior discurso que Jesus fez, dedicado aos seus já discípulos que O conheciam e conheciam a Lei de Deus, mas disponível para quem o quisesse ouvir. Este livro aborda e explana detalhadamente e sem levar ninguém à exaustão, cada um dos pontos apresentados nesse sermão.
Muito bom e muito aconselhável.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Desaparecida

Emma Tupper não existe mais. E por que não, então, inventar uma nova Emma Tupper? “Só poeira. É como se eu tivesse sido apagada. Transformada em cinzas.” Quem nunca sonhou em recomeçar a própria vida do zero? A jovem advogada Emma Tupper vê-se diante dessa oportunidade quando volta para casa, após passar seis meses desaparecida em África. 

Surpresa, percebe que todos acreditam que ela estava... morta. Emma descobre que sua antiga vida foi apagada. O apartamento onde vivia acaba de ser alugado para um novo inquilino, o misterioso fotógrafo Dominic. No escritório de advocacia, no qual construía uma carreira brilhante com possibilidade de conseguir o cargo de sócia, a sua rival Sophie apossou-se não só de seus clientes e de sua sala, mas também de seu namorado, Craig.

À medida que vamos lendo, vamos conhecendo um pouco do que Emma viveu em África. Muito pouco, na realidade, mas se calhar a autora achou suficiente, para entendermos a falta de contacto de Emma com os seus relacionamentos, a tal ponto que foi dada como morta.

E quando Emma finalmente, regressa a casa, verifica que nada da sua vida anterior está igual. Não tem casa, porque o apartamento deixou de ser pago e foi alugado a outro, não consegue encontrar nem amigos, nem namorado, porque andam fora ou estão incontactáveis. Apenas consegue, por especial favor, por pena, que a deixem ficar na casa que outrora foi sua.

Consegue o emprego de volta, mas em condições diferentes de quando o deixou e a partir daí vai haver um desenrolar de acção com a duvida entre recomeçar pegando no fio que ficou partido ou esquecer esse fio e pegar em outra meada.

Lê-se bem pois a escrita é fácil e a acção leve, apesar de toda a aflição da personagem.

Há um enredo curto pelo meio que tem a sua graça, quando Emma consegue resolver um roubo de um quadro que custaria milhões à seguradora cliente da empresa onde trabalha, e a acção principal termina da forma que esperávamos. Este é um romance, leve, de amor, onde a autora quis misturar sentimentos diversos sobre outros temas que nunca foram devidamente explorados - o caso da vida de Emma em África durante 6 meses que a levaram a deixar de tentar contactar os amigos. Nunca percebemos muito bem como ela se entranhou numa associação de ajuda humanitária em Africa. Fala-se dos sentimentos de desagrado para com o pai que a abandonara e à mãe, anos antes e até a vemos ir ao cemitério e saber que o pai coloca flores na campa da mãe e ficamos por aí...
O principal aqui é como vai avançar a sua relação com Dominic, porque com Craig, o principio do fim foi quando ela foi para África, onde iria passar apenas um mês e concluiu quando o encontrou e soube que ele andava com outra pessoa.

Não é o meu tipo de leitura preferido, até porque não me enche, mas serviu para preencher as horas que o demorei a ler.
Podem ler que não vão morrer de excesso de adrenalina, nem de aborrecimento, já agora.

terça-feira, 22 de março de 2016

No Coração da Floresta

Algumas coisas são impossíveis de deixar para trás... Um trailer abandonado, escondido no meio de uma reserva florestal, é o único lar de que Carey se lembra. Aos 15 anos, as árvores são as guardiãs de sua vida mal-afortunada e o único ponto positivo é sua irmã mais nova, Jenessa. que depende de Carey para sobreviver. Elas só têm uma a outra, considerando que a mãe das meninas, mentalmente instável, muitas vezes desaparece por dias sem fim. Até que um dia. após um sumiço mais longo do que o habitual, dois estranhos aparecem. De repente, as duas irmãs são tiradas da floresta e levadas a um mundo novo e surpreendente de roupas novas e à medida, aulas numa escola a sério, amigos e familia. Agora Carey precisa enfrentar a verdade escondida por trás do seu sequestro, dez anos antes, assombrada por um passado que não a deixa seguir em frente... Um passado sombrio e misterioso, em que jaz o motivo de Jenessa não falar uma palavra há mais de um ano. Carey sabe que precisa proteger a irmã, assim como seus segredos, de outra forma pode colocar em risco toda essa nova vida que criou para si.


Carey e Jenessa são resgatadas por uma assistente social e pelo pai de Carey e à medida que os dias passam, Carey começa a dar-se conta de que o que a mães lhes dizia sobre os maus tratos do pai, que a fez fugir com ela para a floresta, eram na verdade mentiras.

E à medida que vamos lendo, quase nos pomos no lugar de Carey pensando, não pode ser verdade, tanta coisa boa, tanta amor, tanto carinho, mas é. E quando nos damos conta de que o resgate de Carey e de sua irmã, é mesmo um sonho a concluir o pesadelo que foram as suas vidas na floresta, passamos a dar especial interesse ao segredo que as duas escondem - o que se passou na floresta fica na floresta - e quando Carey conta ao pai o que aconteceu, não é novidade para nós. Acabamos por querer que ela conte, apenas para ser uma libertação, porque há medida que avançamos no livro, damos-nos conta do que poderia ser o segredo.

E o segredo de Carey e a reacção do pai, apenas comprova que a sua nova vida é uma vida para durar e é real.

Não é um livro pretensioso, nem complexo. Tem um história simples, apesar da dor e do sofrimento manifestado pelas duas irmãs. É daqueles livros em que nem sequer há muita confusão e tudo corre bem. Pelo menos depois de tudo o que correu mal, enquanto estiveram na floresta escondidas pela mãe. Gostei da sua simplicidade, apesar de algumas situações quase impossíveis. Se não tivesse gostado, já estava a dizer mal de várias situações apresentadas, tais como, entre outras: como é possível uma menina que foi levada para a floresta com cinco anos de idade, ter noção da necessidade de limpeza, higiene, ter estudado sózinha e aprendido matérias que aos catorze anos a colocam em classes avançadas e ainda ter ensinado a irmã de cinco a ler e a escrever, quando - e aqui é que reside a dificuldade - quando tem uma mãe toxicodependente que tem como única preocupação o seu próprio vicio? Eu sei que as bases na infância são primordiais, mas... não chegam para tanto... ou será que chegam?
Mas, e aqui a minha opinião, um escritor escreve o que bem entende, como bem entende, para dar corpo a uma história de forma que ela saia à sua maneira. Quem gostar gosta, quem não gostar, paciência. E eu gostei!

Não vou insistir para lerem dizendo que é muito bom, mas se querem uma história que acaba bem e apesar de algumas pequenas confusões, até corre bem, podem ler. Não se irão arrepender por perderem umas horas.


quinta-feira, 17 de março de 2016

Não Contes a Ninguém

Bestseller internacional é um livro de leitura obrigatória para os grandes apreciadores do thriller. Não Contes a Ninguém, marca a estreia de Harlan Coben, na Colecção O Fio da Navalha. Reconhecido autor do género policial, Coben dá vida à história de David Beck, cuja mulher foi brutalmente assassinada num lago em Nova Iorque. Oito anos depois, perto desse mesmo lago, são descobertos dois corpos. E David começa a receber e-mails que pelo conteúdo só poderiam pertencer à sua mulher. Mas que deixam expressamente escrito - Não Contes a Ninguém! Intrigado, resolve investigar, envolvendo o leitor numa trama de suspense e inquietação da primeira à última página. Imperdível!

Eu gosto de ler. Por norma, qualquer tipo de livro me serve (desde que seja bem escrito e interessante, à exceção de um certo tipo de que já falei aqui várias vezes), mas há um estilo que me cativa mais: policiais.
E este livro tem tudo.

De inicio sabemos que Dr. Beck vive em sofrimento pela morte violenta da mulher oito anos atrás. Quando, logo no inicio recebe um estranho e anónimo e-mail que lhe dá a entender que afinal a mulher está viva,e esta informação chega também aos responsáveis pela sua morte, começa tudo. 

Enquanto tenta por todos os meios, descortinar se os e-mails são reais ou provas criadas para a policia o apanhar culpado de um crime de há oito anos, já que foram encontrados dois corpos no local do assassinato, tem que fugir dos criminosos que querem através dele chegar a Elisabeth, pois tiveram igual acesso aos e-mails.

Passamos o livro a correr com Beck, em fuga pela sua vida e pela vida de Elisabeth que deseja seja real, mesmo ainda sem saber, mas não nos fartamos.

A escrita é fluída tal como a acção e em momento nenhum pensamos que estamos atolados em palavras que não nos levam a lado nenhum e lemos capitulo após capitulo, desejando chegar ao próximo.

Neste livro, tal como em muitos outros, encontramos um policia ativo e empenhado que a dada altura desconfia que as provas que fazem com que Beck seja o primeiro suspeito, são demasiado bem apresentadas. Confesso, que tenho um fraquinho por policias que chegam a estas decisões - é sempre reconfortante saber que podemos ainda, confirmar que certos agentes da lei, se preocupam mesmo, com a verdade.

E chegamos ao final. As revelações são quase as esperadas. E digo quase, porque mesmo, mesmo no final dão algumas reviravoltas.


Se gostam do género aconselho. É muito bom de se ler.

terça-feira, 1 de março de 2016

O Físico





No século XI, Rob Cole abandona com apenas onze anos a pobre e doente cidade de Londres para vaguear pela Inglaterra. Durante as suas deambulações, fazendo malabarismos e vendendo curas para os doentes, vai descobrindo a dimensão mística da sanação. E é através dessa peregrinação que descobre o seu verdadeiro dom, que o levará a converter-se em médico num mundo violento, cheio de superstições e preconceitos.
Tão forte é o seu sonho que decide empreender uma insólita e perigosa viagem à Pérsia, onde estudara na prestigiada escola de Avicena. Aí dar-se-á uma transformação que modificará para sempre a sua história e o seu destino…


Tive este livro em casa, bastante tempo sem ler. Quando olhava para ele, duvidava do interesse a tal ponto que o emprestei sem me preocupar muito com o seu retorno que ainda não aconteceu,

Por mera causalidade consegui uma versão digital e guardei-o mais algum tempo no kindle sem me apressar a ler, até que há duas semanas atrás, na procura de um livro para ler, me voltei a encontrar com ele. E comecei!

E comecei tarde, devo dizer já.
É um livro magnifico. Uma história que se arrasta por uma vida inteira, desde a saíde de Robert Cole de Londres com onze anos, até ao seu regresso, desta vez à Escócia, com mulher e filhos e mais alguns anos de vida familiar.

Sempre me afligiu e invejou, a falta de conformismo que levava as pessoas (ainda leva) a largarem tudo para sofrerem horrores com viagens por terras desconhecidas para conseguirem alcançar os seus sonhos. Mas vistas as coisas, naquela altura, que perdia Robert? A vida que tinha em Londres, não era nenhuma. Era um orfão, sujeito a uma vida desgraçada, se não à morte!

E conseguindo alcançar o objetivo que o levou até à Pérsia não se ficou pelo que aprendeu, estando sempre insatisfeito e desejoso de saber mais, mesmo correndo risco de vida, num país onde qualquer quebra de leis era punida com a mais violenta morte.

Apesar de todos os anos que "vivemos" da vida de Robert Cole, a leitura deste livro faz-se num ápice, desejando ler e ler e ler, para sabermos como chegará ele ao fim, do livro, porque este termina com ele a viver plenamente e a exercer a sua vocação.

Se ainda não leram, nem sequer ouviram falar, leiam, Não percam o tempo que eu perdi, porque vale mesmo a pena.
Consta no final nos agradecimentos que desde livro apenas duas personagens se basearam em figuras que realmente existiram, mas acredito que algures no mundo, naquela época e noutras, houve um Robert Cole.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

O Bicho da Seda


Quando o escritor Owen Quine desaparece, a sua mulher contrata os serviços do detetive privado Cormoran Strike. De início pensa que o marido se ausentou por uns dias - como já acontecera anteriormente - e recorre a Strike para o encontrar e trazer de volta a casa. No decorrer da investigação, torna-se claro que o desaparecimento do escritor esconde algo mais

Quine tinha acabado de escrever um romance onde caracterizava de forma perversa quase todas as pessoas que conhecia. Se o livro fosse publicado iria certamente arruinar algumas vidas - pelo que haveria várias pessoas interessadas em silenciá-lo. E quando Quine é encontrado, brutalmente assassinado em circunstâncias estranhas, começa uma corrida contra o tempo para tentar perceber a motivação do cruel assassino, um assassino diferente de todos aqueles com quem Strike se tinha cruzado...

Diz-nos também a Editorial Presença que se trata de Um policial de leitura compulsiva com um enredo que não dá tréguas ao leitor.
E é que não dá mesmo. Estamos a ler e a desejar saber mais, sem vontade de parar. Cada paragem obrigatória, é um sofrimento só acalmado pela expectativa da próxima leitura.

Já tinha gostado de Quando o Cuco Chama, mas este Bicho da Seda é, na minha opinião, cem vezes melhor.
Mais dinâmico, mais surpreendente!

A autora, mostra-nos de que não é apenas de magia e feiticeiros que se vive e que os crimes e os meandros do mundo dos escritores, têm muito mais a dizer.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

So true


Agora imaginem, quando escrevemos... e somos responsáveis por esses personagens?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Do Inferno Também se Volta


E hoje propus-me ler este livro. Decidi que tinha que lhe dar um bom avanço, já que o tinha começado há duas semanas e não lhe tinha pegado mais.
E li, li e decidi que já agora, tinha que o terminar. E terminei,

Gosto da autora. Muito. Gosto dos poemas que vou lendo ora no facebook, ora nos blogues e já li outros livros. Aprecio a pesquisa que faz para escrever, aprecio a ousadia das narrações e tudo isso, me faz gostar de ler o que escreve,

Quanto a este livro, sem saber, quando ouvi falar dele e li excertos fiquei preocupada. Preocupada no bom sentido. Pensei, ora aí está um romance de amor. Uma história de paixões desencontradas e de sofrimentos imensos e por isso nunca me atrevi a comprá-lo,

Quis o destino que o livro me fosse oferecido pela autora, conforme já disse em publicação anterior e aí, com ele na mão, nada me iria impedir de o ler.

Não gosto do tema, estou farta de o dizer, mas li,

A par de tudo o que gosto na escrita de Maria de Fátima Soares, estava lá também os amores assolapados, os sofrimentos e mantenho a minha ideia inicial - não gosto de romances de amor e nenhum livro desse tema, se tratar apenas desse tema, me vai fazer mudar de ideias.

A sorte é que a meio de uma das alturas em que Daniela sofria, sofria... a autora levou-nos até Joel e a narração do que aconteceu (que diga-se de passagem, era expectável - não digo mais par não ser spoiler). Esta narração, para mim, foi das mais interessantes do livro, pelos motivos já explicados antes. Mas infelizmente durou pouco E voltámos para Daniela e o seu sofrimento.

Que já me irritava e a sua teimosa mais tarde em não querer dar o braço a torcer. Sempre me irritou esse orgulho nas pessoas. Não ganham nada com isso e perdem mais ainda.

Acaba bem, da forma que de certeza todos esperavam que acontecesse ou não desejassemos todos um final feliz nas histórias de amor. Para mim, no meu caso se escrevesse este tipo de história, não diria tudo, dava a entender o final feliz e ficava-me por ali... cada um que imaginasse e idealizasse à sua vontade. Mas também, eu não tenho ao ousadia que a autora tem, com certos pormenores!

Se gostam do género, vão gostar deste de certeza. Por isso, amigos leitores, se puderem, leiam!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A Rapariga no Comboio

Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.

Até que um dia... 

Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. 

Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.




Embalada pelas criticas que li sobre este livro, quis muito lê-lo e quis o destino que fosse permitido interromper o que tinha iniciado, para ler este.
A forma como está escrito, leva-nos a que nos interessemos pelo que Rachel se interessa. Desejamos querer saber das vidas das pessoas das casas por onde o comboio passa. Um pouco de "voyeur" que todos temos, mas em graus ligeiros e não prejudiciais.
Quando soube que Rachel é obcecada pelo ex-marido e que é alcoólica, o interesse esmoreceu ligeiramente e só me irritava cada vez que fazia parvoíces e se "encharcava", até que percebi que se ela não fosse assim o enredo não tinha como subsistir.
Foram os pedaços esquecidos das suas experiências que tornaram a investigação (a nossa como leitores) interessantes, porque a investigação só aconteceu feita por Rachel, para nosso conhecimento e porque a investigação da policia não interessava.
A apresentação do enredo está soberba. Irritamos-nos com as bebedeiras de Rachel mas começamos a querer ajudá-la. E com a sua obsessão ela própria se ajuda a si, mau grado todos os riscos que corre e os disparates que faz.
A conclusão é magnifica e porque sou ingénua nunca pensei nisso, mas não me deixou espantada quando me dei conta do desfecho e do culpado. Era a conclusão mais brilhante que podia acontecer. Qualquer outra seria vulgar.

Aconselho vivamente, como costuma dizer-se.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Balanço 2015



Não costumo fazer balanços, porque soam mal, já que leio tão poucos livros, infelizmente, ao contrário do que gostaria.

Mas vou fazer este balanço, porque me apetece atualizar o blogue e me apetece dizer quais os livros que mais gostei de ler no ano de 2015.




Li doze e desejei ter lido mais uns quatro ou cinco que não consegui. Iniciei o décimo terceiro, mas ainda vai no inicio da primeira leitura.

Por ordem de apreciação posso listar:

Marina de Carlos Ruiz Zafón - porque adoro Zafón e todos os livros têm um mistério interino que nos agarra
Caixa de Pássaros de Josh Malerman - pelo suspense e a aflição que o autor conseguiu transmitir
O Tempo Entre Costuras de Maria Dueñas - pelo assunto de espionagem tão bem retratado e adornado
O Silo de Hugh Howey - pela ideia de um futuro distópico que sempre me aflige
Contagem Decrescente de Bruno Franco - pelo tema de um policial português muito bem conseguido
Não Te Esqueças de Paris de Deborah McKinlay - pela doçura da história e a leveza do desfecho
O Chamado do Cuco de Robert Galbraith - pelo tema de um policial pouco complexo apesar do personagem complexo
Nunca me Encontrarão de Robert Wilson - por Robert Wilson e a sua escrita soberba - o assunto irritou-me um bocado
As Mãos Desaparecidas de Robert Wilson - igual
A Ordem de Hugh Howey - por ser mais do mesmo e já não foi novidade
O Jardim de Ossos de Tess Gerritsen - não gostei do passado misturado com o presente. O segundo não lhe fazia falta.
Prisioneiros do Inverno de Jennifer McMahon - muito fraquinho e de um tema que não me agrada.

Claro que alguns poderiam estar na mesma linha que o nível de apreciação foi o mesmo, mas em fila ficam melhor.