quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

So true


Agora imaginem, quando escrevemos... e somos responsáveis por esses personagens?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Do Inferno Também se Volta


E hoje propus-me ler este livro. Decidi que tinha que lhe dar um bom avanço, já que o tinha começado há duas semanas e não lhe tinha pegado mais.
E li, li e decidi que já agora, tinha que o terminar. E terminei,

Gosto da autora. Muito. Gosto dos poemas que vou lendo ora no facebook, ora nos blogues e já li outros livros. Aprecio a pesquisa que faz para escrever, aprecio a ousadia das narrações e tudo isso, me faz gostar de ler o que escreve,

Quanto a este livro, sem saber, quando ouvi falar dele e li excertos fiquei preocupada. Preocupada no bom sentido. Pensei, ora aí está um romance de amor. Uma história de paixões desencontradas e de sofrimentos imensos e por isso nunca me atrevi a comprá-lo,

Quis o destino que o livro me fosse oferecido pela autora, conforme já disse em publicação anterior e aí, com ele na mão, nada me iria impedir de o ler.

Não gosto do tema, estou farta de o dizer, mas li,

A par de tudo o que gosto na escrita de Maria de Fátima Soares, estava lá também os amores assolapados, os sofrimentos e mantenho a minha ideia inicial - não gosto de romances de amor e nenhum livro desse tema, se tratar apenas desse tema, me vai fazer mudar de ideias.

A sorte é que a meio de uma das alturas em que Daniela sofria, sofria... a autora levou-nos até Joel e a narração do que aconteceu (que diga-se de passagem, era expectável - não digo mais par não ser spoiler). Esta narração, para mim, foi das mais interessantes do livro, pelos motivos já explicados antes. Mas infelizmente durou pouco E voltámos para Daniela e o seu sofrimento.

Que já me irritava e a sua teimosa mais tarde em não querer dar o braço a torcer. Sempre me irritou esse orgulho nas pessoas. Não ganham nada com isso e perdem mais ainda.

Acaba bem, da forma que de certeza todos esperavam que acontecesse ou não desejassemos todos um final feliz nas histórias de amor. Para mim, no meu caso se escrevesse este tipo de história, não diria tudo, dava a entender o final feliz e ficava-me por ali... cada um que imaginasse e idealizasse à sua vontade. Mas também, eu não tenho ao ousadia que a autora tem, com certos pormenores!

Se gostam do género, vão gostar deste de certeza. Por isso, amigos leitores, se puderem, leiam!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A Rapariga no Comboio

Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.

Até que um dia... 

Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. 

Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.




Embalada pelas criticas que li sobre este livro, quis muito lê-lo e quis o destino que fosse permitido interromper o que tinha iniciado, para ler este.
A forma como está escrito, leva-nos a que nos interessemos pelo que Rachel se interessa. Desejamos querer saber das vidas das pessoas das casas por onde o comboio passa. Um pouco de "voyeur" que todos temos, mas em graus ligeiros e não prejudiciais.
Quando soube que Rachel é obcecada pelo ex-marido e que é alcoólica, o interesse esmoreceu ligeiramente e só me irritava cada vez que fazia parvoíces e se "encharcava", até que percebi que se ela não fosse assim o enredo não tinha como subsistir.
Foram os pedaços esquecidos das suas experiências que tornaram a investigação (a nossa como leitores) interessantes, porque a investigação só aconteceu feita por Rachel, para nosso conhecimento e porque a investigação da policia não interessava.
A apresentação do enredo está soberba. Irritamos-nos com as bebedeiras de Rachel mas começamos a querer ajudá-la. E com a sua obsessão ela própria se ajuda a si, mau grado todos os riscos que corre e os disparates que faz.
A conclusão é magnifica e porque sou ingénua nunca pensei nisso, mas não me deixou espantada quando me dei conta do desfecho e do culpado. Era a conclusão mais brilhante que podia acontecer. Qualquer outra seria vulgar.

Aconselho vivamente, como costuma dizer-se.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Balanço 2015



Não costumo fazer balanços, porque soam mal, já que leio tão poucos livros, infelizmente, ao contrário do que gostaria.

Mas vou fazer este balanço, porque me apetece atualizar o blogue e me apetece dizer quais os livros que mais gostei de ler no ano de 2015.




Li doze e desejei ter lido mais uns quatro ou cinco que não consegui. Iniciei o décimo terceiro, mas ainda vai no inicio da primeira leitura.

Por ordem de apreciação posso listar:

Marina de Carlos Ruiz Zafón - porque adoro Zafón e todos os livros têm um mistério interino que nos agarra
Caixa de Pássaros de Josh Malerman - pelo suspense e a aflição que o autor conseguiu transmitir
O Tempo Entre Costuras de Maria Dueñas - pelo assunto de espionagem tão bem retratado e adornado
O Silo de Hugh Howey - pela ideia de um futuro distópico que sempre me aflige
Contagem Decrescente de Bruno Franco - pelo tema de um policial português muito bem conseguido
Não Te Esqueças de Paris de Deborah McKinlay - pela doçura da história e a leveza do desfecho
O Chamado do Cuco de Robert Galbraith - pelo tema de um policial pouco complexo apesar do personagem complexo
Nunca me Encontrarão de Robert Wilson - por Robert Wilson e a sua escrita soberba - o assunto irritou-me um bocado
As Mãos Desaparecidas de Robert Wilson - igual
A Ordem de Hugh Howey - por ser mais do mesmo e já não foi novidade
O Jardim de Ossos de Tess Gerritsen - não gostei do passado misturado com o presente. O segundo não lhe fazia falta.
Prisioneiros do Inverno de Jennifer McMahon - muito fraquinho e de um tema que não me agrada.

Claro que alguns poderiam estar na mesma linha que o nível de apreciação foi o mesmo, mas em fila ficam melhor.