quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Não é por ser Halloween...

... que o Halloween a mim não me diz nada. Apesar de ser uma altura em que o comércio aproveita para conseguir algumas migalhas que perde ao longo do ano (sim porque aqui não é EUA), tem raízes que não me interessam e conotações contrárias ao meu pensamento.



É por "desespero" mesmo. Resolvi retomar a leitura que iniciara. Esquecer-me que tem bruxas e magia e concentrar-me na história de dois adolescentes, arrancados de sua casa a meio da noite e levados para a prisão, apenas porque são "perigosos" para o regime: A Nova Ordem.

Sinopse - Bruxos e Bruxas - Witch & Wizard - Livro 01

No meio da noite, os irmãos Allgood, Whit e Wisty, foram arrancados de sua casa, acusados de bruxaria e jogados em uma prisão. Milhares de outros jovens como eles também foram sequestrados, acusados e presos. Outros tantos estão desaparecidos. O destino destes jovens é desconhecido, mas assim é o mundo sob o regime da Nova Ordem, um governo opressor que acredita que todos os menores de dezoito anos são naturalmente suspeitos de conspiração. E o pior ainda está por vir, porque O Único Que É O Único não poupará esforços para acabar com a vida e a liberdade, com os livros e a música, com a arte e a magia, nem para extirpar tudo que tenha a ver com a vida de um adolescente normal. Caberá aos irmãos, Whit e Wisty, lutar contra esta terrível realidade que não está nada longe de nós.

Já li mais de metade (portanto, apesar de não ser o supra sumo da literatura, lê-se muito bem) e depois vos direi o que achei.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Entre ler e escrever, forma-se uma apatia que me irrita


Já não é a primeira vez que publico uma mensagem no blogue, onde me queixo de não saber o que ler.
Isto é chato e receio que esteja a repetir-se vezes demais.

Eu até sei o que quero ler (mais ou menos) mas não tenho comigo os livros desejados (não sei bem quais) e então, olho para os que há uns post atrás, estavam em lista de espera e não me apetece pegar-lhes.

Iniciei "A Cidade dos Ossos" e além de ter ficado aterrorizada com a linguagem (português do brasil com uma qualidade de tradução lastimosa) fui imediatamente travada na minha tentativa de o ler com uma crítica que li. Ainda bem que a li, porque estavam o Tico e o Teco em grande esforço para transformar em frases legíveis, traduções tipo google tradutor. Este não era da lista, mas a lista também não me chama.

Li algumas páginas do Bruxos e Bruxas e... ãh? magia? um mágico malvado e uma espécie de milícia que prende quem não lhe agrada? porque fazem magia e por que mais o quê?... não concluí nada e desisti. e calhar devia ter continuado, pelo menos até à parte, onde me iriam explicar porque estavam a prender os protagonistas...

Não me apetece ler mais nada do que consta da minha lista. Queria assim, um livro daqueles que quando lemos a sinopse, ficamos em pulgas para ler o livro e corremos seca e meca para o encontrar.
Eu gosto de policiais (há um ou dois que gostaria de ler e lá terei que ir procurá-los), mas também gosto de ficção fantástica (não de toda, mas o suficiente para conseguir ler bons livros do tema).

Se alguém leu um livro, dentro destes dois géneros que acha que mais gente tem que ler, diga-me que eu agradeço.

Com tanta gente a visitar e a comentar o meu blogue, acho que é melhor deitar mãos à obra e ir à procura dos livros que sei que quero ler e pronto.

E esqueci-me de uma parte muito importante e que é a grande responsável por esta apatia na leitura. E só quem me conhece ou quem escreve, pode perceber.
Quero escrever!
Apetece-me escrever um livro. Quem diz um livro, porque de livros fala este blogue, diz uma história, um conto. Qualquer coisa onde eu crie os meus personagens, fantásticos ou não e enrede a minha acção, seja ela policial ou não. Onde crie um mundo, dentro deste mundo e faça viver nele, personagens a meu gosto.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Resposta de Autora




E se alguém duvidava do bom que é fazer uma critica a um livro, directamente à sua autora, está (infelizmente como eu estava) a leste de tudo e não tem noção do bem que nos faz.

Podem ler AQUI a resposta da autora à crítica que fiz no post anterior.

Acordar ao Entardecer 
de Maria de Fátima Soares.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Acordar ao Entardecer



Quando faço uma crítica a um livro que li, seja ele um livro publicado ou apenas o rascunho de uma pretensa publicação, na minha limitada capacidade de crítico, costumo focar a minha análise no enredo, nos diálogos, nos personagens e em alguns casos que me merecem destaque, na escrita. Claro que o destaque pode ser por bons ou maus motivos.
Não é que eu seja uma exímia escritora ou crítica, mas gosto de fazer críticas a livros que leio, ou não tivesse criado um blogue nesse sentido. É que, o escrever está-me na alma e então…
No caso deste livro, não vou comentar a escrita, nem me atrevo a comentar a escrita de uma autora editada, eu mera escritora de part-time.
Portanto, vou limitar-me aos outros três pontos da minha análise, expressos no primeiro parágrafo.
No que respeita ao enredo, o tema não é o meu favorito. Não me refiro a vampiros, pois até eu já escrevi três contos sobre os ditos cujos (uma tentativa pretensiosa a que chamo trilogia, apenas porque não quis perder os personagens com o final do primeiro conto). Chamo-lhes contos porque não chegam às trezentas páginas e como gosto de livros grandes (sem nada contra os mais pequenos) parece-me bem chamar contos a um livro pequeno.
O que não gosto do enredo é a história, que a meu ver é a principal – a história de amor. Não é ESTA história de amor, é que de uma forma geral eu não gosto de livros em que o enredo principal é uma história de amor.
Acho muito lamechas, demasiado fofinho… não me diz nada… Já escrevi contos com histórias de amor e até acho que certas histórias para resultarem têm que ter uma história de amor pelo meio, mas como tema principal, não é a minha onda. Isto sou eu a ser sincera e deve a autora (pessoa que conheço da blogosfera e por quem tenho um grande carinho) e quem sabe outras pessoas, pensar: “coitada, tem uma falha qualquer…”  Pois se calhar tenho e é por isso que não consigo ler Nicholas Sparks ou Nora Roberts ou Danielle Steel. A sorte é que este livro é uma história de amor, mas lá por trás tem as rivalidades centenárias entre clãs de vampiros e isso ajudou-me a continuar a ler. Se calhar se não fosse sobre vampiros, a autora também não a tinha escrito.
Continuemos: gostei dos diálogos (não dos diálogos entre Diogo e Lisa – complementam a tal historia de que não gosto e eles até se pressentem e ouvem um ao outro à distância, por isso não os achei importantes). Gostei dos diálogos entre Diogo e os outros vampiros, em especial entre ele e Virgílio. O palavreado, as teimas, as espécies de brigas em palavras, porque se fossem físicas dariam mau resultado e isso leva-me ao ponto principal da minha adoração: adorei Virgílio. O tipo seguro de um poderoso caçador de vampiros que por amor (pela irmã) se dá com eles. Se eu escrevesse sobre um tipo de personagem semelhante, seria assim, mas seria o personagem principal que eu iria apaparicar e dar em deslumbramento para quem lesse, ao longo de todo o livro, abafando todos os outros.
Já deve ter dado para perceber que não gostei do Diogo. A autora fez um bom trabalho (não precisa que eu lho diga de certeza) apresentando-o com as suas dúvidas, as suas lutas e as suas teimosias de vampiro com todos os defeitos de humano. Como se o update físico da transformação prevalecesse ao refinamento de carácter, que não teve.
Dos personagens femininos, a Lisa, apesar de tudo, não me diz nada e gostei da Soraia. Segura, poderosa e após todo um sofrimento de amor, pronta para o que desse e viesse.
Quando achava que o livro ia acabar assim, uma história em que o amor vencia, mesmo ensombrado pelo horroroso Asim que a qualquer momento podia aparecer (porque não há meio de morrer de vez, só para nos irritar :)), a autora deu a volta à coisa e com um final sublime, fez com que eu terminasse o livro com a sensação de que apesar da história de amor (a tal neura minha) tivesse valido a pena ler o livro: mata os personagens principais quase todos! Ah, mulher de garra! Apaparicou-os um livro inteiro, com a exceção de Bernardo-filho que foi apaparicado menos tempo, pelos motivos óbvios e pimba, no final, acaba-lhes com a raça.
Abriu as portas a um seguimento que deve ser muito mais sangrento e menos amoroso, penso eu sempre com a minha tal falha a prevalecer.
Em resumo: gostei de ler o livro, de ler a autora, mas isso, acho que a autora já sabia e estou pronta para ler outro. Pedi um conselho, conforme pedira para o primeiro que foi este.
Para um resumo em tópicos diria que gostei de Virgílio que me encheu as medidas e do final que me atingiu a alma.
Não gostei das amorosidades entre Diogo e Lisa, apesar de serem o motivo do livro.
E posso aproveitar para comentar só mais uma coisinha, coisinha salvo seja: muito sexo, muito explicito, muito, muito… Não em excesso que isso foi uma escolha da autora e quem sou eu para criticar o que os outros decidem, mas apenas muito, bastante. Não deixou a coisa por caneta alheia e acho que pouco ficou por dizer.
Só comento este ponto que não me fez qualquer diferença, apenas para confessar uma coisa. Na altura em que me iniciei como escritora para mais alguém ler que não eu, uma das primeiras críticas que me fizeram, foi que os meus personagens eram muitos castos e que faltava sexo nas histórias. Alterei (ligeiramente) as coisas e aprecio quem tem a capacidade de não deixar essa parte por dizer.
Espero que à autora tenha agradado a minha honestidade, porque se dissesse outras coisas estava só a querer alindar e não sou assim.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Os Doze


Sendo este livro o segundo da série A Passagem, vamos reencontrar o mesmo problema que o mundo enfrentou no primeiro: os virais.

Vamos reencontrar personagens que julgávamos mortas e saber que morreram outros de que nem nos lembrávamos mais. E ver que estavam interligados uns com outros, de alguma forma.

Uma das partes interessantes, é que o autor nos mostra o que aconteceu com alguns personagens do livro anterior a quem não demos (eu não dei) muita importância na altura: um deles é a mulher do agente Wolfgast que vai ter um papel importante, ainda que quase inconsciente no enredo do segundo livro, só se apercebendo dele no final.

Ficamos a saber o que aconteceu nas semanas imediatamente a seguir à fuga das Cobaias do Centro de Experiências e como algumas pessoas viveram aqueles dias e o que fizeram para fugir deles.

Conhecemos as origens de alguns dos soldados que Peter e o seu grupo encontrou quando fugiram do Refugio e a atuação, algo diferente dos virais, quando "controlados" por homens sedentos de poder e de imortalidade que como acontece em situações destas, se aproveitam das tragédias para impor regimes tiranos e ditatoriais sobre os mais indefesos.

A parte final do livro é ocupada com a destruição dos Doze. As Doze cobaias que tinham fugido do Centro: cada uma delas sendo a cabeça de milhares de virais. 
No primeiro livro um dos Doze é destruído e agora um décimo segundo se junta ao grupo, mas para o destruir. Mais não vou dizer ou deslindo toda a trama.

Neste livro o autor falou muito pouco de Zero, a primeira cobaia, e quando falou dela no final deu a entender que ela estava activa. Não era nenhum dos Doze, portanto, significa que temos material para o terceiro livro de que se tem falado.

Gostei muito do primeiro e de tal modo que me fez querer ler o segundo, mas confesso que com uma certa curiosidade, mas certa de que a coisa vai ser a mesma, a luta contra os virais, agora controlados pelo Zero que pelo visto controla virais e não só , não vou ler o terceiro.

Gostei do grupo que conhecemos no primeiro livro Peter, Alicia, Hollis, Sara, Michael e Amy (a Garota de Lugar Nenhum), e lutei com eles as suas lutas, mas não quero saber mais.
Assim como assim, vão continuar a lutar contra virais até morreram, ou até acabarem com eles, por isso a coisa há de ser semelhante.

Não tão grande como o primeiro livro, lê-se igualmente bem e se ainda não leram e gostam do tema podem ler que vão bem encaminhados.