sábado, 21 de dezembro de 2013

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

TAG *Todo o Mundo Leu Menos Eu"


Vi esta TAG no blogue Estrelas No Colo e foi originalmente criada pela Nayara. Consiste, em seleccionar 5 autores que nunca lemos, mas que aparentemente já todos experimentaram.

Claro que irei nomear um ou dois que comecei e não consegui continuar. 

1 - Ken Follet
Não li nada deste autor. Quem leu diz o melhor que pode, mas tenho um certo receio do peso da coisa. Romance histórico não é o meu tema preferido.

2 - José Rodrigues dos Santos

Não pude deixar de aproveitar um dos autores que a autora do Mil Estrelas no Colo selecionou. Iniciei um dos seus livros, mas parei antes de terminar o primeiro capitulo. Achei-o demasiado cópia de Dan Brown e com explicações exaustivas desnecessárias, se apresentados os conhecimentos de outra forma, quer já no outro autor acho demais. Aconselharam-me a  "Mão do Diabo" e quem me aconselhou merece toda a minha consideração, por isso ainda não desisti de o ler.

3 - Nora Roberts

Mais uma autora que comecei, porque calhei a "cair" em um chat sobre a autora e fiquei curiosa.
Nada que me interesse, não desfazendo em quem gosta do estilo e parece que é muita gente.

4 - Luis Sepulveda

Já vi em mais de um blogue, opiniões sobre os seus livros e quem leu gostou. Ainda não fiz por ter nenhum dos seus livros nas mãos, mas mais dia menos dia, irei reler todas as opiniões, que como já disse são ótimas e escolher um livro para ler deste autor.

5 - Marion Zimmer Bradley

Numa altura em que os livros de mundos futuros com histórias negras e os de mundos de plena fantasia são lidos aos "magotes" por todas as gerações, sempre tem estado a ser dada especial ênfase a esta autora. Tenho comigo "As Brumas de Avalon" que me ofereceram, mas ainda não tive coragem de iniciar. Há muitos anos, uns dezasseis pelo menos, li uma trilogia de um autor (Stephen Lawhead) com temas semelhantes e na altura gostei. Agora já não tenho tanta certeza e tenho receio de ser mais um que pegue e largue.

Não são os únicos cinco que nunca li, são os cinco de que me lembrei de repente.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Estranho Ano de Vanessa M.

Quando entrou no carro, naquela tarde de Inverno, Vanessa não sabia que estava a embarcar numa viagem sem retorno. Uma viagem interior, que pôs em causa todas as suas escolhas e, acima de tudo, toda uma vida construída em torno das expectativas e opiniões dos outros. Entre episódios trágicos e cómicos, que envolvem uma mãe controladora, uma tia hippie, um casamento entediante, um chefe insuportável e uma amiga que não sabe quando se calar, “O Estranho ano de Vanessa M.” conduz-nos nessa auto-descoberta e faz-nos reflectir sobre o poder que temos de, a qualquer momento, colocar tudo em questão. Porque a busca da felicidade não tem prazo.


A escrita  é muito acessível e facilmente nos damos conta de que tal como Vanessa, muitos de nós gostaríamos de bater com a porta e deixar tudo o que é a nossa rotina para trás. Agora entre o gostar de fazer e o fazer, correm sentimentos e tomadas de decisão. Não vamos deixar casa, marido e filhos, apenas porque estamos fartos de os aturar e há dias em que nos apetece que não existissem. É por isso que existem hobbies, nem que seja a escrita de romances de ficção, onde imaginamos um mundo que gostaríamos que fosse o nosso, mesmo que a história não tenha nada a ver com a nossa vida. No meu caso, seria esse o hobbie a por em prática.

Claro que se trata de uma obra de ficção e não importa se o que Vanessa faz, durante esse ano de mudança é correcto, ou não é correcto e até é engraçado ver que as coisas lhe correm bem, mesmo depois de alguns azares.
Só é "aborrecido", porque se alguém decidisse aplicar esse tipo de mudança na sua vida, com certeza não iria sair-se tão bem quanto Vanessa se saiu. Não iria conseguir iniciar um negócio de bolos que lhe permitisse despedir-se do emprego que já tinha e viver desse negócio, não iria conseguir sair com um ou dois homens, tivesse sido em seguimento a bebedeiras ou não e acabar por ser aceite pelo ex-marido, de forma tão leve, no final do ano.

Mas imaginemos que a ideia do livro é mesmo lembrar-nos que podemos mudar as nossas vidas, nem que essa mudança não seja tão drástica quanto a de Vanessa e que temos sempre tempo e direito de sonhar com essa mudança.


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O freguês que se segue

É nacional.
Foi-me oferecido pela autora, não porque eu seja especial, mas porque foi generalizadamente oferecido e eu aproveitei. E só não aproveitaria se fosse louca.
Ou se calhar até sou especial.
Afinal, os leitores são todos especiais e merecem todos, ofertas dos autores.

Antes de Dormir


Sinopse:
Todos as manhãs, Christine acorda sem saber onde está. Suas memórias desaparecem todas as vezes que ela dorme. Seu marido, Ben, é um estranho. Todos os dias ele tem de recontar a vida deles e o misterioso acidente que tornou Christine uma amnésica.
 Encorajada por um médico, ela começa a escrever um diário para ajudá-la a reconstruir suas memórias mas acaba descobrindo que a única pessoa em quem confia talvez esteja contando apenas parte da história.

Trata-se de um thriller que nos dá a conhecer Christine, em uma das manhãs em que ela acorda aterrorizada sem saber onde está, com quem está e até mesmo porque está com aquele aspecto de mulher de quarenta anos, quando se sente como se tivesse apenas vinte.
É Ben, que lhe conta todos os dias a mesma história, para a fazer viver cada dia com mais aceitação.
Nessa manhã, mais uma vez, conforme vamos sabendo, Ben esclarece-a de tudo antes de sair para o trabalho e dá-lhe indicações para o seu dia a dia, dizendo que aquele é um dia especial e que à noite quando voltar, vão sair.

Nesse mesmo dia, é contactada por um médico Dr.Nash que pretende auxiliá-la na sua recuperação e lhe conta sobre um diário que ela tem andado a escrever cada dia, antes de adormecer, enquanto se recorda do que aconteceu nesse dia.
E vamos conhecendo a história de Christine, ou pelo menos parte dela, pela leitura que ela faz do diário, naquele dia depois de voltar a casa, que se refere a bastantes dias da sua vida.

Começamos, tal como Christine a dar-nos conta de que tudo o que Ben conta que não é igual ao que Dr.Nash lhe conta e perguntamos-nos se há alguma razão em especial para o fazer?
Cheguei a dada altura a imaginar que o marido de Christine, Ben, teria sido o responsável pela acidente que acabou com as suas lembranças.
Acertei na responsabilidade por esse acidente, mas errei o acidente e a pessoa responsável e mais não digo.

Lê-se bem e consegue prender-nos, porque tal como Christine que todos os dias lê as entradas do diário, mais a que escreveu de véspera, vamos descobrindo todos os dias coisas diferentes. 

Não conto mais, porque o desenrolar da coisa está realmente no final do dia em que a nossa história começa, portanto no presente, e se contar mais ficam a saber tanto quanto eu.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Falta de interesse? Falta de tudo...



http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=666490

Como é que o pessoal pode dizer que não lê por falta de interesse? Que outros interesses se levantarão?

Bruxos e Bruxas e Adolescentes Normais e Nada Mais...


E já se acabou e podia ter-se acabado antes, porque fiquei na mesma.
Não é na mesma, porque depois de lermos um livro, seja ele qual for, seja ele bom ou mau, nunca ficamos na mesma e é por isso que não devemos deixar de ler.
Chega de desabafo e vamos à crítica que é o que importa.
Crítica é uma maneira de nomear a coisa, porque nem a critica chega.

Whist e Whit se não estou em erro, porque nem me apetece abrir o livro que é como quem diz, ligar o kindle para ir confirmar, são dois irmãos adolescentes que foram considerados um perigo para o novo regime, e foram presos.
Descobrem que são bruxos, por isso são perigosos, e com bruxarias que não sabem que sabem fazer e com a ajuda de umas figuras entre mortas e vivas, fogem da prisão, acompanhados de um cão que era um cão dos infernos apenas porque sofrera uma espécie de lavagem cerebral e vão ter com um grupo de outros adolescentes, resistentes, revoltosos e os incentivam a ir salvar um batalhão de crianças prisioneiras, igualmente porque são perigosas, sem serem bruxas (acho eu, pelo menos não falam disso) e desta vez com bruxarias que já sabem que sabem fazer, salvam-nas, levam-nas para o local da resistência e fica assim.

Não fica, porque sem saber como, do nada, aparece o mais Mau Que Todos (no livro o Único que é o Único, ou algo semelhante) e os prende e os condena ao enforcamento imediato. Só saberemos mais, se lermos o próximo livro. Eu nunca irei saber, porque nunca irei ler. Este foi por engano.

Não consigo resumir melhor, porque não tem para mais. É um livro para adolescentes, se não forem muito exigentes que eu, infelizmente, li.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Não é por ser Halloween...

... que o Halloween a mim não me diz nada. Apesar de ser uma altura em que o comércio aproveita para conseguir algumas migalhas que perde ao longo do ano (sim porque aqui não é EUA), tem raízes que não me interessam e conotações contrárias ao meu pensamento.



É por "desespero" mesmo. Resolvi retomar a leitura que iniciara. Esquecer-me que tem bruxas e magia e concentrar-me na história de dois adolescentes, arrancados de sua casa a meio da noite e levados para a prisão, apenas porque são "perigosos" para o regime: A Nova Ordem.

Sinopse - Bruxos e Bruxas - Witch & Wizard - Livro 01

No meio da noite, os irmãos Allgood, Whit e Wisty, foram arrancados de sua casa, acusados de bruxaria e jogados em uma prisão. Milhares de outros jovens como eles também foram sequestrados, acusados e presos. Outros tantos estão desaparecidos. O destino destes jovens é desconhecido, mas assim é o mundo sob o regime da Nova Ordem, um governo opressor que acredita que todos os menores de dezoito anos são naturalmente suspeitos de conspiração. E o pior ainda está por vir, porque O Único Que É O Único não poupará esforços para acabar com a vida e a liberdade, com os livros e a música, com a arte e a magia, nem para extirpar tudo que tenha a ver com a vida de um adolescente normal. Caberá aos irmãos, Whit e Wisty, lutar contra esta terrível realidade que não está nada longe de nós.

Já li mais de metade (portanto, apesar de não ser o supra sumo da literatura, lê-se muito bem) e depois vos direi o que achei.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Entre ler e escrever, forma-se uma apatia que me irrita


Já não é a primeira vez que publico uma mensagem no blogue, onde me queixo de não saber o que ler.
Isto é chato e receio que esteja a repetir-se vezes demais.

Eu até sei o que quero ler (mais ou menos) mas não tenho comigo os livros desejados (não sei bem quais) e então, olho para os que há uns post atrás, estavam em lista de espera e não me apetece pegar-lhes.

Iniciei "A Cidade dos Ossos" e além de ter ficado aterrorizada com a linguagem (português do brasil com uma qualidade de tradução lastimosa) fui imediatamente travada na minha tentativa de o ler com uma crítica que li. Ainda bem que a li, porque estavam o Tico e o Teco em grande esforço para transformar em frases legíveis, traduções tipo google tradutor. Este não era da lista, mas a lista também não me chama.

Li algumas páginas do Bruxos e Bruxas e... ãh? magia? um mágico malvado e uma espécie de milícia que prende quem não lhe agrada? porque fazem magia e por que mais o quê?... não concluí nada e desisti. e calhar devia ter continuado, pelo menos até à parte, onde me iriam explicar porque estavam a prender os protagonistas...

Não me apetece ler mais nada do que consta da minha lista. Queria assim, um livro daqueles que quando lemos a sinopse, ficamos em pulgas para ler o livro e corremos seca e meca para o encontrar.
Eu gosto de policiais (há um ou dois que gostaria de ler e lá terei que ir procurá-los), mas também gosto de ficção fantástica (não de toda, mas o suficiente para conseguir ler bons livros do tema).

Se alguém leu um livro, dentro destes dois géneros que acha que mais gente tem que ler, diga-me que eu agradeço.

Com tanta gente a visitar e a comentar o meu blogue, acho que é melhor deitar mãos à obra e ir à procura dos livros que sei que quero ler e pronto.

E esqueci-me de uma parte muito importante e que é a grande responsável por esta apatia na leitura. E só quem me conhece ou quem escreve, pode perceber.
Quero escrever!
Apetece-me escrever um livro. Quem diz um livro, porque de livros fala este blogue, diz uma história, um conto. Qualquer coisa onde eu crie os meus personagens, fantásticos ou não e enrede a minha acção, seja ela policial ou não. Onde crie um mundo, dentro deste mundo e faça viver nele, personagens a meu gosto.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Resposta de Autora




E se alguém duvidava do bom que é fazer uma critica a um livro, directamente à sua autora, está (infelizmente como eu estava) a leste de tudo e não tem noção do bem que nos faz.

Podem ler AQUI a resposta da autora à crítica que fiz no post anterior.

Acordar ao Entardecer 
de Maria de Fátima Soares.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Acordar ao Entardecer



Quando faço uma crítica a um livro que li, seja ele um livro publicado ou apenas o rascunho de uma pretensa publicação, na minha limitada capacidade de crítico, costumo focar a minha análise no enredo, nos diálogos, nos personagens e em alguns casos que me merecem destaque, na escrita. Claro que o destaque pode ser por bons ou maus motivos.
Não é que eu seja uma exímia escritora ou crítica, mas gosto de fazer críticas a livros que leio, ou não tivesse criado um blogue nesse sentido. É que, o escrever está-me na alma e então…
No caso deste livro, não vou comentar a escrita, nem me atrevo a comentar a escrita de uma autora editada, eu mera escritora de part-time.
Portanto, vou limitar-me aos outros três pontos da minha análise, expressos no primeiro parágrafo.
No que respeita ao enredo, o tema não é o meu favorito. Não me refiro a vampiros, pois até eu já escrevi três contos sobre os ditos cujos (uma tentativa pretensiosa a que chamo trilogia, apenas porque não quis perder os personagens com o final do primeiro conto). Chamo-lhes contos porque não chegam às trezentas páginas e como gosto de livros grandes (sem nada contra os mais pequenos) parece-me bem chamar contos a um livro pequeno.
O que não gosto do enredo é a história, que a meu ver é a principal – a história de amor. Não é ESTA história de amor, é que de uma forma geral eu não gosto de livros em que o enredo principal é uma história de amor.
Acho muito lamechas, demasiado fofinho… não me diz nada… Já escrevi contos com histórias de amor e até acho que certas histórias para resultarem têm que ter uma história de amor pelo meio, mas como tema principal, não é a minha onda. Isto sou eu a ser sincera e deve a autora (pessoa que conheço da blogosfera e por quem tenho um grande carinho) e quem sabe outras pessoas, pensar: “coitada, tem uma falha qualquer…”  Pois se calhar tenho e é por isso que não consigo ler Nicholas Sparks ou Nora Roberts ou Danielle Steel. A sorte é que este livro é uma história de amor, mas lá por trás tem as rivalidades centenárias entre clãs de vampiros e isso ajudou-me a continuar a ler. Se calhar se não fosse sobre vampiros, a autora também não a tinha escrito.
Continuemos: gostei dos diálogos (não dos diálogos entre Diogo e Lisa – complementam a tal historia de que não gosto e eles até se pressentem e ouvem um ao outro à distância, por isso não os achei importantes). Gostei dos diálogos entre Diogo e os outros vampiros, em especial entre ele e Virgílio. O palavreado, as teimas, as espécies de brigas em palavras, porque se fossem físicas dariam mau resultado e isso leva-me ao ponto principal da minha adoração: adorei Virgílio. O tipo seguro de um poderoso caçador de vampiros que por amor (pela irmã) se dá com eles. Se eu escrevesse sobre um tipo de personagem semelhante, seria assim, mas seria o personagem principal que eu iria apaparicar e dar em deslumbramento para quem lesse, ao longo de todo o livro, abafando todos os outros.
Já deve ter dado para perceber que não gostei do Diogo. A autora fez um bom trabalho (não precisa que eu lho diga de certeza) apresentando-o com as suas dúvidas, as suas lutas e as suas teimosias de vampiro com todos os defeitos de humano. Como se o update físico da transformação prevalecesse ao refinamento de carácter, que não teve.
Dos personagens femininos, a Lisa, apesar de tudo, não me diz nada e gostei da Soraia. Segura, poderosa e após todo um sofrimento de amor, pronta para o que desse e viesse.
Quando achava que o livro ia acabar assim, uma história em que o amor vencia, mesmo ensombrado pelo horroroso Asim que a qualquer momento podia aparecer (porque não há meio de morrer de vez, só para nos irritar :)), a autora deu a volta à coisa e com um final sublime, fez com que eu terminasse o livro com a sensação de que apesar da história de amor (a tal neura minha) tivesse valido a pena ler o livro: mata os personagens principais quase todos! Ah, mulher de garra! Apaparicou-os um livro inteiro, com a exceção de Bernardo-filho que foi apaparicado menos tempo, pelos motivos óbvios e pimba, no final, acaba-lhes com a raça.
Abriu as portas a um seguimento que deve ser muito mais sangrento e menos amoroso, penso eu sempre com a minha tal falha a prevalecer.
Em resumo: gostei de ler o livro, de ler a autora, mas isso, acho que a autora já sabia e estou pronta para ler outro. Pedi um conselho, conforme pedira para o primeiro que foi este.
Para um resumo em tópicos diria que gostei de Virgílio que me encheu as medidas e do final que me atingiu a alma.
Não gostei das amorosidades entre Diogo e Lisa, apesar de serem o motivo do livro.
E posso aproveitar para comentar só mais uma coisinha, coisinha salvo seja: muito sexo, muito explicito, muito, muito… Não em excesso que isso foi uma escolha da autora e quem sou eu para criticar o que os outros decidem, mas apenas muito, bastante. Não deixou a coisa por caneta alheia e acho que pouco ficou por dizer.
Só comento este ponto que não me fez qualquer diferença, apenas para confessar uma coisa. Na altura em que me iniciei como escritora para mais alguém ler que não eu, uma das primeiras críticas que me fizeram, foi que os meus personagens eram muitos castos e que faltava sexo nas histórias. Alterei (ligeiramente) as coisas e aprecio quem tem a capacidade de não deixar essa parte por dizer.
Espero que à autora tenha agradado a minha honestidade, porque se dissesse outras coisas estava só a querer alindar e não sou assim.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Os Doze


Sendo este livro o segundo da série A Passagem, vamos reencontrar o mesmo problema que o mundo enfrentou no primeiro: os virais.

Vamos reencontrar personagens que julgávamos mortas e saber que morreram outros de que nem nos lembrávamos mais. E ver que estavam interligados uns com outros, de alguma forma.

Uma das partes interessantes, é que o autor nos mostra o que aconteceu com alguns personagens do livro anterior a quem não demos (eu não dei) muita importância na altura: um deles é a mulher do agente Wolfgast que vai ter um papel importante, ainda que quase inconsciente no enredo do segundo livro, só se apercebendo dele no final.

Ficamos a saber o que aconteceu nas semanas imediatamente a seguir à fuga das Cobaias do Centro de Experiências e como algumas pessoas viveram aqueles dias e o que fizeram para fugir deles.

Conhecemos as origens de alguns dos soldados que Peter e o seu grupo encontrou quando fugiram do Refugio e a atuação, algo diferente dos virais, quando "controlados" por homens sedentos de poder e de imortalidade que como acontece em situações destas, se aproveitam das tragédias para impor regimes tiranos e ditatoriais sobre os mais indefesos.

A parte final do livro é ocupada com a destruição dos Doze. As Doze cobaias que tinham fugido do Centro: cada uma delas sendo a cabeça de milhares de virais. 
No primeiro livro um dos Doze é destruído e agora um décimo segundo se junta ao grupo, mas para o destruir. Mais não vou dizer ou deslindo toda a trama.

Neste livro o autor falou muito pouco de Zero, a primeira cobaia, e quando falou dela no final deu a entender que ela estava activa. Não era nenhum dos Doze, portanto, significa que temos material para o terceiro livro de que se tem falado.

Gostei muito do primeiro e de tal modo que me fez querer ler o segundo, mas confesso que com uma certa curiosidade, mas certa de que a coisa vai ser a mesma, a luta contra os virais, agora controlados pelo Zero que pelo visto controla virais e não só , não vou ler o terceiro.

Gostei do grupo que conhecemos no primeiro livro Peter, Alicia, Hollis, Sara, Michael e Amy (a Garota de Lugar Nenhum), e lutei com eles as suas lutas, mas não quero saber mais.
Assim como assim, vão continuar a lutar contra virais até morreram, ou até acabarem com eles, por isso a coisa há de ser semelhante.

Não tão grande como o primeiro livro, lê-se igualmente bem e se ainda não leram e gostam do tema podem ler que vão bem encaminhados.

domingo, 29 de setembro de 2013

Quando Lisboa Tremeu

Lisboa, 1 de Novembro de 1755. A manhã nasce calma na cidade, mas na prisão da Inquisição, no Rossio, irmã Margarida, uma jovem freira condenada a morrer na fogueira, tenta enforcar-se na sua cela. Na sua casa em Santa Catarina, Hugh Gold, um capitão inglês, observa o rio e sonha com os seus tempos de marinheiro. Na Igreja de São Vicente de Fora, antes da missa começar, um rapaz zanga-se com sua mãe porque quer voltar a casa para ir buscar a sua irmã gémea. Em Belém, um ajudante de escrivão assiste à missa, na presença do Rei D. José. E, no Limoeiro, o pirata Santamaria envolve-se numa luta feroz com um gangue de desertores espanhóis. 
De repente, às nove e meia da manhã, a cidade começa a tremer. Com uma violência nunca vista, a terra esventra-se, as casa caem, os tectos das igrejas abatem, e o caos gera-se, matando milhares. Nas horas seguintes, uma onda gigante submerge o terreiro do Paço e durante vários dias incêndios colossais vão atemorizar a capital do reino. Perdidos e atordoados, os sobreviventes andam pelas ruas, à procura dos seus destinos. Enquanto Sebastião José de Carvalho e Melo tenta reorganizar a cidade, um pirata e uma freira tentam fugir da justiça, um inglês tenta encontrar o seu dinheiro e um rapaz de doze anos tenta encontrar a sua irmã gémea, soterrada nos escombros.


E vamos passar uma semana, os primeiros dias mais aprofundados, na companhia destas personagens. De vez em quando encontram-se todos, outras vezes estamos com uns dois ou três de cada vez, à medida que os acontecimentos os levam a ser protagonistas.

Foi uma leitura leve e boa. Alindado ao gosto do autor, ficamos a saber como foi o Grande Terramoto, como as pessoas que o sofreram reagiram e como se aproveitaram dele para fazer vingar os seus desejos de liberdade, de escape às condenações mais atrozes e como, com ele, se reencontraram com o seu passado (em alguns casos claro).

Gostei mas tenho alguns reparos a fazer, ou não fosse eu uma má língua, a dizer mal de quem escreve e tem a sua escrita reconhecida. Mas como é para isso (também) que os leitores servem, aqui vai:
Acho que o autor gosta muito de criar personagens por quem todas as mulheres (e neste caso, pelo visto, homens) se interessem. Cada autor cria nos seus personagens os defeitos ou virtudes que mais lhes agradam, e este (defeito ou virtude) parece-me que lhe agrada muito.

Santamaria (alcunha do pirata personagem principal, de quem só conheceremos o nome verdadeiro no final - o autor assim quis e eu acho muito bem e não o vou trair. Já me basta criticar), é um autêntico macho latino, sedutor, engatatão. Ele são prostitutas, ele é um árabe que o prendeu e lhe dá a liberdade a troco de favores sexuais (só saberemos deste fato mais tarde), ele é uma suposta freira, uma ex-escrava, enfim. 

O rol é tal que acho que o padre Malagrita tinha a sua razão quando dizia que Lisboa era um antro de luxuria e perversão, tal como Sodoma e Gomorra, chegando a dizer que o terramoto era um castigo divino.
(O padre Malagrita acabou mais tarde por ser condenado por Sebastião Carvalho e Melo, nessa altura Marquês de Pombal e acabou por morrer na fogueira - um dos últimos condenados ao fogo da Inquisição. Embora esta parte não seja relatada no livro, não é difícil imaginar que assim seria porque os atritos entre os dois aquando do terramoto são bens explícitos: o Ministro a querer tomar em mãos o resolver imediato da situação com forças de segurança que além de servirem para evitar que as pessoas saíssem de Lisboa, serviriam para distribuir alimentos aos desalojados e socorrer os feridos, e o padre a querer fazer procissões e rezar terços para aplacar a fúria divina.A mim também me irritou um pouco, mas não iria mandá-lo queimar por isso.)

Avancemos. Como disse antes, o padre estaria com razão no seu ponto de vista sobre a imoralidade de Lisboa e digo isto porque no meio do caos em que se vivia, no espaço de uma semana nem tanto, entre escapar ao terramoto, ao maremoto e aos incêndios que se seguiram e à fuga da prisão (sem contar com os relatos da vida de cada um, anteriores ao terramoto), esta gente (os personagens que dos outros não sabemos) aproveitava cada bocadinho dos dias e das noites para dar vazão aos seus desejos sexuais: Santamaria com a freira, com a escrava e de novo duas vezes com a freira; a freira por sua vez além de Santamaria, teve como parceiro o inglês e uma freira lésbica, o inglês que além da freira, ainda se deitou com a ex-escrava e não houve mais porque a dada altura foram todos apanhados e acabou-se a loucura.

Além deste excesso de relações sexuais que talvez fossem justificadas pela necessidade de aliviar o sofrimento que se vivia (isto sou eu a ser irónica) o livro só peca por um rol enorme de todos os monumentos e edifícios de tombaram vitimas do terramoto e dos incêndios. Acho que a grandiosidade do desastre podia ter sido dada a conhecer, sem relatar tipo lista, cada um dos desabamentos e queimadas.

São opiniões e este blogue serve para isso. De qualquer forma, é muito bom de ler, ficamos com uma ideia do que se passou naquele momento fatídico da nossa história e de como as várias personagens envolvidas lidaram com a terrível situação e leva-nos a pensar como reagiríamos nós em catástrofe semelhante, não porque o tipo de narração nos convide, mas porque nós, como meros seres humanos, nos levamos a pensar nisso.

domingo, 22 de setembro de 2013

A Passagem

Já percebi porque me falham sempre os propósitos de ler livros pela ordem que me proponho quando os tenho: aparece sempre um novo que se mete pelo meio.


Sinopse - A Passagem - A Passagem - Livro 1 - Justin Cronin

Quase um século depois que uma pesquisa científica financiada pelo Exército dos Estados Unidos foge do controle, tudo o que resta é uma paisagem apocalíptica. As cobaias utilizadas nos experimentos – prisioneiros a caminho do corredor da morte – escaparam do laboratório e iniciaram uma terrível carnificina, alimentando-se de qualquer ser com sangue nas veias e espalhando por todo o continente o vírus inoculado nelas.
Um em cada 10 habitantes pode ter sido infectado. Os outros nove se tornaram presas desses virais, criaturas animalescas extremamente ágeis e fortes cujos únicos pontos fracos parecem ser a hipersensibilidade à luz e uma pequena área frágil próxima ao esterno.
Em uma fortificação construída nas montanhas, cercada de muralhas de cimento e holofotes super potentes, uma comunidade tenta sobreviver aos constantes ataques nocturnos. Mas a precária estrutura que a protege está com os dias contados: as baterias que alimentam as luzes começam a falhar e uma invasão é iminente.
Não se sabe o que aconteceu ao resto do mundo: a comunicação foi cortada, não há governo e o Exército nunca cumpriu a promessa de voltar. Provavelmente estão todos mortos. Mas a chegada de uma misteriosa andarilha traz novas expectativas: ao que tudo indica, ela tem as mesmas habilidades dos virais, mas não sua necessidade de sangue. Agarrando-se a essa esperança, um grupo parte da Colónia para buscar mais sobreviventes – e a verdade fora dos muros.
Com uma narrativa tensa e bem-estruturada, Justin Cronin constrói personagens de complexidade psicológica surpreendente. Na transição do mundo que conhecemos para um que não poderíamos imaginar encontra-se uma humanidade sitiada pelos próprios erros.

É curioso que, embora goste de ver filmes sobre futuros próximos durante ou após catástrofes, epidemias ou o que seja do género, raramente me preocupo em procurar livros sobre esses temas. Acho que tenho receio que me desiluda ou que o livro não seja tão espectacular como o filme (só neste tema, porque ninguém me verá trocar um livro por um filme, qualquer que seja).

Por mero acaso, nem me recordo se foi em algum blogue, deparei-me com esta sinopse, li as primeiras páginas e decidi que tinha que ler o livro.
E li. Não ultrapassei nenhum recorde de leitura, mas interrompi um que começara e em uma semana e apenas em alguns pedaços livres, mas eficientes, li o livro.

O primeiro parágrafo da sinopse refere-se ao inicio do livro e nós começamos a dedicar-nos aos personagens apresentados nesta parte. Mas a dada altura, o tempo passa apressado, urgente, e somos apresentados a uma nova época na triste história desta humanidade e todo o resto do livro é passado com novos personagens.
Personagens esses que nos são apresentados de uma forma cativante pelo autor e os iniciais que achávamos eram os únicos sobre quem queríamos ler, passam para um segundo plano e são estes agora, magistralmente apresentados que nos interessam e a quem nos dedicamos.

Independentemente do tema ser do interesse geral, ou não, o autor consegue prender-nos à narrativa e deixar-nos à espera de saber mais. É magistral o apresentar dois grupos com o mesmo destino, viajando de formas diferentes e o sabermos primeiro o que sucede com o segundo grupo a chegar, para ficarmos desejando saber o que aconteceu quando o primeiro chegou. Faz isto ao longo do livro e leva-nos a reencontrar personagens que julgamos perdidos para sempre e a dar como perdidos alguns que julgávamos tinham ficado em algum lugar.

E chegamos ao final do livro, sem saber o que aconteceu ou vai acontecer e desejando ler o livro seguinte para saber...
Só lamento ter lido uma versão em português brasileiro. Não me desiludiu na leitura, mas desconsolou-me com a escrita. Nada que não se ultrapasse dado o suspense de todo o livro.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Inferno

"Procura e encontrarás"
É com o eco destas palavras na cabeça que Robert Langdon, o reputado simbologista de Harvard, acorda numa cama de hospital sem se conseguir lembrar de onde está ou como ali chegou. Também não sabe explicar a origem de certo objeto macabro encontrado escondido entre os seus pertences.

Uma ameaça contra a sua vida irá lançar Langdon e uma jovem médica, Sienna Brooks, numa corrida alucinante pela cidade de Florença. A única coisa que os pode salvar das garras dos desconhecidos que os perseguem é o conhecimento que Langdon tem das passagens ocultas e dos segredos antigos que se escondem por detrás das fachadas históricas.

Tendo como guia apenas alguns versos do Inferno, a obra-prima de Dante, épica e negra, veem-se obrigados a decifrar uma sequência de códigos encerrados em alguns dos artefactos mais célebres da Renascença - esculturas, quadros, edifícios -, de modo a poderem encontrar a solução de um enigma que pode, ou não, ajudá-los a salvar o mundo de uma ameaça terrível…

Passado num cenário extraordinário, inspirado por um dos mais funestos clássicos da literatura, Inferno é o romance mais emocionante e provocador que Dan Brown já escreveu, uma corrida contra o tempo de cortar a respiração, que vai prender o leitor desde a primeira página e não o largará até que feche o livro no final.


Se ainda não tinham pensado em visitar Florença, depois de lerem Inferno de Dan Brown vão sentir vontade de visitar.
Inferno é um guia turístico na verdadeira acepção da palavra. Uma escrita muito leve e muito agradável, é o livro de Dan Brown mais fácil de se ler, sem a exaustiva explicação técnica e cientifica dos outros e consegue deixar-nos desejosos de visitar as três cidades retratadas no livro: Florença, Veneza e Istambul, mas é também o livro mais fraco dos que já li.

A acção propriamente dita, resume-se a dez por cento do livro, intercalada na apresentação turística.

Apesar de uma acção curta, esta centra-se num dos temas mais discutido pelos cientistas e OMS (Organização Mundial de Saúde) - o excesso de população. Neste momento, somos quase 7 biliões de pessoas no planeta e representamos, segundo alguns cientistas, uma catástrofe. A terra com os seus ecossistemas não suporta tanta gente e brevemente os recursos indispensáveis à nossa sobrevivência, irão esgotar-se.
E alguém decide resolver este assunto por suas próprias mãos.
Num prazo curto e ao mesmo tempo desconhecido, cabe a Robert Langdon e mais umas quantas personagens impedir essa resolução.

O curioso do livro é que as pessoas que são contra soluções radicais levadas a cabo, por outros, para resolver certos problemas, são exatamente as mesmas a não fazer nada ( e diria até a aceitar essas soluções) quando essas soluções radicais não lhes tocam na hora, mas irão surtindo efeito em um futuro próximo, com a justificação de que já está feito e tudo o que se fizer agora, poderá ir piorar.

E voltamos ao uma das máximas do livro que é apresentada vezes sem conta: os piores castigos do inferno estão reservados para aqueles que sabendo das coisas, nada fazem.


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Acabadinhos de chegar...

ao meu kindle, claro.

Tenho estes livrinhos para ler, para me entreter durante algum tempo e parar de me queixar.

Quando Lisboa Tremeu
Já li "Enquanto Salazar Dormia", não desgostei embora tenha uma ou outra coisita que não achei nada de especial, mas como, quando li esse, queria mesmo era ler este, estou com um certo entusiasmo. A ver vamos...

Lisboa, 1 de Novembro de 1755. A manhã nasce calma na cidade, mas na prisão da Inquisição, no Rossio, irmã Margarida, uma jovem freira condenada a morrer na fogueira, tenta enforcar-se na sua cela. Na sua casa em Santa Catarina, Hugh Gold, um capitão inglês, observa o rio e sonha com os seus tempos de marinheiro. Na Igreja de São Vicente de Fora, antes da missa começar, um rapaz zanga-se com sua mãe porque quer voltar a casa para ir buscar a sua irmã gémea. Em Belém, um ajudante de escrivão assiste à missa, na presença do Rei D. José. E, no Limoeiro, o pirata Santamaria envolve-se numa luta feroz com um gangue de desertores espanhóis. 
De repente, às nove e meia da manhã, a cidade começa a tremer. Com uma violência nunca vista, a terra esventra-se, as casa caem, os tectos das igrejas abatem, e o caos gera-se, matando milhares. Nas horas seguintes, uma onda gigante submerge o terreiro do Paço e durante vários dias incêndios colossais vão atemorizar a capital do reino. Perdidos e atordoados, os sobreviventes andam pelas ruas, à procura dos seus destinos. Enquanto Sebastião José de Carvalho e Melo tenta reorganizar a cidade, um pirata e uma freira tentam fugir da justiça, um inglês tenta encontrar o seu dinheiro e um rapaz de doze anos tenta encontrar a sua irmã gémea, soterrada nos escombros.


Inferno
Faltava-me este, para poder dizer que já li os livros todos de Dan Brown.
Bem vistas ou lidas, as coisas, são mais ou menos todos iguais. Só muda o tema da coisa, o local onde decorre a acção e os co-participantes.
De qualquer forma, embora, por vezes, o excesso de informação técnica e cientifica me canse (sou assim eu, básica) gosto de ler Dan Brown e de seguir o Prof. Langdon pelas encrecas que lhe arranjam.

Procura e encontrarás.»

É com o eco destas palavras na cabeça que Robert Langdon, o reputado simbologista de Harvard, acorda numa cama de hospital sem se conseguir lembrar de onde está ou como ali chegou. Também não sabe explicar a origem de certo objeto macabro encontrado escondido entre os seus pertences.

Uma ameaça contra a sua vida irá lançar Langdon e uma jovem médica, Sienna Brooks, numa corrida alucinante pela cidade de Florença. A única coisa que os pode salvar das garras dos desconhecidos que os perseguem é o conhecimento que Langdon tem das passagens ocultas e dos segredos antigos que se escondem por detrás das fachadas históricas.

Tendo como guia apenas alguns versos do Inferno, a obra-prima de Dante, épica e negra, veem-se obrigados a decifrar uma sequência de códigos encerrados em alguns dos artefactos mais célebres da Renascença - esculturas, quadros, edifícios -, de modo a poderem encontrar a solução de um enigma que pode, ou não, ajudá-los a salvar o mundo de uma ameaça terrível…

Passado num cenário extraordinário, inspirado por um dos mais funestos clássicos da literatura, Inferno é o romance mais emocionante e provocador que Dan Brown já escreveu, uma corrida contra o tempo de cortar a respiração, que vai prender o leitor desde a primeira página e não o largará até que feche o livro no final.



Debaixo de algum céu
Completamente desconhecido para mim. Lerei por pura curiosidade de bom leitor.


Num prédio encostado à praia, homens, mulheres e crianças - vizinhos que se cruzam mas se desconhecem - andam à procura do que lhes falta: um pouco de paz, de música, de calor, de um deus que lhes sirva. Todas as janelas estão viradas para dentro e até o vento parece soprar em quem lá vive. Há uma viúva sozinha com um gato, um homem que se esconde a inventar futuros, o bebé que testa os pais desavindos, o reformado que constrói loucuras na cave, uma família quase quase normal, um padre com uma doença de fé, o apartamento vazio cheio dos que o deixaram. O elevador sobe cansado, a menina chora e os canos estrebucham. É esse o som dos dias, porque não há maneira de o medo se fazer ouvir. 

A semana em que decorre esta história é bruscamente interrompida por uma tempestade que deixa o prédio sem luz e suspende as vidas das personagens - como uma bolha no tempo que permite pensar, rever o passado, perdoar, reagir, ser também mais vizinho. Entre o fim de um ano e o começo de outro, tudo pode realmente acontecer - e, pelo meio, nasce Cristo e salva-se um homem. 

Embora numa cidade de província, e à beira-mar, este prédio fica mesmo ao virar da esquina, talvez o habitemos e não o saibamos. 

Com imagens de extraordinário fulgor a que o autor nos habituou com o seu primeiro romance, Debaixo de Algum Céu retrata de forma límpida e comovente o purgatório que é a vida dos homens e a busca que cada um empreende pela redenção.


Bruxos e Bruxas
Eu sei que é em português do Brasil, mas como me ofereceram assim, não vou recusar, até porque andei à procura e em português de Portugal, não achei.
Interessa-me o tema e "marcha" mesmo assim. Tenho sempre curiosidade por ler sobre prepotências que nos exigem, nos obrigam, para saber até que ponto isso poderá ser...
Pode ser que a história seja tão interessante que me faça esquecer a pronuncia da escrita.



É como entrar em um pesadelo. Do nada, você é retirado de sua casa, preso, e acusado de bruxaria. Parece século 17, mas é o governo da Nova Ordem, e está acontecendo agora!

Sob a ideologia da Nova Ordem, O Único Que É O Único mantém seu poder à força, sem música, nem internet, nem livros, arte ou beleza. E ter menos de 18 anos já é motivo suficiente para que você seja suspeito de conspiração.

Os irmãos Allgood estão encarcerados nesse pesadelo e, para escapar desse mundo de opressão e medo, terão que contar um com o outro e aprender a usar a magia.
Do autor best-seller James Patterson, Bruxos e Bruxas é uma saga para se ler... antes que seja tarde.


As Ultimas Quatro Coisas
Li o primeiro: A Mão Esquerda de Deus e conforme disse num post sobre ele, fiquei "incomodada". Gosto pouco de acções profundas, devastadoras, quando temos tendência a apegar-nos aos protagonistas e estamos sem saber se lhes vai acontecer alguma coisa ruim ou não. Incomoda-me. Tira-me o gozo de um livro. Mas...
Já que li até certa altura da vida de Cale, será melhor ver o desfecho da coisa e acalmar o incómodo.



Morte, Juízo, Paraíso e Inferno. As Quatro Últimas Coisas que nos reserva o Destino.
Agora há uma Quinta.
O Seu Nome é Thomas Cale.

De regresso ao Santuário dos Redentores, Thomas Cale parece aceitar o papel que lhe é atribuído: o destino escolheu-o como o Braço Esquerdo de Deus, o Anjo da Morte. O poder absoluto está agora ao seu alcance; o terrível zelo e domínio militar dos Redentores é uma arma nas suas mãos e ele está pronto para cumprir o objetivo supremo da Única e Verdadeira Fé - a destruição da Humanidade.

Mas talvez o sombrio poder dos Redentores sobre Cale não seja suficiente - ele vai do amor ao ódio num abrir e fechar de olhos, da bondade à mais brutal violência num segundo. A aniquilação que os Redentores procuram pode estar nas mãos de Cale - mas a sua alma é muito mais estranha do que alguma vez poderão imaginar…
Antes de Dormir
Além de ser em português do Brasil, não sei se me vai animar. Não me parece que seja dos temas que eu mais gosto de ler, mas como me entrou em casa, ou melhor no kindle, quando não tiver nada para ler, tento. E não posso estar aborrecida, ou não lhe pego.

Todos as manhãs, Christine acorda sem saber onde está. Suas memórias desaparecem todas as vezes que ela dorme. Seu marido, Ben, é um estranho. Todos os dias ele tem de recontar a vida deles e o misterioso acidente que tornou Christine uma amnésica. Encorajada por um médico, ela começa a escrever um diário para ajudá-la a reconstruir suas memórias mas acaba descobrindo que a única pessoa em quem confia talvez esteja contando apenas parte da história.

A Menina Que Roubava Livros

Se não fosse pelo assunto, era pelo menos pelo título.
Vamos ver...
Contra: Em português do Brasil
A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.

Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.

A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto - e raro - de crítica e público.


O Senhor da Chuva

Não sou muito dada a livros sobre anjos caídos e por aí... (e atenção que acredito em anjos). Mas, já li um livro deste autor sobre vampiros (Os Sete) e tenho pena de não ter conseguido ainda O Sétimo (continuação do anterior) para ler. Só porque gostei e apesar da escrita em brasileiro, que era muito acessível e chamativa, tenho curiosidade para ler este.

O livro narra a história de um anjo perseguido que, para não ser destruído, possui o corpo de um ser humano igualmente agonizante. Assim, o anjo quebra uma regra sagrada que dá direito aos demónios de invocarem uma guerra desigual que poderá desencadear a destruição de todos os anjos de luz da terra. Uma aventura que você irá se amarrar.


O HOBBIT

Carreguei-o no kindle, quase por acaso. Gostei do Senhor dos Anéis e talvez este seja igualmente interessante.
Foi só por isso.



Os hobbits são seres muito pequenos, menores do que os anões. São de boa paz, sua única ambição é uma boa terra lavrada e só gostam de lidar com ferramentas manuais. 

Este livro tem como personagem central o hobbit Bilbo Bolseiro. Ele vive muito tranquilo até que o mago Gandalf e uma companhia de anões o levam numa expedição para resgatar um tesouro guardado por Smaug, um dragão enorme e perigoso. 


Para já primeiros, primeiros, vai ser Inferno, segundos, tenho dúvida entre os Bruxos e Bruxas e Quando Lisboa Tremer, os outros,de seguida, de acordo com a minha neura...

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Escrever liberta


Liberta a alma dos momentos menos felizes
Liberta-nos da vida menos interessante

Liberta as personagens que temos criadas na nossa mente
Liberta uma história que as envolve

Só quem escreve, muito ou pouco, bem ou mal, pode entender esta libertação.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

The Killing




Comecei a ler este livro, com algum entusiasmo. A série na televisão (que eu não vi) merecia alguns comentários interessantes de quem via e quando me "deram" o livro, aí fui eu.

E a dada altura, senti-me aborrecida.

Não estou a queixar-me do livro, nem a tecer critica ao autor. Apenas me aborreci. Eu gosto de uma boa história policial e independente de todo o enredo que possa ter, não precisa de ter outras acções paralelas, mesmo que sejam necessárias para o enredo, quando essas acções ocupam quase tanto espaço como a acção principal. Sou chata, eu, mas sou assim. E atenção que raramente é meu apanágio usar estas três palavras para me justificar de tudo, mas no que respeita leituras, cai bem.

Por causa disto, porque esta acção paralela, a campanha eleitoral e seus intervenientes me aborreceram, ainda que fossem suspeitos do crime, de alguma forma, parei.

Quando comentei com uma colega e ela me deu algumas dicas do que vira na série, pensei: vou ultrapassar, vou continuar e aí segui eu... cheguei ao fim e só agora me dei conta (burra! achava que eram histórias independentes por volume) que o volume um, não era apenas figura de estilo, era a realidade. Fiquei na mesma, suspensa da resolução, da descoberta do criminoso (que já sei quem é, mas gostava de saber como os detectives chegavam até ele) e terminado este volume um, não tenho coragem para o volume dois.

Sem desrespeito para quem leu tudo e gostou, eu não vou ler mais e mais valia ter ficado onde fiquei a primeira vez que interrompi.