terça-feira, 19 de maio de 2015

Nunca me Encontrarão


Charles Boxer arruinou a sua vida familiar. Primeiro o exército, depois a polícia, seguindo-se missões de alto risco de resgate de vítimas de rapto. A ex-mulher e a filha aprenderam a viver sem ele à medida que o seu trabalho o foi levando a lugares de onde nenhum homem regressa ileso. A tentativa de reconstruir um relacionamento com Amy, a sua filha adolescente, não tem sido fácil. Mas Boxer só percebe a que ponto as coisas chegaram quando Amy desaparece, provocando os pais com as últimas palavras do seu bilhete: «Nunca me Encontrarão.» Porque não querem receber as notícias que todos os pais temem, Charles Boxer e Mercy Danquah aceitam o desafio. No entanto, depois de ter passado anos a localizar vítimas de rapto, Boxer sabe que, às vezes, o desaparecido não quer ser encontrado. E conhece o inferno que isto traz para as famílias – não está vivo nem morto, simplesmente desapareceu. Agora que o perigo lhe bateu à porta tem que desvendar o caso mais difícil em que alguma vez trabalhou.

Sabem quando nos dá uma branca? Deu-me uma dessas ou doutras, porque de vez em quando vinha ao blogue para visitar os blogues que tenho em lista e olhava para o meu ultimo post e pensava: isto está muito desatualizado.

Claro que estava, porque lido o primeiro livro dos cinco previstos, esqueci-me!

Não porque fosse desagradável, mas porque me esqueci e pronto.

E vamos lá ao comentário que com tanto esquecimento, não será o mais fiável.

Gostei. Aliás eu já conhecia Robert Wilson de outra leitura. Gosto da forma como escreve e gostei da forma como neste livro, enredou duas histórias que nada tinham uma a ver com a outra. Apenas as pessoas nelas envolvidas, estavam envolvidas uma com a outra e com um dos enredos.

Amy desaparece conforme diz na sinopse e deixa um bilhete provocador: Nunca me encontrarão. E quando começamos a ver a preparação do desaparecimento de Amy dá-nos vontade de lhe dar um par de estalos e de lhe dizer o que alguém mais à frente diz: a adolescência não é um mar de rosas, mas temos que respirar fundo e avançar. E o avançar não é culpar tudo e todos e fugir.

Mas a dada altura (atenção a spoiler!!!) pensamos: tens razão Amy, assim ninguém te vai encontrar, miúda estúpida!
Da boca para fora, claro, porque até ficamos chocados (mais ou menos). E achamos que é daqueles livros em que as buscas pelo desaparecido, não vão dar em nada, quando o suposto desaparecido é morto nas primeiras páginas! E se calhar o enredo do livro é a luta de quem procura e o sofrimento de quem não encontra e Robert Wilson é bom nisso.

Mas não! Afinal não é bem como o principio nos leva a crer e a busca vai ser bem sucedida. Aliás, os dois casos vão ser bem sucedidos! 
Falei demais? Provavelmente e lamento if has spoiled as expectativas de quem ainda não leu.