quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Enquanto Salazar Dormia

Sinopse
Lisboa, 1941. Um oásis de tranquilidade numa Europa fustigada pelos horrores da II Guerra Mundial. Os refugiados chegam aos milhares e Lisboa enche-se de milionários e actrizes, judeus e espiões. Portugal torna-se palco de uma guerra secreta que Salazar permite, mas vigia à distância.
Jack Gil Mascarenhas, um espião luso-britânico, tem por missão desmantelar as redes de espionagem nazis que actuavam por todo o país, do Estoril ao cabo de São Vicente, de Alfama à Ericeira. Estas são as suas memórias, contadas 50 anos mais tarde. Recorda os tempos que viveu numa Lisboa cheia de sol, de luz, de sombras e de amores. Jack Gil relembra as mulheres que amou; o sumptuoso ambiente que se vivia no Hotel Aviz, onde espiões se cruzavam com embaixadores e reis; os sinistros membros da polícia política de Salazar ou mesmo os taxistas da cidade. Um mundo secreto e oculto, onde as coisas aconteciam "enquanto Salazar dormia", como dizia ironicamente Michael, o grande amigo de Jack, também ele um espião do MI6. Num país dividido, os homens tornam-se mais duros e as mulheres mais disponíveis. Fervem intrigas e boatos, numa guerra suja e sofisticada, que transforma Portugal e os que aqui viveram nos anos 40.

Já li. Não é o tipo de leitura minha predilecta, mas gosto de ir lendo coisas diferentes de quando em quando.
Não achei horroroso porque se lê bem, mas a história não é nada de extraordinário e não aprendi nada.
Não é bem o não aprender nada, é mais o não tirei elacções nenhumas porque o autor faz o favor de nos contar tudo.

Eu gosto de ler um livro, este ou outro, passado em determinada época, que me conte uma história, policial, de espionagem, de amor, o que seja e que, seja ela verosimil ou 100% ficticia, eu tire as minhas próprias conclusões da vida que se vivia nessa altura, das coisas que eram feitas, de como eram feitas. Não preciso que o autor me explique em cada acto, fazia-se assim na época tal, comia-se assim no hotel tal, as pessoas vestiam isto e aquilo e o outro.
Não precisava resumir (ou não) tudo o que pesquisou. Bastava contar a história e eu haveria de chegar a alguma conclusão.

Mas pronto, esse é um aspecto e quem sou eu para criticar a forma como cada autor escreve. Estou só a dar a minha opinião.

E a história até se lê bem. Sem sobressaltos. Se gostam do tipo de escrita podem ler que não perdem nada e até ficam com a vossa própria ideia sobre o livro e sobre o autor.

Houve mais duas coisas que gostaria de chamar a atenção, que não me animaram por aí além.

Cheguei a uma altura do livro em que já não podia ver o termo que dá o nome ao livro: Enquanto Salazar Dormia. Em cada capítulo tudo acontece enquanto Salazar dorme. Tudo bem, era espionagem, eram acções que não deveriam chegar aos ouvidos de Salazar, eram casos amorosos que não interessavam homem nem à politica, mas francamente foi um pouqinho demais, estar continuamente a ouvir os personagens e o próprio autor (uma das personagens, já que a narração é feita em jeito de lembrança de uma das personagens) estar sempre a dizer a mesma coisa.
Ficavam melhor se o termo só existisse no titulo. Qualquer pessoa que lesse, entenderia o porquê.

E para terminar.
Terminando o livro ficamos a achar que o personagen Jack Gil era um galã. Três casos de amor, divididos pelas três partes de que o livro é composto, sem contar com os intermeios entre cada um deles, querem dar-nos a entender que as mulheres "se passavam" quando o conheciam, exceto a suposta noiva que nunca o apoiou nas suas ideias e o trocou por outro, com quem nunca casou acabando por falecer vitima dos seus achaques de donzela adoentada.
Acabamos por concluir que afinal elas não caiam só por ele, elas caíam por qualquer um que se lhes atravessasse no caminho e ele era mais um que lá estava.
Talvez a ultima nem por isso. Talvez só "se tivesse passado" por ele... e para nos calar de vez a boca maldizente e para concluir que era mesmo paixão que elas tinham por ele, temos o exemplo da personagem com quem ele no final se casa... e mais não digo ou perde a graça.

Mas insisto, leiam, passem uns bons momentos e tirem as vossas próprias conclusões.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Teu Rosto Será o Último


Tendo como "pano" de fundo para a acção as histórias de três gerações de pessoas da mesma familia,
Duarte, jovem talentoso que se revolta contra o seu próprio talento de pianista, a do pai de Duarte, António, marcado pela guerra colonial que teve de fazer, como furriel, em Angola, e a de Augusto, pai de António e avô de Duarte, um médico de província refugiado numa aldeia da Serra da Gardunha, vamos ao longo do livro deslizando por vários outros personagens que de alguma forma estiveram envolvidos com estes três personagens. O livro inicia-se na noite de 25 de Abril de 1974.
Do envolvimento entre todas as personagens que nos aparecem ao longo do livro, só tomaremos conta no final do livro, quando a conclusão de uma história, nos explica, mais ou menos, o porquê de outra.
Gostei, mas estranhei a forma de escrita. O repetir de frases exactamentre iguais durante páginas inteiras, não me convence. Por exemplo num dos ultimos capítulos que se intitula "O Interrogatório"vamos lá saber-se porquê (??), é todo, mas digo todo, nestes termos:
O inspector perguntou: Como te chamas?   Duarte respondeu: Duarte...
O inspector perguntou: Onde estiveste na noite....; Duarte respondeu: Na capela....
O inspector perguntou: Sabes que ....; Duarte respondeu: Sei. É....
E isto durante um capítulo inteiro.
Se era para nos mostrar a "violência" e a insistência do interrogatório, conseguiu. Mas eu gostaria mais que fosse demonstrada de outra forma.

Mas o autor deve gostar mesmo deste tipo de escrita, porque num capítulo anterior, com outros personagens, faz exatamente a mesma coisa.
Acaba por nos obrigar a prestar atenção ao que os personagens perguntam, de fato, mas não nos chega a dizer se estavam aborrecidos, irados,  ou apenas a fazer o seu trabalho.
De qualquer forma gostei de ler, até porque as circunstâncias em que o li, pediam uma leitura sem suspense, sem nos obrigar a pensar.
Só tive pena de ser uma história com pedaços soltos de uns e outros personagens e não uma história com principio, meio e fim. O autor não nos contou nada de novo, não criou para nós lermos um mundo, uma história entre personagens. Limitou-se a contar coisas de uns e outros que no fim estão relativamente interligadas.

Quando iniciei a leitura, achava eu que alguém da familia, por alguma forma estaria envolvido nos acontecimento do 25 de Abril ou até na morte do primeiro personagem que nos aparece e que sai de casa de madrugada com uma arma na mão, para aparecer mais tarde, morto. Ligação com ele, só a do Dr. Augusto que muito anos atrás lhe deu guarida.
Isto sou eu que gosto de policiais, claro.
Mas é bom de ler e se nos embrenharmos na leitura, o que não é dificil se quisermos saber o que aconteceu a cada personagem, mas que nunca iremos saber a 100%, chegamos ao fim quase sem dar por isso, mas com a sensação que poderiamos ter sabido mais do que nos contaram. E com a certeza de que o que nos contaram não nos satisfez por aí além.

Mas podem ler. Autores portugueses são sempre de ler e este até escreve bem.
 
 
 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Anjos Perdidos em Terra Queimada

 
 

Sinopse:
É o verão mais quente de que os habitantes da província de Östergötland, no centro da Suécia, têm memória. A cidade de Linköping derrete com o calor e nas florestas os incêndios estão fora de controlo, tornando o ambiente sufocante. A inspectora Malin Fors é chamada ao parque municipal, onde uma adolescente foi encontrada nua e coberta de sangue.
Quem telefonou a informar que a encontrariam ali? E afinal o que é que realmente lhe aconteceu? Enquanto a polícia se debate para dar resposta a estas perguntas, outra rapariga desaparece e uma descoberta arrepiante tem lugar numa praia fluvial nos arredores da cidade. Malin, que tem uma filha adolescente, teme pela sua segurança e, provavelmente, não está a exagerar. Anjos Perdidos em Terra Queimada é o segundo volume da excepcional tetralogia de Mons Kallentoft que tem na inspectora Malin Fors a principal personagem que os leitores começaram a conhecer em Sangue Vermelho em Campo de Neve. Nesta nova história somos transportados para um enredo perturbador onde os preconceitos sexuais, a desconfiança face aos imigrantes, os amores desesperados e o ódio acumulado ao longo dos anos dão origem a um arrepiante cenário de crime e mistério.

E já está lido.

Confirma-se a forma de escrita de que gostei no primeiro livro que li do autor. A presença da inspetora e a comparação que faz da sua própria vida com a acção onde está envolvida.
A necessidade de que a sua própria vida atinja um objetivo, como se esse atingir lhe desse mais facilidade de resolver os casos que tem entre mãos.
E no final, para nos "enervar" e que aliás já desconfiavamos, a sua própria filha, é apanhada pelo criminoso. Esta situação é imaginada e indesejada várias vezes ao longo do livro, pela inspetora, de forma que já calculávamos que fosse acontecer.

Mas resolveu-se a bem e mal seria, se não se tivesse resolvido a bem e a tempo.

Houve uma proposta do autor, de enredar nesta ação uma das personagens do livro anterior. Uma vitima (a única que ficou sem criminoso associado), dando-nos a hipótese de que um dos suspeitos dos crimes deste livro, pudesse ter alguma coisa a ver com o seu ataque. Mas não desenvolveu. Ficou como mera hipótese, não sei se apenas para nos deixar a pensar no proximo, ou se serviu apenas para fazer a ligação com o anterior.

Também nunca chegamos a saber quem telefonou a dar conta da rapariga perdida no parque e os incêndios, não são cenário para os crimes, como se poderia calcular pelo titulo. São apenas o ambiente onde se desenrola parte da acção e servem para reforçar a ideia das elevadas temperaturas, que eu não acharia possiveis na Suécia.

Mais uma vez, aparece-nos um monólogo a itálico que já sabemos pela leitura do livro anterior, que pertence a uma das vitimas assassinadas. Quanto a mim, acho que foi exagerado, neste livro. Talvez porque já sabemos que pertence ao morto, não há necessidade de se prolongar, com pensamentos, desejos e pedidos de socorro nem sempre dirigidos para si, depois de sabermos quem é a vitima, como morreu e depois de ser encontrada. Começa a extenuar, porque perde o mistério e só ocupa espaço no livro, uma vez que não resolve nada.

Sinceramente acho que o primeiro (era o desconhecido) me cativou mais do que este. Não conhecia os personagens e achei mais aceitável um inverno gélido na Suécia do que um verão tórrido, mas a escrita é assim mesmo, a possibilidade de criarmos realidades alternativas.

Claro que já estou pronta para correr as duas estações do ano que me faltam. Não vou desistir. Gostei o suficiente para continuar.



quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Novos Livros

Não há nada melhor para quem gosta de ler, do que lhe chegarem às mãos (ou neste caso ao leitor de e-books) livros novos.
Mesmo quando, um dos livros afinal, já lá estava.

Depois de me lamentar que não tinha livros para ler e tal, "descobri" que afinal tinha este e-book no meu kindle à espera de leitura. Dah!


Sinopse:
Tudo começa com um homem saindo de casa, armado, numa madrugada fria. Mas do que o move só saberemos quase no fim, por uma carta escrita de outro continente. Ou talvez nem aí. Parece, afinal, mais importante a história do doutor Augusto Mendes, o médico que o tratou quarenta anos antes, quando lho levaram ao consultório muito ferido. Ou do seu filho António, que fez duas comissões em África e conheceu a madrinha de guerra numa livraria. Ou mesmo do neto, Duarte, que um dia andou de bicicleta todo nu.
Através de episódios aparentemente autónomos - e tendo como ponto de partida a Revolução de 1974 -, este romance constrói a história de uma família marcada pelos longos anos de ditadura, pela repressão política, pela guerra colonial.
Duarte, cuja infância se desenrola já sob os auspícios de Abril, cresce envolto nessas memórias alheias - muitas vezes traumáticas, muitas vezes obscuras - que formam uma espécie de trama onde um qualquer segredo se esconde. Dotado de enorme talento, pianista precoce e prodigioso, afigura-se como o elemento capaz de suscitar todas as esperanças. Mas terá a sua arte essa capacidade redentora, ou revelar-se-á, ela própria, lugar propício a novos e inesperados conflitos?
 
E pior do que apenas não me lembrar que o tinha, até já tinha por curiosidade, lido duas ou três páginas.
 
 
E entretanto ganhei mais dois e-books de prenda de anos, um dos quais estava na minha wish list do ultimo post.
 


Sinopse:
É o verão mais quente de que os habitantes da província de Östergötland, no centro da Suécia, têm memória. A cidade de Linköping derrete com o calor e nas florestas os incêndios estão fora de controlo, tornando o ambiente sufocante. A inspectora Malin Fors é chamada ao parque municipal, onde uma adolescente foi encontrada nua e coberta de sangue.
Quem telefonou a informar que a encontrariam ali? E afinal o que é que realmente lhe aconteceu? Enquanto a polícia se debate para dar resposta a estas perguntas, outra rapariga desaparece e uma descoberta arrepiante tem lugar numa praia fluvial nos arredores da cidade. Malin, que tem uma filha adolescente, teme pela sua segurança e, provavelmente, não está a exagerar. Anjos Perdidos em Terra Queimada é o segundo volume da excepcional tetralogia de Mons Kallentoft que tem na inspectora Malin Fors a principal personagem que os leitores começaram a conhecer em Sangue Vermelho em Campo de Neve. Nesta nova história somos transportados para um enredo perturbador onde os preconceitos sexuais, a desconfiança face aos imigrantes, os amores desesperados e o ódio acumulado ao longo dos anos dão origem a um arrepiante cenário de crime e mistério.

Uma vez que já li o primeiro livro deste autor (Sangue Vermelho em Campo de Neve) e gostei bastante, estou muito interessada em ler mais casos a cargo da inspectora Malin Fors.
Este vai ser o primeiro a ser digerido.


 
Sinopse:
Lisboa, 1941. Um oásis de tranquilidade numa Europa fustigada pelos horrores da II Guerra Mundial. Os refugiados chegam aos milhares e Lisboa enche-se de milionários e actrizes, judeus e espiões. Portugal torna-se palco de uma guerra secreta que Salazar permite, mas vigia à distância.
Jack Gil Mascarenhas, um espião luso-britânico, tem por missão desmantelar as redes de espionagem nazis que actuavam por todo o país, do Estoril ao cabo de São Vicente, de Alfama à Ericeira. Estas são as suas memórias, contadas 50 anos mais tarde. Recorda os tempos que viveu numa Lisboa cheia de sol, de luz, de sombras e de amores. Jack Gil relembra as mulheres que amou; o sumptuoso ambiente que se vivia no Hotel Aviz, onde espiões se cruzavam com embaixadores e reis; os sinistros membros da polícia política de Salazar ou mesmo os taxistas da cidade. Um mundo secreto e oculto, onde as coisas aconteciam "enquanto Salazar dormia", como dizia ironicamente Michael, o grande amigo de Jack, também ele um espião do MI6. Num país dividido, os homens tornam-se mais duros e as mulheres mais disponíveis. Fervem intrigas e boatos, numa guerra suja e sofisticada, que transforma Portugal e os que aqui viveram nos anos 40.

Mais um livro escrito por um jornalista português. Não tenho nada contra e até tenho curiosidade em ler. Pelo menos li as primeiras páginas de dois outros (Verão Quente e Quando Lisboa Tremeu) e gostei bastante do tipo de escrita e da primeira apresentação da acção que nos é dada.

Agora vou deixar de me queixar por uns tempos (os suficientes para ler os três livros) e entre cada um deles voltarei com a minha humilde opinião.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Com livros e sem livros

Quando lemos os livros novos que nos chegam às mãos e de repente ficamos sem nada de novo para ler, que podemos fazer? Enquanto não compramos outros, claro...

Reler os mais antigos que existem em casa?
Não. De maneira nenhuma. Podem ter sido lidos há anos, mas mal os começarmos a folhear vai chegar-nos à ideia cada acção, cada palavra e perde a graça. Ainda que existam aqueles que não nos importamos de reler e reler, vezes sem conta. Mas essa é a ultima alternativa.

Ler, aqueles que fomos passando para trás, porque tinhamos outros?
É outra alternativa. O problema é que eles foram ficando para trás, porque não nos chamavam. Foram prendas sem conhecimento de algum conhecido desprendido, ou até heranças. E se na altura não nos chamaram, agora estão mais calados que antes.

Criar uma wish list com aqueles livros que desejamos ler?
É uma boa ideia. Obriga-nos a procurar livros para quando tivermos oportunidade de adquirir e com essa procura, temos uma forma de ler um pouquinho. É uma sinopse aqui e uma ou duas criticas ali e aos poucos, sem estar a ler um livro, vamos lendo...

E da minha wish list, fazem parte, para já:

1Q84 livro 3 - que não faço ideia quando chegará a Portugal, ainda que em e-book (em português que foi tal como li os outros dois).

Quem é que tendo lido a Sombra do Vento (entre outros do mesmo autor) vai resistir ao seguimento das aventuras de Daniel Sempere?

O mais certo é ser um romance de amor piegas e lamechas (sem ofensa, mas não é o meu tipo de leitura preferido), mas gostei tanto de ler as primeiras páginas que gostaria de ler as restantes.

Li há alguns meses a "Terceira Virgem" e fiquei cativada com a escrita de Fred Vargas. O comissário Adamberg é uma figura e tanto.
Um romance policial, com muita acção, suspense e mistério, receita a que este livro não fugirá de certeza.


E já agora todos os que existem de Camilla Lackberg, porque este eu já li e gostei:
"Teias de Cinzas", os "Diários Secretos", etc, etc.

E para terminar, mais um autor sueco: Mons Kallentoft.
Como já li este
Pode ser um qualquer dos outros:
"Anjos Perdidos em Terra Queimada"- Verão, "Segredo Oculto em Águas Turvas" - Outono e "Flores Caídas no Jardim do Mal" - Primavera.
Digam lá que os títulos não nos cativam? Agora que os ponho em wish list, apesar de estarem no final, acho que vão passar para o inicio.

Chega de wishes. E os amigos e as amigas blogueiras, também têm uma wish list? Ou na vossa wish list só constam livros que já têm, mas que ainda não puderam ler?



segunda-feira, 16 de julho de 2012

1Q84 II

Neste momento estou a ler o livro II.
Desde a altura em que comecei a ler já tinha tido tempo de o terminar e muito me custa que não seja assim, mas a falta de tempo é atroz.
É o que faz ter outros projetos além da leitura. Há que dar um pedacinho do pouco tempo a cada um e tentar conciliar os vários gostos.

De qualquer forma, li o primeiro livro com mais avidez. Era a curiosidade pelo autor, pela história. E quando o livro I chegou ao fim e me dei conta que tinha, não mais um, mas mais dois para ler, se queria conhecer o fim da história, resolvi abrandar e ler com mais calma e com mais pausas... e sabe bem da mesma forma, porque a escrita de Haruki Murakami prende-nos ainda que de quando em quando nos soltemos.

Quote:
O Livro 1 revelou a existência do mundo de 1Q84. Algumas perguntas encontraram resposta. Outras permanecem em aberto: Quem é o Povo Pequeno? Como farão esses seres para abrir caminho até ao mundo real? Existirão mesmo?, como sugere Fuka-Eri. Chegarão Aomame e Tengos a reencontrar-se? «Há coisas neste mundo que é melhor nem saber», como diz o sinistro Ushikawa. Em todo o caso, o destino dos heróis de 1Q84 está em marcha. No céu, distinguem-se nitidamente duas luas. Não é uma ilusão. Murakami descreve aqui um universo singular, que absorve, que imita a realidade, e a faz sua. A narrativa decorre em dois mundos que se cruzam, qual deles o mais real e o mais fascinante - o de 1984 e o de 1Q84. A perturbante história de um amor adiado, recortada num cenário marcado pelo desencanto e pela violência. Uma fábula sobre os dilemas do mundo contemporâneo. Murakami retrata o mal-estar da sociedade japonesa que se esconde por debaixo de uma aparente quietude.
Unquote
 
Estou a meio do livro e espero que apesar de tudo, chegue ao fim mais depressa do que cheguei aqui. E quando lá chegar, direi qualquer coisa, mas positiva de certeza.
 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Por nós...

Fotografia da autoria de Paulo Madeira - Rezarei por Ti

Há tempos num blogue, no seguimento de uma mensagem o autor da mesma escreveu que tinha uma amiga que uma vez lhe dissera: "Eu sei que não acreditas, mas à noite quando rezo, também rezo por ti."

No seguimento desta minha leitura, recordei-me de um livro que já lí há uns bons anos (muitos anos) que se chamava "Chorarei por vocês", passado algures na América Latina, se não estou em erro.
Era um livro cuja acção se situava no meio de um teatro de guerra. A presença de soldados num local longe de casa, num terreno hostil, que por um motivo qualquer levavam junto com eles uma freira de uma missão católica.
Recordo-me que a campanha não correu muito bem e um grupo restrito acaba por ficar sózinho, perdido, a procurar fuga e com eles, a freira.
Quando e, isto já quase no fim do livro, em jeito de conclusão para a acção, um deles comenta algo como: "Vamos ficar por aqui, morrer por aqui sózinhos, sem que ninguém nos encontre ou saiba de nós. Quem nos irá lamentar?"
A freira que ao longo da acção nem tinha sido muito bem tratada, afinal era um empecilho na fuga daqueles soldados, respondeu: "Eu chorarei por vocês."

Ficou-me a frase na ideia.
Ficou-me a promessa entranhada e garanto que de tudo o que acontece no livro é do que eu me lembro melhor, porque é bom sabermos que em momentos atribulados das nossas vidas, ou quando achamos que estamos sózinhos e que sózinhos temos que lutar contra a maré ou apenas caminhar, há sempre alguém que se lembra de nós.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Anatomia de um Leitor


Todos os sentidos ocupados no que mais interessa.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Ler torna-nos melhores



Abre-nos a mente.
Faz-nos sonhar e conhecer pensamentos diferentes, mundos diferentes... formas diferentes de dizer coisas...

É-me muito dificil imaginar um mundo sem livros ou imaginar uma pessoa sem ler, pelo menos um livro ... ou pelo menos um capítulo... uma frase... e pensar sobre isso...

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Sob o sol do meio-dia



"Não era possível que aquilo ainda ali estivesse, depois de tanto tempo a chover. A mancha persistia como se quisesse dificultar o seu esquecimento junto dos responsáveis. Como se pretendesse que quem ali passasse e não soubesse de nada, ficasse pelo menos a pensar qual seria a circunstância que a criara. Podia parar de chover, mas nem o sol que pudesse aparecer, nem os passos descuidados de quem por ali passasse a iriam desfazer. O único consolo era que apenas os intervenientes iriam ficar a saber porque estava ali aquela mancha, porque as centenas de outros que ali passassem apenas sabiam que estava ali uma mancha. Francisco franziu a testa, apertando os olhos, como se a visão estivesse a ficar desfocada de tanto fixar o ponto manchado no chão. A visão não estava desfocada, ele estava apenas preocupado com o que Alice iria dizer quando ele lhe contasse. Tinha quase a certeza de que ela não iria entender.

“Sob o sol do meio-dia, a minha vida, vivida entre passos e penas
Sob o sol do meio-dia, a minha sorte, sorteada entre segredos
Sem sol para cortar a sombra aos meus passos,
Sem vento para aligeirar as minhas penas”




“Sob o sol do meio-dia, sem vida, perdida na hora em que foi revelada

Sob o sol do meio-dia, a minha morte, morte em vida sufocada

Com sol que me mata enquanto me revela, com vento que me sufoca enquanto vivo”



A chuva parara de facto, mas o desconforto que ela provoca quando nos deixa molhados, atingira Francisco no seu interior mais profundo e nem o livro dobrado que tinha no fundo do bolso lhe trazia consolo.

Francisco enfiou as mãos nos bolsos e encolheu os ombros em desalento. Não podia fazer nada. Tudo o que fizera para não chegar àquela situação não resultara e agora de nada lhe adiantava lamentar-se.

Era o seu legado, pensou. Tinha tanto para fazer, tão pouco feito e sem ânimo para seguir em frente."

 
Às vezes não queremos dar opinião, nem queremos que tirem alguma lição do que escrevemos ou do que lemos. Queremos apenas dar a conhecer.
E por isso, publiquei esse pequeno excerto de um conto institulado "Sob o Sol do Meio-Dia".

terça-feira, 5 de junho de 2012

Um campo sem cultivo

Há coisa de minutos, sem querer dei de caras com um blog que me deixou muito feliz. Convence_me E quando andamos desinspirados, mas desejosos de inspiração, há palavras que nos tocam no fundo e nos inspiram. Li aí, que manter um blog sem escrever é como ter um campo sem cultivo que se rega de vez em quando... E de facto, há alturas em que me sinto assim. Como um agricultor sem vontade de cultivar, sem tempo para a terra... mas é só algumas alturas, porque depois, leio posts em alguns blogs e nem que seja para as dar conhecer chega-me logo a vontade de arar, cultivar, regar e ainda que não dê fruto, dá-me um gosto que me compensa manter o blog, ainda que em poisio por mais alguns dias... Fiquei tão feliz de ter encontrado a blogger (como se diz por aí)e que conhecia de outros blogs, que aproveitei o comentário que lhe deixei para "regar" um pouquinho este meu campo de cultivo.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

1Q84

Ao contrário do que eu achava, que nunca tinha lido nada deste autor, nem conhecia o livro, este livro não trata da luta de escritores nem da concorrência entre quem escreve e quem re-escreve. Essa parte, que me estava a encantar na leitura inicial e continuou a encantar no desenvolvimento, é apenas uma forma de por a ação a andar. É uma parte importante para apresentar a situação de uma das personagens. A jovem Fuka-Eri que viveu uma infãncia algo estranha no meio de uma comuna de onde acabou por fugir com 12 ou 13 anos. É a história que Fuka-Eri escreve e que acabamos por concluir que viveu, que vai juntar, eventualmente, os dois protagonistas do livro que vivem em afazeres distintos e pelos vistos em mundos paralelos. Terminei o livro e fiquei algo "desapontada" enquanto alcançava o final e nem vislumbres da conclusão da história. Vai continuar no segundo livro e já soube que não é aí que vai acabar. Ainda há um terceiro, É mesmo para nos moer. Mas vale a pena moer e esperar, desde que a espera não seja longa demais. Aconselho este livro e se não este livro, este autor e qualquer outro livro seu. Haruki Murakami tem uma maneira demasiado interessante de expor a sociedade nipónica, para se ignorar e tenho a certeza que em qualquer livro que escreveu,esse interesse não vai perder-se.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

1Q84


Se eu alguma vez por mero acaso passasse por este livro, não o iria escolher para ler.
Não conheço o autor, a capa apesar de fora dos contextos habituais em que se pretende que as capas "resumam" as histórias que encerram, não está mal, mas o título não me diz nada. E eu sempre achei que o título era meio caminho para nos levar a ler um livro (provavelmente a maior parte das vezes ficamos desiludidos, mas a outra menor parte compensa-nos).
Falaram-me do autor do tipo de escrita, que era bom, muito nipónico, mas muito correcto e expressivo na sua apresentação dos romances e fiquei com curiosidade.

Se tivesse visto em algum lado, o resumo que copio agora, também me sentiria tentada a ler.

*****
Num mundo aparentemente normal e de contornos reconhecíveis, movem-se duas personagens centrais: Aomame, uma mulher independente, professora de artes marciais, e Tengo, professor de matemática.

Os dois estão quase a entrar na casa dos trinta anos, têm vidas solitárias e ambos se dão conta de ligeiros desajustamentos à sua volta, que os conduzirão fatalmente a um destino comum.

Falta dizer que tanto um como outro são mais do que parecem: a bela Aomame, nas horas vagas, é uma assassina que mata as suas vítimas sem deixar vestígios, levando toda a gente a pensar que morreram de morte natural; o apagado Tengo, um escritor em construção a quem o editor, Komatsu de seu nome, encarregou de trabalhar na revisão de A Crisálida de Ar, obra prometedora, nascida da imaginação (ou talvez não...) de uma adolescente enigmática, chamada Fuka-Eri.
*****

Neste momento, tenho-o comigo (em formato digital, no meu Kindle, devo ter lido umas vinte páginas que equivalem a algo como 5% de leitura - isto exagerando porque não me recordo do que o equipamento indica e ainda não me habituei à ideia da percentagem em vez das páginas) e estou a ler a parte que o final do resumo apresenta desde "apagado Tengo, um escritor... até adolescente enigmática, chamada Fuka-Eri".
Só por isto já me interessou.
Que acontecerá quando um pretenso escritor, leva uma obra sua a concurso e descobre que vai ser alterada por outro, para concorrer a outro concurso de maior importância? Não sei ainda, se é este o mote principal da trama, mas a mim já me cativou.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Clube de Leitura Bertrand

A melhor forma de apresentar um Clube de Leitura, que só pelo seu nome e para mim está apresentado, é usar as palavras dos próprios.

Quote
A Bertrand Livreiros criou o Clube de Leitura Bertrand para aqueles que gostam de uma boa conversa à volta dos livros. Aqui poderá encontrar novas leituras e aprofundá-las em encontros construtivos e enriquecedores. Uma vez por mês, todos os meses, no espaço da livraria, proporcionamos a convivência e a discussão entre quem gosta de explorar e de ir mais além, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante.
Descubra novos e interessantes livros num dos nossos clubes temáticos. Para participar só tem de se tornar membro daquele ou daqueles que forem os da sua preferência.
Boas leituras!
Unquote


Convido-os a visitarem o CLube de Leitura Bertrand

Infelizmente na altura deste convite, já deixei fugir as datas de alguns dos encontros, mas ainda vamos a tempo para muito outros.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Emprestar livros

Quem é que já se sentiu tentado a não emprestar um livro, quando alguém o pede emprestado?
De certeza quase todos os verdadeiros leitores. É que um livro é algo nosso, é um pedacinho de nós e quando emprestamos um livro estamos a abrir mão desse pedacinho que vai sair do pé de nós, vai para longe e pode não voltar...

Já tive boas e más experiências com os empréstimos de livros. Mais más que boas.

Começou na escola, quando uma vez emprestei um livro para uma colega estudar para o exame... nunca mais o vi. Não iria voltar a usá-lo, mas era meu e era um daqueles livros que interessa guardar.
Noutra altura, muito perto daquela emprestei um outro livro a alguém que na volta me emprestou ela própria um. Deu-mo quando lhe disse que já o lera e o ia devolver, e sem que eu lhe desse o meu, acabou por ir ficando com ele, até hoje.

Qualquer uma das duas, já não fazem parte do meu grupo de amigos e conhecidos, deixei de ter contato, portanto perdi os meus livros, para sempre.

O problema, é que o problema se está a repetir com pessoas do círculo atual.
Tenho dois livros emprestados, a pessoas diferentes... ad eternum (se é assim que se escreve pois linguas mortas não são o meu forte).

Não tenho coragem para dizer "olhem lá está na hora de devolver o que vos emprestei" e fico à espera. Vou dando dicas, para lembrar e várias vezes resultam, pelo menos na lembrança tipo, tenho lá o teu livro e já acabei, ou ainda estou a ler o teu livro... E o livro só é meu, porque fui eu que o emprestei, porque tê-lo de volta está dificil.

Com isto respondo eu própria à pergunta que coloquei no inicio do post: Sinto-me sempre tentada a não emprestar. Já não ofereço e tento desviar o assunto do livro quando vejo que há muito interesse.
Estou a ser egoista, tenho a certeza e sinto-me mal com isso por três motivos:
Primeiro, é feio ser egoista, conforme aprendi em criança e na verdade, acho que não sou. Gosto de partilhar, mas partilhar livros custa-me um pouco.
Segundo, eu gosto que me emprestem livros quando não tenho acesso a eles de outra forma. Livros emprestados, para mim, normalmente são sujeitos a um record de leitura e um especial cuidados de manuesamento, para os devolver rapidamente e exatamente nas mesmas condições em que os emprestaram.
Terceiro, os livros devem ser partilhados. O bom de um livro, além de tudo o que ele nos possa dar, mostrar e ensinar é mesmo o comentar e conversar sobre ele. É isso que torna o ler livros tão interessante.

Mas insisto. Emprestar um livro? Nós até conhecemos as pessoas e achamos que são cuidadosas, mas há sempre o risco, acima contado, de ficarmos sem eles e há o risco de os livros nos serem devolvidos amassados, riscados ou rasgados.
Nunca me aconteceu, porque morria ali mesmo! E aí é que nunca mais emprestava!

Acho que já resolvi uma parte do "empréstimo".
Não posso emprestar um livro, se estiver a lê-lo desta forma, não é?

Cedência digital? É uma alternativa.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Kindle

Não há nada que substitua o cheiro de um livro e o som do desfolhar das folhas de um livro, a não ser 1400 livros num só dispositivo, ou mais conforme o equipamento.

Eu que sou uma amante dos livros, de tudo o que eles encerram para os leitores e do objeto em si, fui traída por este "pequenino".

Vejam mais e digam lá se não compensa.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Livros e mais livros... sonhos em páginas cheias de palavras...

Era capaz de passar horas nestes locais...

Nem precisa estar a ler, nem precisava estar com um livro na mão...

Passar pelos diversos pisos e corredores já me enchia... ver os livros, ler as lombadas e imaginar...

Quem gosta de livros, tem que gostar destes espaços.
Podem ver mais em As 20 Mais Belas Livrarias do Mundo
E uma é portuguesa!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

a máquina de fazer espanhóis


Sinopse
Esta é a história de quem, no momento mais árido da vida, se surpreende com a manifestação ainda de uma alegria. Uma alegria complexa, até difícil de aceitar, mas que comprova a validade do ser humano até ao seu último segundo. a máquina de fazer espanhóis é uma aventura irónica, trágica e divertida, pela madura idade, que será uma maturidade diferente, um estádio de conhecimento outro no qual o indivíduo se repensa para reincidir ou mudar. O que mudará na vida de antónio silva, com oitenta e quatro anos, no dia em que violentamente o seu mundo se transforma? valter hugo mãe nasceu em Saurimo, Angola, no ano de 1971. Licenciado em Direito, pós-graduado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea. Vive em Vila do Conde. Publicou três romances: o apocalipse dos trabalhadores (2008), o remorso de Baltazar serapião, Prémio José Saramago (2006) e o nosso reino (2004). A sua obra poética está revista e reunida no volume folclore íntimo (2008). valter hugo mãe é vocalista do grupo musical Governo (www.myspace.com/ogoverno) e esporadicamente dedica-se às artes plásticas.

Pensei seriamente antes de fazer este post
.
É injusto para quem lê, um comentário de alguém que não gostou de um livro. E não gosto por achar que não é bom. Quem sou eu para criticar a qualidade de um escritor? Limito-me a dar uma opinião. Não gosto, por que não gosto do tema e não gosto porque me cansa a escrita.

Tinha curiosidade em ler valter hugo mãe e essa curiosidade foi um pouco aguçada quando soube que o autor recebeu o prémio José Saramago. E eu gosto de José Saramago.

Antes de apresentar a minha opinião, andei a "espreitar" várias opiniões e conclui que sou das poucas pessoas, pelo menos nas que acedi, que ficaram decepcionadas.

Passo a explicar:
Cansa-me o apresentação do tipo de escrita.
As famosas palavras que devem ser minúsculas pela sua igual importância, conforem explicou o autor, aliadas a parágrafos imensos, onde o diálogo se cola à narração, obrigam a uma concentração excessiva para perceber quem "fala" e dou por mim a tentar descobrir qual é o sentimento de quem está a "falar" antes de saber de quem se trata. E a dada altura já li duas linhas quando concluo que afinal aquilo já não é diálogo, é narração.
Se calhar assim é que é certo, mas dispenso esta ginástica mental. Não é necessária.
Depois, não gosto do tema. Quando falo em tema, não me refiro aos idosos e aos lares de terceira idade. Refiro-me à acção da história.
Li pela curiosidade acima explicada, mas nem assim fui ajudada. Agora falo do tema e digo que é um tema especial, forte que marca quem se importa e faz pensar até quem não se importa. Pelo que li, e não li o livro todo, valter hugo mãe tem um vocabulário riquissimo e apresenta muito bem, no seu ponto de vista, o que é a verdade dos lares da terceira idade contada por um idoso.
Mas não foi suficiente e acho que nunca irei terminar o livro. Para eu poder gostar, precisava de mais acção.
Estarei a ser injusta? Provavelmente se não gosto deste tipo de tramas, sem acção.
Gosto de ler por vários motivos, importantes ou não, são os meus, sem contar com aqueles motivos que nos tocam em alturas especiais da nossa vida e que nos levam a ler determinado livro.

1º para aprender coisas que desconhecia
2º para relembrar coisas que já sabia, sob pontos de vista diferentes
3º para passar tempos livres
4º para me divertir apenas por divertir
5º para me emocionar
E pelos vários motivos apresentados, o que li apenas me completou o terceiro ponto.
Dispenso dar a opinião sobre se devem ler ou não este livro. Embora e de certeza, não liguem à minha opinião, acho que cada um deve ir ler este ou qualquer outro livro, movido pela sua própria curiosidade e não apenas porque alguém disse que devem ler.

sábado, 21 de janeiro de 2012

O Medo do Homem Sábio (cont)


Terminei de ler. Li sem pressas, calmamente.
Posso dizer que gostei mais deste do que do primeiro? Ou será por estar mais recente?
Sem desfazer porque gostei imenso do anterior, mas como relata muito tempo da vida de Kvothe faz com que passemos pela sua vida ao de leve, embora nos fiquem as memórias do que lhe aconteceu.
Este segundo livro (segundo dia de narrativa) abarca menos tempo e o espaço físico é mais restrito e isso leva a que nos concentremos melhor no que aconteceu.
O certo é que gostei muito e de tal forma que me fez ir reler os últimos capítulos do anterior para refrescar a memória e perceber melhor o que se escreve no inicio.

Agora tenho que ir comprar a parte II, deste segundo dia, porque não convém perder o fio à meada, como aconteceu entre o Nome do Vento e este.

Se ainda não começaram a ler as Crónicas do Regicida, corram para a livraria mais próxima e comprem o Nome do Vento e depois O Medo do Homem Sábio, parte I e II e depois... vamos esperar pelo terceiro dia de narrativa, para ver se Bast o aprendiz do Kvothe estalajadeiro consegue alcançar o objetivo que o levou a chamar o Cronista: o despertar de um Kvothe adormecido.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Medo do Homem Sábio


"Agora em O Medo do Homem Sábio, Dia Dois das Crónicas do Regicida, uma rivalidade crescente com um membro da nobreza força Kvothe a deixar a Universidade e a procurar a fortuna longe. À deriva, sem um tostão e sozinho, viaja par Vintas, onde, rapidamente, se vê enredado nas intrigas políticas da corte. Enquanto tenta cair nas boas graças de um poderoso Nobre, Kvothe descobre uma tentativa de assassínio, entra em confronto com um Arcanista rival e lidera um grupo de mercenários, nas terras selvagens, para tentar descobrir quem ou o quê está a eliminar os viajantes na estrada do Rei. Ao mesmo tempo, Kvothe procura respostas, na tentativa de descobrir a verdade sobre os misteriosos Amyr, os Chandrian e a morte da sua família. Ao longo do caminho Kvothe é levado a julgamento pelos lendários mercenários Adem, é forçado a defender a honra dos Edema Ruh e viaja até ao reino de Fae. Lá encontra Felurian, a mulher fae a que nenhum homem consegue resistir, e a quem nenhum homem sobreviveu… até aparecer Kvothe. Em O Medo do Homem Sábio, Kvothe dá os primeiros passos no caminho do herói e aprende o quão difícil a vida pode ser quando um homem se torna uma lenda viva."

Este está em leitura.

Foi prenda de Natal e comecei... só comecei... ligeiramente, porque com as festas o tempo tem sido pouco.

No inicio da leitura, houve menções ao livro anterior e confesso que me recordo de poucas delas, no dito livro.

Suponho que esta semana a leitura vai intensificar, mas quero ver se leio sem pressa de acabar, como aconteceu com o primeiro - estabeleci uma meta de x capitulos por serão de leitura a que não obedeci. E acredito que foi por isso que algumas ideias ficaram apenas no ar...