segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Segredo Oculto em Águas Turvas





Pelo espaço de tempo desde que pus a minha última opinião à cerca de um livro, até pode parecer que parei de ler, mas não parei. Apenas não tenho lido com muito afinco, porque vou pondo outras coisas pelo meio da leitura... Ando há mais de duas semanas a ler este...


Sinopse
Chove torrencialmente sobre Skogså, a relíquia medieval nos arredores de Linköping, e as grandes gotas caem pesadamente sobre o corpo que flutua nas águas do fosso que rodeia o castelo. O advogado Jerry Petersson, o novo e rico proprietário, conhecido pelo seu espírito impulsivo e irascível, nunca mais resolverá novos casos.
Chamada a investigar o crime, Malin Fors suspeita dos Fågelsjö, uma família aristocrática que, por problemas financeiros, foi forçada a vender a Jerry Petersson a propriedade há séculos na família. Mas seria isso motivo suficiente para um homicídio? Ou será que por detrás dos muitos milhões, das obras de arte valiosas, dos fatos caros, e do sucesso nos negócios, Jerry Petersson não era quem parecia?
Acompanhando Malin, do outro lado de uma tela finíssima, a sombra da vítima vai desfiando a memória do seu passado e dos acontecimentos que conduziram à sua morte.
Segredo Oculto em Águas Turvas é o terceiro volume da aclamada série do autor que descreve a trajetória da inspetora Malin Fors, iniciada em Sangue Vermelho em Campo de Neve e Anjos Perdidos em Terra Queimada. Segredo Oculto em Águas Turvas confronta-nos com as imprevisíveis consequências do abuso de poder nas relações familiares, nas ligações amorosas e no implacável mundo dos negócios, num crescendo de intriga e emoção.
Segredo Oculto em Águas Turvas de Mons Kallentoft
 
... Não é que seja dificil de ler.
Já li mais do mesmo autor e até gosto. Gosto, mas este começa a cansar-me e deve ser por isso que a leitura pouco avança.
Tenho curiosidade em saber quem e porque mataram Jerry Petersson, mas já me cansa a ressaca constante da investigadora Malin Fors.
Devido a problemas de natureza pessoal que a transtornam muito (um livro atrás a filha foi quase vitima mortal de um serial killer, a falta de resolução de um caso que ficou desde o primeiro livro - Maria Durval uma jovem violada que foi encontrada a vaguear num bosque e que está internada no hospicio e, a briga com o ex-marido e a filha que não quer viver com ela (porque será?)), Malin Fors afoga as mágoas na bebida. E afoga mesmo, porque bebe de tudo um pouco, aos litros, anda sempre em ressaca ou quase em coma alcoólico e não há meio de acalmar a sede.

Há outro ponto, além da ressaca que também não me agrada a 100%
Pode até ser novidade neste tipo de livros (e confesso que no primeiro foi curioso), mas estou a  começar a fartar-me dos monólogos dos mortos. Vamos sabendo o que eles sentem acerca do que se passa e do que se passou nas suas vidas, e acho que isso eu até dispensava, mas o autor gosta e deve haver igualmente quem goste e lá estão eles... mas duas coisas que me desagradam numa história, já são coisas a mais e é por isso que está a demorar tanto...
 
Espero que agora que estou nos 90% de leitura (e-book) o autor dê menos importância à bebedeira, ou a desintoxique e finalmente nos explique quem e porquê matou o Jerry e já agora o segundo morto (este também expressa os seus sentimentos), e tenho a certeza que ainda não é desta que resolve o caso de Maria Durval, até porque há um quarto livro.
E embora as histórias base sejam independentes umas das outras em cada livro, há sempre a ligação do desenvolvimento da vida pessoal de Malin e a obsessão na resolução do caso de Maria e para percebermos o porquê de certas atitudes, até convém que sejam lidos por ordem, ainda que a ordem das estações do ano não esteja correcta.
Sangue Vermelho em Campo de Neve - Inverno
Anjos Caidos em Terra Queimada - Verão
Segredo Oculto em Águas Turvas - Outono
Flores Caídas no Jardim do Mal - Primavera (este vai já a seguir e espero que seja mais "chamador").

Não me faz diferença nenhuma que as estações não estejam em linha, mas era mais engraçado, até porque a editora tentou apresentar os livros nas estações do ano respectivas e teve que saltar uma estação entre os dois primeiros e outra entre os dois ultimos. Sem necessidade nenhuma, até porque estavam escritos