segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Angelologia


"Desde o início dos tempos que os nefilins, a raça que descende de anjos e humanos, procura dominar a humanidade semeando o medo, provocando guerras e infiltrando-se nas mais poderosas e influentes famílias da história. Apenas a sociedade secreta de angelologistas, com os seus conhecimentos ancestrais, tem conseguido detê-los. Agora, a Irmã Evangeline do Convento de Santa Rosa, no estado de Nova Iorque, está prestes a juntar-se a eles. Mas conseguirá ela resistir ao imenso poder dos nefilins e evitar o apocalipse? Uma narrativa vigorosa, complexa e inteligente que funde elementos bíblicos, míticos e históricos e envolve o leitor da primeira à última página."

A primeira vez que me dei conta deste livro, confesso que não me despertou muita curiosidade. Descendentes de anjos e homens... bah! Alguma treta (perdoem-me o calão). Mas a dada altura, por mero acaso, tive oportunidade de ler o primeiro capítulo e achei interessante - Uma jovem freira, encerrada num convento (que ainda por cima venera especialmente os anjos) a dar de caras com alguma correspondência misteriosa. E aí pensei: Vamos então ler para ver o que a freira descobre e em que aventuras se vai envolver, com a ajuda de alguém de fora, claro e que segredos vai desvendar. E pensei que iam descobrir que existiam esses nefilins, ou que sejam e, tentar vencê-los e no final provar, ou pelo menos tentar provar alguma coisa, sobre as relações entre o Céu e a Terra.
Mas não foi exactamente assim.
Estava mais que provado que os nefilins existiam. Uma trupe de anjos malvados que viviam ao longo dos tempos, apenas interessados em si próprios e na sua própria beleza. Que viviam a exibir as asas - entre familia, claro - asas azuis, douradas, vermelhas, etc e a fazer maldades aos outros.
Isto para mim não são anjos, são demónios.

Gostei da missão da Irmã Evangeline, das incursões ao passado que a autora fez o favor de nos relatar. Gostei das cartas dos vários personagens, e até aceitei que no final Evangeline fosse uma nefilin. Aliás, tudo o fazia prever. Só não gostei mesmo foi das festas de "jet-set" dos nefilins.
Gostava que a coisa tivesse sido mais misteriosa e obscura. Uma busca de situações do passado e a descoberta, no presente, da existência destas criaturas e a vitória sobre elas, se são assim tão más, ou algo semelhante.

Tirando este aparte, pode ler-se. Ou melhor, lê-se bem. A mim só me desgostou porque para mim anjo, é sinónimo de pureza, bondade e poder. Nâo exibição e maldade. Certo que os nefilins não são anjos a 100%, mas pronto... é a minha opinião.

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