Por muito que se leia ou que se escreva fica sempre um espaço em branco... para podermos continuar...
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Ler torna-nos melhores
Abre-nos a mente.
Faz-nos sonhar e conhecer pensamentos diferentes, mundos diferentes... formas diferentes de dizer coisas...
É-me muito dificil imaginar um mundo sem livros ou imaginar uma pessoa sem ler, pelo menos um livro ... ou pelo menos um capítulo... uma frase... e pensar sobre isso...
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Sob o sol do meio-dia
"Não era possível que aquilo ainda ali estivesse, depois de tanto tempo a chover.
A mancha persistia como se quisesse dificultar o seu esquecimento junto dos responsáveis. Como se pretendesse que quem ali passasse e não soubesse de nada, ficasse pelo menos a pensar qual seria a circunstância que a criara.
Podia parar de chover, mas nem o sol que pudesse aparecer, nem os passos descuidados de quem por ali passasse a iriam desfazer.
O único consolo era que apenas os intervenientes iriam ficar a saber porque estava ali aquela mancha, porque as centenas de outros que ali passassem apenas sabiam que estava ali uma mancha.
Francisco franziu a testa, apertando os olhos, como se a visão estivesse a ficar desfocada de tanto fixar o ponto manchado no chão. A visão não estava desfocada, ele estava apenas preocupado com o que Alice iria dizer quando ele lhe contasse.
Tinha quase a certeza de que ela não iria entender.
“Sob o sol do meio-dia, a minha vida, vivida entre passos e penas
Sob o sol do meio-dia, a minha sorte, sorteada entre segredos
Sem sol para cortar a sombra aos meus passos,
Sem vento para aligeirar as minhas penas”
Sob o sol do meio-dia, a minha sorte, sorteada entre segredos
Sem sol para cortar a sombra aos meus passos,
Sem vento para aligeirar as minhas penas”
“Sob
o sol do meio-dia, sem vida, perdida na hora em que foi revelada
Sob
o sol do meio-dia, a minha morte, morte em vida sufocada
Com
sol que me mata enquanto me revela, com vento que me sufoca enquanto vivo”
A chuva parara de facto, mas o desconforto
que ela provoca quando nos deixa molhados, atingira Francisco no seu interior
mais profundo e nem o livro dobrado que tinha no fundo do bolso lhe trazia
consolo.
Francisco enfiou as mãos nos bolsos e
encolheu os ombros em desalento. Não podia fazer nada. Tudo o que fizera para
não chegar àquela situação não resultara e agora de nada lhe adiantava
lamentar-se.
Era o seu legado, pensou. Tinha tanto para
fazer, tão pouco feito e sem ânimo para seguir em frente."
Às vezes não queremos dar opinião, nem queremos que tirem alguma lição do que escrevemos ou do que lemos. Queremos apenas dar a conhecer.
E por isso, publiquei esse pequeno excerto de um conto institulado "Sob o Sol do Meio-Dia".
terça-feira, 5 de junho de 2012
Um campo sem cultivo
Há coisa de minutos, sem querer dei de caras com um blog que me deixou muito feliz.
Convence_me
E quando andamos desinspirados, mas desejosos de inspiração, há palavras que nos tocam no fundo e nos inspiram.
Li aí, que manter um blog sem escrever é como ter um campo sem cultivo que se rega de vez em quando...
E de facto, há alturas em que me sinto assim. Como um agricultor sem vontade de cultivar, sem tempo para a terra... mas é só algumas alturas, porque depois, leio posts em alguns blogs e nem que seja para as dar conhecer chega-me logo a vontade de arar, cultivar, regar e ainda que não dê fruto, dá-me um gosto que me compensa manter o blog, ainda que em poisio por mais alguns dias...
Fiquei tão feliz de ter encontrado a blogger (como se diz por aí)e que conhecia de outros blogs, que aproveitei o comentário que lhe deixei para "regar" um pouquinho este meu campo de cultivo.



Subscrever:
Mensagens (Atom)