quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O Tempo Entre Costuras



«O Tempo entre Costuras» é a história de Sira Quiroga, uma jovem modista empurrada pelo destino para um arriscado compromisso; sem aviso, os pespontos e alinhavos do seu ofício convertem-se na fachada para missões obscuras que a enleiam num mundo de glamour e paixões, riqueza e miséria mas também de vitórias e derrotas, de conspirações históricas e políticas, de espias.
Um romance de ritmo imparável, costurado de encontros e desencontros, que nos transporta, em descrições fiéis, pelos cenários de uma Madrid pró-Alemanha, dos enclaves de Tânger e Tetuán e de uma Lisboa cosmopolita repleta de oportunistas e refugiados sem rumo.



Quando em 2009, este livro foi lançado e andou falado pelos meios informativos ao nosso alcance, pensei que era um livro que queria ler.
Mas porque não o comprei logo, porque não tive quem o emprestasse e porque meti outros à frente, fui perdendo aquele interesse inicial.
Andou sempre pelas minhas wish lists de leitura, mas por algum motivo, havia sempre algum que se metia pela frente.
Que desperdício!!
Tantos anos para pegar neste livro e ler!

É do melhor que ultimamente li. Um romance de amor e traições (nem todas de amor) uma pequena enciclopédia sobre o estado do mundo e de Espanha antes e durante a guerra civil e a  II Grande Guerra e um vaivém de espiões e agentes secretos. Tudo apresentado de uma forma tão interessante que não nos dá o aborrecimento de livros de história, nem a moleza de romances de amor e o amor está lá. E é assim que eu gosto de o ler, fazendo parte da narração, sem sem a parte principal!
A narrativa é tão viva que não querendo comparar um livro com um filme, faz-nos recordar aqueles bons filmes de espiões e agentes secretos em que nos sentimos parte integrante da história que apresenta. E com este livro, acontece isso, estamos lá. Não contribuímos para nada, mas estamos lá, na acção, na primeira fila.

O tipo de escrita é leve, fluido, apelativo e quando temos que por o livro de parte, para outros afazeres, ficamos desejando recuperá-lo para continuar a ler. E isto, meus amigos, é o supra sumo da leitura! É assim que um livro nos deve fazer sentir.

Não vou falar dos personagens, porque não tenha nada a dizer, está tudo dito no livro! Por isso, leiam se ainda não leram. Não percam o tempo que eu perdi e se só agora ouviram falar, aproveitem!

3 comentários:

Joana disse...

Oi Maria João,
despertou minha curiosidade. Eu gosto de livros assim, com história e ação. Vou procurar. Bjs
Joana

José Marcos Serra disse...

É, de facto, excelente.A imagética é de tal modo perfeita que conseguimos desenhar na mente as personagens e as cenas.

O meu pensamento viaja disse...

Gostei imenso!
Li logo que apareceu.
Beijo