sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A Rapariga no Comboio

Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.

Até que um dia... 

Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. 

Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.




Embalada pelas criticas que li sobre este livro, quis muito lê-lo e quis o destino que fosse permitido interromper o que tinha iniciado, para ler este.
A forma como está escrito, leva-nos a que nos interessemos pelo que Rachel se interessa. Desejamos querer saber das vidas das pessoas das casas por onde o comboio passa. Um pouco de "voyeur" que todos temos, mas em graus ligeiros e não prejudiciais.
Quando soube que Rachel é obcecada pelo ex-marido e que é alcoólica, o interesse esmoreceu ligeiramente e só me irritava cada vez que fazia parvoíces e se "encharcava", até que percebi que se ela não fosse assim o enredo não tinha como subsistir.
Foram os pedaços esquecidos das suas experiências que tornaram a investigação (a nossa como leitores) interessantes, porque a investigação só aconteceu feita por Rachel, para nosso conhecimento e porque a investigação da policia não interessava.
A apresentação do enredo está soberba. Irritamos-nos com as bebedeiras de Rachel mas começamos a querer ajudá-la. E com a sua obsessão ela própria se ajuda a si, mau grado todos os riscos que corre e os disparates que faz.
A conclusão é magnifica e porque sou ingénua nunca pensei nisso, mas não me deixou espantada quando me dei conta do desfecho e do culpado. Era a conclusão mais brilhante que podia acontecer. Qualquer outra seria vulgar.

Aconselho vivamente, como costuma dizer-se.

2 comentários:

Catarina H. disse...

Parece bem interessante esse livro. Adoro policiais e de preferência daqueles que não se consegue descobrir o desfecho durante o livro, só no fim.
Agora ando numa de ler livros da Agatha Christie, a rainha do género policial, gosto bastante.
Beijinhos e boa semana!

Patricia Merella disse...

Olá Maria João,parece muito interessante!
obrigada pela dica e um feliz final de semana,
obrigada pelo carinho,
beijinhos