Se alguém perguntar por mim... fui ali e já venho (ou não).
Por muito que se leia ou que se escreva fica sempre um espaço em branco... para podermos continuar...
terça-feira, 19 de agosto de 2014
quarta-feira, 18 de junho de 2014
Estrada da Noite
Durante dezoito anos Jude Farraday colocou as necessidades dos filhos antes das suas. Os gémeos Mia e Zach são adolescentes inteligentes e felizes. Quando Lexi Baill chega àquela fechada comunidade, ninguém se mostra mais amistosa que Jude. Porém, numa noite de Verão, os seus piores receios concretizam-se. De um momento para o outro a família Farraday será desfeita e Lexi perderá tudo.
Nos anos seguintes, cada um deles terá de enfrentar as consequências daquela noite e arranjar maneira de esquecer... ou, coragem para perdoar os que se amam.
Quando me emprestaram este livro, resumiram a história e disseram é tão linda, tão linda, confesso que fiquei de pé atrás. Tinha todo o ar de um romance banal e tal e tal... eu com a mania...
Comecei a ler e a ideia do romance banal manteve-se, mas... Fez lembrar aqueles filmes, normalmente americanos, de adolescentes que se apaixonam, com famílias perfeitas de classe média alta e que a dada altura sofrem alguns contratempos, mais ou menos graves, mas que no fim tudo de resolve. E voltamos ao mas... a escrita é tão simpática e tão fluída que nos sabe bem ler a história banal, mais ou menos elaborada e até chegamos a torcer pelos personagens e a sentir um pouco o que eles sentem.
A personagem principal, Jude, teve momentos em que com tanta dor, tanto sofrimento que a tornou egoísta, fechada no seu sofrimento, esquecendo tudo e todos ao seu redor, me irritou. Se calhar é assim que as pessoas reagem a uma dor muito forte.
Se quiserem ler, uma história bem escrita, leve e bonita, apesar do sofrimento no seu meio, podem ler esta que vão gostar.
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sexta-feira, 6 de junho de 2014
Cem Anos de Solidão
«Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo.» Com estas palavras - tão célebres já como as palavras iniciais do Dom Quixote ou de À Procura do Tempo Perdido - começam estes Cem Anos de Solidão, obra-prima da literatura contemporânea, traduzida em todas as línguas do mundo, que consagrou definitivamente Gabriel García Marquez como um dos maiores escritores do nosso tempo. A fabulosa aventura da família Buendía-Iguarán com os seus milagres, fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e condenações são a representação ao mesmo tempo do mito e da história, da tragédia e do amor do mundo inteiro.
Este é o terceiro livro que leio de Gabriel Garcia Marquez. Os anteriores foram, Amor em Tempos de Cólera e Crónica de Uma Morte Anunciada.
Relativamente ao terceiro não aconteceu, porque a acção se passa em dias, mas a mestria com que o escritor nos faz passar por anos de vida das famílias, sem nos aborrecermos, quando damos por nós, passou um século, no caso deste livro e as personagens não estão perdidas, nem bafientas, são até muito recentes as do final, mas parece-nos que sempre estiveram presentes na história.
"Considerado um dos melhores livros de literatura latina já escritos, sua história passa-se numa aldeia fictícia e remota na América Latina chamada Macondo. Esta pequena povoação foi fundada pela família Buendía – Iguarán.
A primeira geração desta família peculiar é formada por José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán. Este casal teve três filhos: José Arcadio, que era um rapaz forte, viril e trabalhador; Aureliano, que contrasta interiormente com o irmão mais velho no sentido em que era filosófico, calmo e terrivelmente introvertido; e por fim, Amaranta, a típica dona de casa de uma família de classe média do século XIX. A estes, juntar-se-á Rebeca, que foi enviada da antiga aldeia de José Arcadio e Ursula, sem pai nem mãe.
A história desenrola-se à volta desta geração e dos seus filhos, netos, bisnetos e trinetos, com a particularidade de que todas as gerações foram acompanhadas por Úrsula (que viveu entre 115 e 122 anos). Esta centenária personagem dará conta que as características físicas e psicológicas dos seus herdeiros estão associadas a um nome: todos os José Arcadio são impulsivos, extrovertidos e trabalhadores enquanto que os Aurelianos são pacatos, estudiosos e muito fechados no seu próprio mundo interior.
Os Aurelianos terão ao longo do livro a missão de desvendar os misteriosos pergaminhos de Melquíades, o Cigano, que foi amigo de José Arcadio Buendía. Estes pergaminhos têm encerrados em si a história dramática da família e apenas serão decifradas quando o último da estirpe estiver às portas da morte."
E não há mais nada a dizer, porque tudo o que se disser é pura especulação, a não ser que aconselho a leitura.
Só um aparte, uma questão prática:
O que eu dava por este esquema e por esta informação quando estava a ler o livro. Confesso que houve alturas em que desesperei e tive que fazer um esforço extra para identificar correctamente cada personagem, tal era a repetição de nomes na família.
Só um aparte, uma questão prática:
O que eu dava por este esquema e por esta informação quando estava a ler o livro. Confesso que houve alturas em que desesperei e tive que fazer um esforço extra para identificar correctamente cada personagem, tal era a repetição de nomes na família.
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sexta-feira, 23 de maio de 2014
A Ameaça
É o primeiro livro que leio do autor e com tanto bem-dizer à sua volta, achei que o deveria fazer.
Vi uma série baseada em livros seus (Os Pilares da Terra) e não pude dizer que me cativasse. Mas, atentos, que uma série não é um livro e ficção histórica, não é o meu tema predilecto.
Portanto, quando soube do que tratava A Ameaça, não hesitei e li em uma semana, o que me parece um bom recorde para quem lê apenas um pedaço ao serão.
A escrita é muito fluente e não nos atrapalha com demasiados termos técnicos, apenas os suficientes e que são impostos pelo tema do livro. A acção decorre em um par de dias, sendo a ultima parte e a mais empolgante passada no serão da véspera de Natal.
Na altura do assalto ao laboratório, dei por mim a desejar que Kit conseguisse roubar o vírus sem que Toni Gallo chegasse a tempo de o deter, o que de fato aconteceu ou não teria graça.
Nessa altura e a dada altura, dei por mim a questionar-me por que razão estava do lado de Kit, um filho mal portado que desejava vingar-se de um pai que não estava para lhe aturar as loucuras e ao mesmo tempo livrar-se de uma dívida de jogo que punha a sua vida em risco, em prol de uma funcionária do laboratório, ex-policia, que queria a todo custo manter a segurança da empresa depois de um desagradável episódio de roubo, anterior e menos perigoso. Percebi depois de ler mais uma ou duas páginas. Ao contrário do que a maior parte dos leitores (críticos) dizem, devo confessar que Toni Gallo não me cativou.
Achei-a desinteressante, apenas interessada no seu amor (não correspondido ??? até ver) pelo patrão, bastante mais velho e no querer fazer boa figura, e na sua luta desinteressante com um ex-companheiro policia armado em bom, ou mau.
Dos outros personagens, gostei de Miranda e de Craig. A primeira sem grandes heroísmos e o segundo com heroísmos de um jovem assustado, deram o seu contributo na resolução do assunto, concluído por Toni Gallo que airosamente mostrou que tinha sido uma boa policia se continuasse por essa via, e tinha que mostrar alguma coisita mais.
A conclusão demasiado melosa e em uma vertente mais erótica, não me disse nada e foi suficientemente curta para não aborrecer e ficarmos a saber o fim de todos os criminosos.
Houve um elemento de suavidade e quase hilariante na história, a cortar alguns dos momentos mais densos do livro, a mãe de Toni Gallo que está comodamente sentada à lareira, ao lado da árvore de Natal, a fazer festas a um cachorro que tem ao colo, enquanto ao seu redor se desenrolam lutas e tiros, em um alheamento que nos confirma o padecer de Alzheimer já dado a entender desde a sua primeira aparição no livro.
Acho que não vai ser o único Ken Follet que me vai passar pelos olhos.
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quinta-feira, 22 de maio de 2014
"Cartas"
O meu exemplar já cá canta e como tal, visto que já está editado e distribuído, portanto sujeito a leituras, já posso partilhar a carta com que participei na colectânea.
Querido eu,
Faz tanto tempo que
não te escrevo e hoje ao sentar-me debaixo daquela árvore onde gostava de
passar horas a ler, lembrei-me de mim.
Lembrei-me das vezes
em que iniciava um livro, convicta de que era o tal e a meio livro lido, o
punha de lado, porque não estava a seguir o tema ou o contexto que eu esperava.
Largava-o e de olhos fechados, embalada por uma brisa ou pelo calor do sol,
imaginava como seria se eu o escrevesse à minha vontade.
E aí, nessa altura,
já sabes, era um desenrolar de personagens que seguiam por caminhos que eu
imaginava e lutavam contra todo o tipo de monstros, monstros esses que nunca o
eram, pois já sabes o que penso de histórias de terror.
Pois é, querido eu,
era normalmente uma história singela, com sentimentos simples e onde os
personagens nunca tinham duvidas existenciais ou conflitos sentimentais. Por
falar em conflitos sentimentais, lembras-te daquela história que comecei a
escrever uma vez, em que os personagens se apaixonaram, do nada, e depois
começaram a procurar razões para continuarem apaixonados e deitaram tudo a
perder e acabaram por ficar sozinhos, no final?
É por isso que não
gosto de livros de histórias de amor. O amor deveria ser simples, fácil e não
cheio de intrigas e de más-línguas ou qualquer outro tipo de conflitos. Há
tantos autores que escrevem livros inteiros sobre esse tipo de romances. No
final das suas trezentas ou quatrocentas páginas, acabam felizes (?) ao lado um
do outro, mas até lá chegarem… é sofrimento demais. Tanto, que não sei se a
felicidade final é real.
A última vez que me
lembrei de mim, querido eu, estava sentada em um lugar menos aprazível, à
espera de receber uma notícia qualquer que agora não interessa, mas na altura
iria como que resolver um degrau da minha vida, e sentia-me desanimada.
Não escrevia nada há
tanto tempo, que de repente, tive receio que fosse ficar para sempre assim, sem
imaginar histórias boas, sujeita a realidades menos agradáveis, como as
daqueles livros que deixava a meio.
Achei que deveria
fazer alguma coisa por mim, e então mal cheguei a casa, em um canto, onde
ninguém me incomodasse, peguei em caneta e em papel, sempre gostei de escrever
em cadernos, porque as folhas presas umas às outras, mantinham os fios da
história colados e aproveitei a notícia que recebera antes e iniciei uma
história. Galguei sentimentos, mundos, lugares, mas os meus personagens viveram
além das dores que puderam sentir e não morreram, porque já sabes que não gosto
de criar personagens para depois os matar. É por isso que apesar do sentimento
que me toca quando inicio uma história, dou-lhe a volta, para que não sejam
infelizes.
É por isso que gosto
mais de me lembrar de mim, quando estou feliz e felizmente, faço por estar
feliz muitas vezes, mesmo quando há qualquer coisa de uma história de amor
atribulada, ou de uma história de terror na minha vida.
Temos que ser mais
fortes, querido eu, mais felizes, para que as nossas histórias, possam dar
alegria a quem as lê. Gosto de dar alegria a quem lê, mesmo que seja uma
alegria passageira.
Não te esqueças que a
felicidade, não é um estado adquirido, mas um conjunto de pequenas coisas que
nos vão fazendo felizes.
Por isso, querido eu,
qualquer momento é um bom momento para escrever, seja o que for, desde que seja
feliz.
Sê feliz e até mais.
E serão mais, porque com esta carta, decidi que vou escrever-me mais vezes.
segunda-feira, 5 de maio de 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Estou na Lua
Estou na Lua
Não me chateies que eu agora estou na Lua
E em breve vou chegar ao céu
Não costumo concorrer a certos passatempos, porque raramente sou seleccionada para alguma coisa. Desta vez concorri e aí estou eu.
Não me chateies que eu agora estou na Lua
E em breve vou chegar ao céu
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Não costumo concorrer a certos passatempos, porque raramente sou seleccionada para alguma coisa. Desta vez concorri e aí estou eu.
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