Surpresa, percebe que todos acreditam que ela estava... morta. Emma descobre que sua antiga vida foi apagada. O apartamento onde vivia acaba de ser alugado para um novo inquilino, o misterioso fotógrafo Dominic. No escritório de advocacia, no qual construía uma carreira brilhante com possibilidade de conseguir o cargo de sócia, a sua rival Sophie apossou-se não só de seus clientes e de sua sala, mas também de seu namorado, Craig.
À medida que vamos lendo, vamos conhecendo um pouco do que Emma viveu em África. Muito pouco, na realidade, mas se calhar a autora achou suficiente, para entendermos a falta de contacto de Emma com os seus relacionamentos, a tal ponto que foi dada como morta.
E quando Emma finalmente, regressa a casa, verifica que nada da sua vida anterior está igual. Não tem casa, porque o apartamento deixou de ser pago e foi alugado a outro, não consegue encontrar nem amigos, nem namorado, porque andam fora ou estão incontactáveis. Apenas consegue, por especial favor, por pena, que a deixem ficar na casa que outrora foi sua.
Consegue o emprego de volta, mas em condições diferentes de quando o deixou e a partir daí vai haver um desenrolar de acção com a duvida entre recomeçar pegando no fio que ficou partido ou esquecer esse fio e pegar em outra meada.
Lê-se bem pois a escrita é fácil e a acção leve, apesar de toda a aflição da personagem.
Há um enredo curto pelo meio que tem a sua graça, quando Emma consegue resolver um roubo de um quadro que custaria milhões à seguradora cliente da empresa onde trabalha, e a acção principal termina da forma que esperávamos. Este é um romance, leve, de amor, onde a autora quis misturar sentimentos diversos sobre outros temas que nunca foram devidamente explorados - o caso da vida de Emma em África durante 6 meses que a levaram a deixar de tentar contactar os amigos. Nunca percebemos muito bem como ela se entranhou numa associação de ajuda humanitária em Africa. Fala-se dos sentimentos de desagrado para com o pai que a abandonara e à mãe, anos antes e até a vemos ir ao cemitério e saber que o pai coloca flores na campa da mãe e ficamos por aí...
O principal aqui é como vai avançar a sua relação com Dominic, porque com Craig, o principio do fim foi quando ela foi para África, onde iria passar apenas um mês e concluiu quando o encontrou e soube que ele andava com outra pessoa.
Não é o meu tipo de leitura preferido, até porque não me enche, mas serviu para preencher as horas que o demorei a ler.
Podem ler que não vão morrer de excesso de adrenalina, nem de aborrecimento, já agora.
3 comentários:
E eu às voltas com as 800 páginas do "O demónio da depressão" - também interessantíssimo.
Beijo
Eu estou à tempos querendo acabar o pêndulo de foucault de
Umberto Eco.Este parece interessante,feliz dia querida!
beijinhos
Teu relato fez despertar meu interesse pelo livro, talvez porque nesse tema quem nunca? não é mesmo? vou procurar. Beijos
Joana
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