sexta-feira, 3 de maio de 2013

Distopia

Em Filosofia, através da mesma raiz etimológica surge o termo distopia (ou antiutopia) como o oposto de utopia. A distopia é um pensamento filosófico que caracteriza uma sociedade imaginária controlada pelo Estado ou por outros meios extremos de opressão, criando condições de vida insuportáveis aos indivíduos. Normalmente tem como base a realidade da sociedade atual idealizada em condições extremas no futuro.

Em uma semana, dei por mim a ler sinopses de mais de um livro em que o tema distopia estava presente.





A Guerra dos Esporos matou todos aqueles que tinham mais de vinte anos e menos de sessenta. A Destinos Primordiais aluga corpos adolescentes aos Terminantes, seniores com centenas de anos que querem ser jovens outra vez.
É a partir deste cenário perturbador que Lissa Price constrói a acção desta distopia, que se passa num hipotético futuro, talvez não muito distante, que nos faz pensar que poderá de facto acontecer. Uma história inteligente, uma narrativa ágil e fluída, uma trama viciante que a
autora conseguiu combinar com mestria e que prende o leitor até à última página
 
 
 
 
 
The Hunger Games é ambientado em uma nação chamada Panem, durante um período futurístico não definido, após a destruição da América do Norte. Panem é formada por uma poderosa cidade central, conhecida como Capital, que é rodeada por doze distritos mais pobres, definidos por uma sequência numérica que vai de 1 a 12. Algum tempo antes do início dos eventos do livro, havia um 13º distrito, que foi eliminado pela Capital nos chamados Dias Escuros por terem se rebelado. Para evitar novos levantes e lembrar às pessoas do seu poder, a Capital criou os Jogos da Fome / Jogos Vorazes, uma competição anual que é transmitida ao vivo pela televisão para toda a população de Panem. Para os Jogos, durante uma celebração chamada Dia da Colheita, são selecionados por sorteio uma garota e um garoto entre doze e dezoito anos de cada distrito. Os tributos, como são chamados, são forçados a entrar em uma perigosa arena, controlada pela Capital, e precisam lutar até a morte para que, no fim, reste apenas um sobrevivente.
 
No Universo dos Leitores, existe um Top das Distopias da Leitura
 
E embora não sendo alarmista, nem dada a teorias das conspiração, começo a verificar que a distopia está a ser posta em prática mais ou menos discretamente, na nossa realidade, e vai atingir certos grupos de indivíduos e em um futuro demasiado próximo.
 
Vamos lendo sobre e apreciando o que lemos, (in)seguros de ser apenas em ficção, mas não deixemos de pensar nisso.
 

2 comentários:

José Marcos Serra disse...

O que são as ficções senão realidades passadas ou futuras, eventualmente adocicadas com o temperamento do autor???
E creio que há realidades futuras que nem ainda passaram pela ficção.
Pense, por exemplo, sobre liberdade, democracia, direito, dever, justiça, "media", informatização de dados, diretivas globalizantes...
... não se desabituem de pensar... nunca!
JAMS

Verniz Negro disse...

Olá, Maria João! Obrigado pelas suas visitas minha amiga. Li este seu último post e adorei. Lembro-me de há vários anos ter visto um filme do género que me ficou na memória e "retratava" algo semelhante. O processo como digo há-de matar-nos. O homem cria tanto a julgar que é Deus que cria a sua própria ruína. Um beijinho muito grande. Agradeço o seu carinho e a amizade de me ler e comentar. De gostar do que escrevo. Fico feliz, por poder tê-la ao meu lado. Um abraço enorme!