Só por si o tema é doloroso, mas quando se instala a dúvida, além da dor dos personagens começamos a sentir a perturbação, o terror de uma troca inconsciente.
E vamos tendo conhecimento de cada situação, pelo ponto de vista de cada um dos personagens que a seu ver tentam culpabilizar o outro do que aconteceu. Não existe um narrador imparcial que num caso destes seria indispensável, a não ser que a ideia do autor seja deixar-nos confusos e perturbados.
Quando recorremos às lembranças de um para confrontar o outro, vemos que as lembranças do segundo apontam caminhos diferentes na ação.
E para mais nos confundir, temos a gémea viva que ora se dá como sendo uma, ora como sendo a outra.
Transtornos psicológicos fundamentados por especialistas, provocados pela dor da morte do seu gémeo, podem ser a justificação, mas depois há mais do que a ciência pode demonstrar.
E a dada altura, tentamos além do que nos é dado, limpar narrativas e recordações de cada um dos personagens e deslindar o verdade, ou pelo menos parte dela.
Conseguiu o efeito para que foi criado, incomodou-nos e arrepiou-nos e no final, com a conclusão, damos conta que algumas das coisas ditas ao longo do livro são a verdade e que outras... também.
5 comentários:
Parece interessante!
Bom fim de semana, Maria João.
Beijo
Maria João...levo a sugestão que me parece interessante!
Bj
Maria João...levo a sugestão que me parece interessante!
Bj
Estou registando na minha lista.Obrigada por partilhar, beijinhos
Estou registando na minha lista.Obrigada por partilhar, beijinhos
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